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La force des choses
31.5.05
 
As idades do espaço ( 4 )
Aceleração direccional e dilatação do espaço em Bizâncio

O tema basilical paleo – cristão exalta-se no período Bizantino.
O problema do arquitecto bizantino não é de carácter estrutural, ele limita-se a introduzir no esquema longitudinal paleo cristão a urgência de uma aceleração.

Em Santa Sabina, os arcos da nave assentam solidamente sobre colunas, estabelecendo uma continuidade entre elementos que sustentam e elementos sustentados: alguém exprimiu este movimento com a imagem de "jorros de água que partindo da terra a ela retornam e de novo se elevam num lento arquear".
É este o tempo do ritmo paleo - cristão.

Em Sant’ Apollinare este tempo torna-se mais rápido, precipita-se, negando as relações verticais e exaltando as referências horizontais.
As almofadas criam um corte entre arcos e colunas criando uma pontuação ao longo da nave, repetida nas bases das colunas que têm a mesma função; as faixas de mosaico acentuam a horizontalidade e todo o revestimento cromático resolve cada passagem estrutural, substituindo os planos luminosos e extensos dos primeiros cristãos por um tecido de cores e refracções luminosas cintilantes.



O caminho de colunas de Sant’Apollinare de Ravena, 530 d.C.

Nos edifícios de esquema circular, em particular na trilogia Justiniana formada pelas igreja de Santa Sofia de Constantinopla, pela dos santos Sérgio e Baco, e por San Vitale de Ravenna, a postura espacial e estética são essencialmente as mesmas.
Tal como na Basílica longitudinal se negam as relações verticais e se exasperam as horizontais até um ritmo alucinante, nos edifícios de planta circular o espaço é dilatado até ás fluências mais velozes.

O que quer dizer “espaço dilatado”?
Observemos na planta de Santa Sofia esse elemento característico de Bizâncio constituído por grandes corpos semicirculares abobadados; partido de dois pontos fixos, quais focos da planta central, a superfície mural foge do centro do edifício, lança-se elasticamente para o exterior num movimento centrífugo que abre, rarefaz e dilata o espaço interior.



Corte e planta e interior da Hagia Sofia de Constantinopla, 532-537 d.C.

Tal como em San Vitale, toda a intenção consiste em dilatar o octógono, negar a sua forma geometricamente fechada e ampliá-la indefinidamente.
Revestidas todas as paredes com mosaico nega-se cada contraponto de pesos e de sustentação, o luzidio e cintilante invólucro mural torna-se num manto de matéria subtil, macia e superficial, sensibilizado pelas propulsões e pressões de um espaço interior que conquista enumeros alargamentos.

Devemos reconhecer que a dilatação dos espaços romanos encontra sempre o seu limite na robustez das suas estruturas murais; é espaço dilatado mas de natureza estática.
Ao contrário, o espaço bizantino dilata-se continuamente, existe nele um elemento dinâmico conquistado através da cultura paleo cristã, o uso dos planos brilhantes, das vastas superfícies luminosas que gradualmente se transformam em tapetes cromáticos.


Tal como os revestimentos de mármore dos romanos eram o lógico desenvolvimento decorativo da concepção estática do espaço, assim esses tapetes de mosaico bizantinos expressam a aceleração dinâmica nas investigações bizantinas.

Quem confrontar o espaço paleo cristão de Santa Constanza, com o espaço bizantino de San Vitale verificará que existe entre ambos não só diversidade como mesmo oposição.

Em Santa Constanza notamos as directrizes de perspectiva das pequenas arquitraves radiais que indicam ao observador que se move na galeria exterior o centro do edifício; existe um motivo centrípeto nitidamente contrário às forças centrífugas do espaço bizantino.



Santa Constanza, paleo-cristã, na esquerda e San Vitale, bizantina, na direita

Ao caminhar em Santa Constanza, as arquitraves radiais assinalam a passagem por sugestões lineares, entre uma zona central luminosa e uma atmosférica massa circundante.

Bizâncio ignora esta dialéctica utilizando uma superfície mural que se curva e afasta do centro através de formas côncavas, cada vez mais impelidas para fora, para o vão circular que vem a perder toda a independência arquitectónica.


É uma mensagem nova cuja voz será ouvida nos séculos seguinte (XI e XII) quando surgem S.Marcos de Veneza e La Martorana de Palermo, e o seu eco será sentido em toda a arquitectura oriental, sobretudo na arquitectura russa que em pleno século XV procurará mesmo resistir ao Humanismo italiano.

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29.5.05
 
Round 7/19 - GP da Europa: Alonso


Nurburgring, muito calor e pneus a desfazerem-se.
Primeira pole para Nick Heidfeld (Williams-BMW) e calhou bem, na sua terra.

Os dez primeiros no mesmo segundo e viu-se uma boa corrida.

Mas nos resultados a competição vai-se, porque Raikonen, o único em condições de fazer frente a Fernando Alonso no Campeonato, resolveu jogar na lotaria e tramou-se. O pneu do McLaren fez "pum" e o espanhol teve a vitória numa bandeja servida na última volta.

O Tiago ficou em 15º e acabou classificado todas as sete provas até agora.

É obra.
Ele não tem máquina para mais e está limitado a competir com o outro Jordan e com os dois Minardi. E foi sempre o mais rápido dos quatro, especialmente na ponta final recuperando 15'' ao colega indiano e ultrapassando-o.
O Tiago tem garra e é rápido.
Acredito nele, assim a sorte o empurre.

Campeonato do Mundo após 7 provas
1º- Fernando Alonso (Renault) 59 pontos, 4 vitórias
2º- Kimi Raikonen (McLaren-Mercedes) 27 pontos, 2 vitórias
2º- Jarno Trulli (Toyota) 27 pontos

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28.5.05
 
Sic transit gloria mundi

Office des Passages Obscurs

A glória do mundo é transitória;
É assim que S. Paulo define a condição humana.
E no entanto continuamos sempre na busca de um reconhecimento.
Por vezes, quando terminamos uma jornada, seguindo um determinado sentido de vida, apercebemo-nos com desorientação, de que não sabemos já para onde ir.

E agora? Tínhamos construído uma base, que agora já não serve, o que implica romper laços estabelecidos.

Mas aprendes sempre alguma coisa.
Ficam sempre elementos que permitem compor uma nova estrutura;
Ou seja, podes sempre escolher: prosseguir ou desistir.

Há um momento de transição, de revolução, mas mantém-se o impulso;
Um impulso para prosseguir no caminho em frente;
A esse impulso chamamos por vezes a busca do “sentido da Vida”;
E esse sentido, qualquer que seja, implica sempre algum reconhecimento.

Em ultima análise perante ti próprio.
Senão desistes…

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17.5.05
 
Saude e Fraternidade
Sábio de erudição e humor,
é hoje aniversariante,
um dos blogs nossos preferidos.

Afectuosos parabéns Masson

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As idades do espaço ( 3 )
A directriz humana do espaço cristão

Santa Sabina de Roma, 422-432

Na enciclopédia da arquitectura helenística e romana, os cristãos tiveram de escolher as formas para o seu templo e, alheios tanto à autonomia grega como à cenografia romana, seleccionaram o que havia de fundamental para eles em ambas as experiências.
Reuniram na igreja a escala humana dos gregos e a consciência do espaço interior romano, produzindo uma revolução no espaço Latino.
A Igreja Cristã não é o edifício misterioso que guarda um deus, e em certo sentido nem é a casa de Deus, mas o lugar de reunião, de comunhão e de oração dos fiéis.
Por isso os cristãos se inspiraram na Basílica, um tema social, e não no templo romano.


A revolução espacial consistiu em ordenar todos os elementos da Igreja na linha do "caminho humano para Deus".

Comparando as plantas da Basílica de Trajano (esq.) e da Igreja de Santa Sabina (dir.), umas das primeiras igrejas cristãs encontramos poucas diferenças para além da escala.
Mas a Basílica romana é simétrica em relação aos dois eixos, criando um espaço com um centro bem definido.
O arquitecto cristão suprime uma abside, transformando-a na entrada, rompendo a simetria do espaço, e deixando um único eixo longitudinal, a directriz do caminho do homem; acrescenta uma alma à função espacial.
O carácter estático do espaço interno romano cede lugar ao espaço dinâmico: a trajectória do observador.

Ao entrar na Basílica de Trajano sentimos estranhos num espaço independente de nós, eu entrei e saí admirado, mas sem participar;
Em Santa Sabina abrangemos todo o espaço, pelo qual caminhamos ritmicamente acompanhados pelo desfilar de colunas e arcos; sentimos que somos parte de um itinerário criado para nós.



Planta do Panteon à esquerda, de Santa Constanza na extrema direita

A mesma conquista dinâmica é evidente nos edifícios de esquema circular.
O espaço do Panteão é estático centrado uniformemente limitado por enormes muros
Mas em Santa Constanza, substituem-se a paredes por um cortejo de colunas acopladas que, numa orientação radial indicam, de todos os pontos do anel circundante, o centro do edifício.
No Panteão não há necessidade de nos movermos porque é um ambiente elementar, definido, que se apreende à primeira vista;
em Santa Constanza, a pluralidade de passagens, a fecundidade de indicações direccionais, repetidas em toda a volta, mostram a nova conquista cristã, a directriz. ( baseado em Bruno Zevi, “Sapere vedere l’architettura”, 1948)

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16.5.05
 
Senna no Monaco ( live )

Ayrton Senna winning the 1989 Monaco Grand Prix in his McLaren Honda on May 7.
Senna qualified on the Pole with a new track record a full second faster than teammate Alain Prost.
Senna led the race from start to finish.

E eu descobri a volta de qualificação aqui.
Está lá tudo, a vibração no pescoço, nos braços, a força dos "Gês" nas curvas, as travagens no limite, o formigueiro da aceleração...

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A evolução da Fórmula Um ( 8 )

Ferrari F2004 (2004)

Primeiro fez-se a revolução da arquitectura com a distribuição das massas (motor central), em seguida revolucionou-se a construção com o chassis “monocoque” e o motor integrado, depois levou-se a aerodinâmica ao limite (carro-asa), mais tarde tirou-se a máxima potencia do motor (turbo) e por fim introduziu-se a revolução electrónica.

A aerodinâmica, a potencia e a electrónica foram severamente limitadas por causa dos riscos de segurança, mas deixaram marcas duráveis no aperfeiçoamento dos carros.
A partir de 1998 a cilindrada máxima desceu de 3,5 para 3 litros, com motores aspirados (turbos proibidos) e obrigatoriamente V10; os pneus também foram limitados (dimensão e rasgos obrigatórios, slicks proibidos).

Faltava no entanto chegar à síntese perfeita e foi a Ferrari que o conseguiu (à custa de um investimento inimaginável); atingiu um patamar de fiabilidade e excelência que a colocou claramente acima dos rivais.

O F2004 que venceu 15 das 18 corridas em 2004 não eram especialmente inovador e nem todas as suas partes componentes eram necessariamente as melhores.

Mas a Ferrari encontrou maneira de reduzir todos os pontos fracos do carro de modo a que o pacote completo fosse virtualmente imbatível.

Combinada a excelência de qualidade, a melhor fiabilidade que a fórmula um alguma vez conheceu, e o melhor piloto actual (Michael Schumacher), o resultado só podia ser um conjunto imbatível.

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Porque sou cristão
Hoje, sou escriba na estimada Terra da Alegria!

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15.5.05
 
Batalha de gigantes ( 4/ 17)

Rossi cheira o "coiso" a Gibernau (fonte Moto GP)

"Valentino Rossi has won the Grand Prix de France at Le Mans after a fierce battle to the end with Sete Gibernau, once again forcing his archrival to settle for second place while thwarting his Le Mans hat-trick dreams."

Campeonato do Mundo Moto GP após Le Mans
1 - V.ROSSI 95 pontos
2 - M.MELANDRI 58 pontos
3 - S.GIBERNAU 53 pontos

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14.5.05
 
Ouçam bem o que vos digo
Se hoje as coisas não correrem bem, pensemos nos benfiquistas que são nossos amigos e tentemos ficar menos infelizes através da felicidade deles;
em qualquer caso, pensarei em ti, grande Manuel Alegre!

Eduardo Ferro Rodrigues (hoje no Público)

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Biografia

Wassily Kandinsky, "Improviso 19" 1910, Munich, Städtische Galerie

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.

Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.

Obras Completas, Alberto Caeiro

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O jogo da Vida

Wassily Kandinsky, "Red Oval" 1920, New York, The Solomon Guggenheim Museum

A glória pesa como um fardo rico,
A fama como a febre,
O amor cansa, porque é a sério e busca,
A ciência nunca encontra,
E a vida passa e dói porque o conhece…
O jogo de xadrez
Prende a alma toda, mas, perdido, pouco
Pesa, pois não é nada.

Obras Completas, Ricardo Reis

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13.5.05
 
Wassily Kandinsky

Nina et Wassily no Bauhaus de Dessau (1931)

Nasceu em Moscovo em 1866.
É um fundador da Arte Abstracta (expressionismo)
Enriqueceu a Pintura com conceitos revolucionários, recusando-se gradualmente a copiar o mundo visível, criando uma nova linguagem pictórica;
É enorme o seu impacto na arte do séc. XX.
A vida passa-a por Paris, Berlim, Nova Yorque e a I guerra mundial leva-o à Suíça.
Após o conflito regressa a uma Rússia Revolucionária, onde é encarregue das aquisições para os Museus do Povo; entre 1919 e 1921 organiza e equipa 22 novos museus.
Emigra depois para a Alemanha tornando-se professor no famoso Bauhaus.
Os últimos anos são em França, onde vive desde 1933, e morre em Neulli-Sur-Seine em 1944 com 78 anos.

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Abstracção

Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho de transe


Obras Completas, Álvaro de Campos

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12.5.05
 
A evolução da Fórmula Um ( 7 )

Williams Renault FW14B (1992)

O FW14B e o seu sucessor FW15 foram provavelmente os carros tecnológicamente mais avançados que alguma vez correram na fórmula um, verdadeiros representantes da era da electrónica digital.

Representam o limite das ajudas electrónicas à condução, como a suspensão activa e o controle de tracção para prevenir a patinagem das rodas motrizes (Wheel spin).


A chave da superioridade dos Williams esteve no aperfeiçoamento da suspensão activa, que tinha já sido introduzida e abandonada pela Lotus em meados da década de 80.

Com as suspensões convencionais, as diferentes exigências nas travagens, nas acelerações e em curva, requeriam compromissos constantes na afinação dos carros.

A suspensão activa permitiu o ajuste permanente e combinado, da distancia ao solo e da rigidez, de modo a tirar sempre o melhor partido da aerodinâmica dos carros.

Mas também a assistência electrónica foi proibida em nome da segurança, no final de 1993, pois os carros estavam novamente a tornar-se perigosamente rápidos.


(fonte BBC Motorsport )

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As idades do espaço ( 2 )
O espaço maj-estático dos romanos

Panteon de Roma, 27 a.C.

A pluralidade do programa romano no que respeita à construção – opondo-se nitidamente ao tema único da arquitectura grega – e a sua escala monumental;
A nova técnica construtiva dos arcos e abóbadas, que reduz colunas e arquitraves a motivos decorativos;
O sentido dos grandes volumes nos reservatórios, nos túmulos, nos aquedutos, nos arcos, nas poderosas concepções espaciais das basílicas e das termas;
Uma consciência altamente cenográfica, fecundamente inventiva;
A maturidade dos temas sociais, como o palácio e a casa;
Todas estas contribuições, que estabelecem uma verdadeira enciclopédia morfológica da arquitectura, estão ausentes da arquitectura grega, afloram parcialmente no Helenismo, e constituem a glória incontestável de Roma.


Em Roma, ao lado da capacidade técnica, que se tornou mais rigorosa devido à escala monumental da arquitectura imperial, surge o tema social da basílica, onde os homens vivem segundo uma filosofia e uma cultura que rompe com a contemplação abstracta, o equilíbrio perfeito do ideal grego;


O espaço interior apresenta-se de forma majestosa; se os romanos não tinham a sensibilidade requintada dos escultores-arquitectos gregos, tinham em compensação o génio dos construtores-arquitectos, que é no fundo o génio da Arquitectura.
Devemos repudiar a posição de alguns tratadistas para os quais a arquitectura romana é filha ou escrava da grega.


O carácter fundamental do espaço romano é ser pensado estáticamente.
Impera a simetria nos ambientes circulares e rectangulares, a autonomia absoluta quanto aos ambientes contíguos, sublinhada por espessos muros que separam;
Trata-se de uma grandiosidade de axialidade dupla, de escala inumana e monumental, que se basta a si mesma e é independente do observador.



Fundamentalmente a arquitectura romana exprime uma afirmação de autoridade, é o símbolo que domina a multidão dos cidadãos e anuncia que o Império existe, é potência e razão de toda a vida.
A escala da arquitectura romana é a escala desse mito, não é e não quer ser a escala do homem.


( baseado em Bruno Zevi, “Sapere vedere l’architettura”, 1948)

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11.5.05
 
Prazeres
O prazer da insustentável leveza do surrealismo. Dalí nasceu há 101 anos na catalunha.

"The secret of my influence has always been that it remained secret."

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Opinião

Example R.Smith


A identidade e a modernidade versus tradição são assuntos que me fascinam e sobre os quais tenho lido algumas coisas. Destas leituras retirei, que cada ser humano tem múltiplas identidades (parentesco, culturais, institucionais, ideologias, religiosas, etc.) que podem competir ou reforçarem-se. É em nome destas identidades que se construem guerras, e é em função delas que se alicerçam as fidelidades básicas: nós contra os outros, leia-se religião, raça, etnia e nacionalidade. Isto é especialmente verdade, se tivermos em conta, os conflitos em África.

Constatei, curiosamente, que a única vitória da crise do Iraque foi a mobilização internacional contra a intervenção Americana. De um momento para o outro, o mundo deixou de estar dividido pelas identidades ocidental e oriental, cristãos e mulçumanos, árabes e europeus. Ficamos unidos pela nossa humanidade , ou seja, ficamos a saber que somos seres humanos e essa é a identidade maior.

Afinal Gunther Grass tem razão quando diz que “A maior obrigação do ser humano é não ficar calado”

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As idades do espaço ( 1 )
A escala humana dos gregos

Partenon de Atenas (447/ 438 a.C.)

O Templo grego caracteriza-se por uma enorme lacuna e uma supremacia incontestada;
a lacuna consiste em ignorar o espaço interior;
a glória na escala humana.


Se vemos opostos nos seus juízos, conhecidos arquitectos modernos e assistimos à admiração que Le Corbusier manifesta, e ao desprezo de Wright, isso resulta de uns valorizarem o espaço e outros a escala.

O arquitecto deve ser também um escultor para poder transmitir, através do tratamento plástico do invólucro mural e dos elementos decorativos, o prolongamento do tema espacial; mas o mito que coloca Fídias (o escultor), acima de Ictino e Calícrates (os arquitectos), como o idealizador do Partenon simboliza o carácter meramente escultórico das construções religiosas gregas.


Os templos gregos são espaços não apenas encerrados, mas literalmente fechados, e o espaço interior fechado é característico da escultura.



A arquitectura grega, triunfa pela humanidade das proporções e da escala, pelas insuperadas jóias de escultórea graça repousante, adequadas na sua abstracção, esquecidas de todos os problemas sociais, autónomas no seu fascínio contemplativo e impregnadas de uma dignidade espiritual nunca mais alcançada.

( baseado em Bruno Zevi, “Sapere vedere l’architettura”, 1948)

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10.5.05
 
Prazeres
O prazer da pintura de Ilda David. A suavidade do paraiso.

Example

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A evolução da Fórmula Um ( 6 )

Brabham BMW BT52 (1983)

A extraordinária velocidade em curva dos “carros-asa”, não permitia correcção em caso de avaria das saias móveis; e quando o "efeito de solo" desaparecia, a força centrífuga substituía-o colocando o carro na paisagem com uma violência inaudita.
O risco de segurança levou então, mais uma vez, à alteração das regras: proibição das saias e fundo plano obrigatório.


E as limitações na aerodinâmica, vão acentuar a busca de potência que se vinha desenvolvendo com o regresso da sobrealimentação (abandonada desde os Alfettas dos anos cinquenta).

Os motores Turbo tinham sido introduzidos pela Renault em 1977, segundo a fórmula de equivalencia, 3,0 litros (alimentação aspirada) para 1,5 litros(alimentação comprimida) mas, por uns tempos, não passaram de uma brincadeira pouco fiável.

Só em 1981 quando a Renault começou a vencer, seguida pela Ferrari, superando a potência e fiabilidade dos velhos Cosworth DFV aspirados, se tornou evidente que o futuro estava ali. E todas as equipas se viraram para os turbos sendo a BMW a estabelecer um marco tecnológico com o
quatro cilindros, o primeiro motor turbo-comprimido a ganhar um título mundial, com Nelson Piquet em 1983.

Nunca na história um motor de 1,5 litros chegara aos 1.500 cv (na versão de qualificação) deixando bem atrás os V8 e V12 aspirados.



(fonte BBC Motorsport )

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Poesia na Ponta dos Dedos

Example

As mãos pressentem...

As mãos pressentem a leveza rubra do lume

repetem gestos semelhantes a corolas de flores

voos de pássaro ferido no marulho da alba

ou ficam assim azuis

queimadas pela secular idade desta luz

encalhada como um barco nos confins do olhar

ergues de novo as cansadas e sábias mãos

tocas o vazio de muitos dias sem desejo e

o amargor húmido das noites e tanta ignorância

tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva

quase nada

Al Berto

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9.5.05
 
No pó do esquecimento
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova.
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...

Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversáriamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.

(Obras Completas, Álvaro de Campos, pág. 22)

Mas o poeta enganou-se...

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8.5.05
 
Na chuva do Nurburgring

Fonte auto sport

Pedro Lamy, Boris Said, Duncan Huisman e Andy Priaulx (Campeão da Europa) em BMW M3 GTR venceram hoje as 24 Horas de Nurburgring para o Campeonato da Europa de Turismo.

É a quarta vez que o português vence neste circuito:
2001 e 2002 nos Viper GTS da Zakspeed;
2004 e 2005 pela BMW Motorsport.

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O afilhado de Hakkinen (E 5/19)

Fonte planet f1

Quinta prova do Campeonato no circuito da Catalunha (GP de Espanha); Kimi Räikkönen, o finlandês apadrinhado pelo ex campeão Mika Hakkinen, e o seu Mc Laren, deixaram o fenomenal Alonso a 27'', provando que existem.

A Ferrari voltou aos maus tempos (furos de Schumacher) e não leva pontos.

O Tiago (12º) a três voltas, ficou à frente do colega Narain, para variar.

Campeonato do Mundo após 5 provas
1º- F.Alonso 44 pontos (3 vitórias)
2º- J.Trulli 26 pontos
3º- K.Räikkönen 17 pontos (1 vitória)

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Prazeres II
Example O prazer do Mar.
As ondas abrem-se amorosamente na minha pele, contra o meu corpo, em volúpia libertadora.

É, neste retorno incessante de sal e espuma, que entro pela primeira vez no Mar, este ano...

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Prazeres
O prazer da pintura de Rothko. A explosão da arte na cor.

"Silence is so accurate"


Example

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7.5.05
 
Provocação aos Illuminati

Rick Doble photos

Génesis
No princípio Deus criou os céus e a terra.
E a terra era sem forma e vazia;
E havia trevas sobre a face do abismo;
E o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas.
E disse Deus: Haja luz.

E houve luz.

(Primeiro livro de Moisés, séc. VII a.c.?)

Principia 1687
O espaço absoluto sem relação com as coisas externas, permanece por sua natureza sempre idêntico e imóvel.
O tempo absoluto, considerado em si, na sua natureza própria e sem relação com as coisas externas, decorre uniformemente e chama-se também duração.

(Isaac Newton)

Criação Contínua 1948
O Universo não teve início nem terá fim e a sua densidade permanecerá constante porque a matéria é criada constantemente nos espaços vazios entre as estrelas; o movimento de afastamento, especialmente das galáxias distantes, mais fortemente submetidas à Constante de Hubble, são resultado da criação de novos átomos de hidrogênio, por efeito da gravidade do próprio Universo.

(Fred Hoyle, Teoria do estado estacionário ou Criação Contínua)

Big Bang 2005
No princípio era o Nada.
Um nada tão profundo que desafia a compreensão humana.
A nossa história começa quando não havia espaço nem tempo.
Do nada surgiu uma pequena centelha de luz brilhante.
Era quase infinitamente quente.
Dentro desta bola de fogo estava todo o espaço.
Com a criação do espaço teve lugar o nascimento do tempo.
O grande relógio cósmico começou a funcionar há cerca de 13 mil milhões de anos.

(Heather Couper e Nigel Henbest, Big Bang, Dorling Kindersley, London 1997)

Então afinal fez-se luz...
Mas porque não continuou o nada original a ser o que era?
Não estaríamos todos mais sossegados?

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A evolução da Fórmula Um ( 5 )

Lotus Ford 79 (1978)

Proibidos os grandes “ailerons”, por razões de segurança, o génio de Chapman não se conformou;
Se o carro não pode levar asas, então transforma-se ele próprio numa asa; com o “carro-asa” Colin Chapman levou a aerodinâmica para um patamar inteiramente novo na competição automóvel.
O Lotus 79, integrava um fenómeno conhecido como “efeito de solo", em que o ar canalizado flui sob o carro criando uma depressão aerodinâmica (downforce) num nível nunca visto no desporto automóvel.




O desenho inferior acelerava o fluxo de ar (como num tubo "venturi") para criar uma depressão que sugava o carro para a pista.
O desenho implicava umas “saias laterais” deslizantes que impediam o ar de escapar para o lado de fora.


O resultado foi um carro tão superior aos rivais, que o campeão do mundo em 1978, Mario Andretti afirmava: “curvo como se o carro estivesse colado à pista”.

(fonte BBC Motorsport )

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6.5.05
 
2 anos
Quando eu, senhora, em vós os olhos ponho,
e vejo o que não vi nunca, nem cri
que houvesse cá, recolhe-se a alma a si
e vou tresvaliando, como em sonho.

Isto passado, quando me desponho,
e me quero afirmar se foi assi,
pasmado e duvidoso do que vi,
m'espanto às vezes, outras m'avergonho.
...
(Francisco Sá de Miranda)

Parabéns Jpp

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Escaldado


Ontem ao passar na Cris senti fundo uma carência de uma vida, um desejo de juventude sempre adiado.
Como é possível ter vivido um século em Portugal e nunca ter ido a Queima?

Porque "quem a vive...não esquece!"

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A evolução da Fórmula Um ( 4 )

Lotus Ford 49 (1968)

Em 1966 dá-se a terceira grande mudança de regras na Fórmula Um, que originará o mais longo período de estabilidade de sempre (19 anos até 1985); o limite das cilindradas sobe para 3 litros (1,5 com compressor) e o peso mínimo para 500 Kg.

Na competição automóvel há três factores chave (não humanos):
- Maneabilidade (centro de gravidade das massas)
- Potencia (de aceleração e travagem)
- Aderência ao solo (transmissão da potencia)
Resolvido o essencial da distribuição de massas com a arquitectura do motor central, começa de novo a aumentar a potência e ganha importancia o problema da sua transmissão ao solo.

As asas sobre pilares (ailerons) – novamente invenção de Chapman e da Lotus – deram então início à era da aerodinâmica na F1. Funcionavam como uma asa de avião invertida, cuja depressão empurrava o carro para baixo (down force), aumentando a aderência ao solo e permitindo curvar muito mais rápido.
Na primeira versão, eram demasiado frágeis, quebrando-se frequentemente, e originando inúmeros acidentes graves. As asas elevadas foram então proibidas, mas a utilização de apêndices aerodinâmicos permaneceu.


O Lotus 49 teve uma outra característica revolucionária, introduzida por Chapman um ano antes das asas. O Cosworth DFV (que se tornou lendário) foi o primeiro motor a ser usado como parte integrante do chassis, criando um carro ainda mais rígido e consequentemente mais estável.



O motor V8 Ford Cosworth DFV estabeleceu um novo padrão de fiabilidade, flexibilidade e “performance”, vencendo 155 Grands Prix entre 1967 e 1983.

(fonte BBC Motorsport )

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5.5.05
 
Um pontapé no Azar

foto Luarte "romper o céu"

O Sporting está na final da Taça UEFA (18 de Maio no Estádio José Alvalade) depois de um jogo épico, em que assegurou a presença no último minuto do prolongamento.
Com esforço, dedicação e... muita sorte.

Agora, vamos ao que interessa!

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Os Vencidos da Vida
julian opie

Para um homem, o ser vencido ou derrotado na vida depende,
não da realidade aparente a que chegou,
mas do ideal íntimo a que aspirava.

José Maria E. de Q.

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A evolução da Fórmula Um ( 3 )

Lotus Climax 25 (1963)

A F1 iniciou-se em 1950 limitada a motores de 4,5 litros (1,5 com compressor) e sem limite de peso;
Entre 1952 e 53 correu-se o Campeonato do Mundo em carros de F2 (2 litros), enquanto se preparava a nova F1;
Esta foi introduzida em 1954 com cilindradas limitadas a 2,5 litros aspirados (750 cc comprimidos);
Com a revolução do motor central, os regulamentos mudam pela terceira vez;
Em 1961, os motores foram limitados a 1,5 litros aspirados (compressores proíbidos) e o peso dos carros não inferior a 450 Kg.

O carro que levou o grande Jim Clark ao seu primeiro título mundial incorporava a primeira das inovações pioneiras concebidas pelo fundador da Lotus, Colin Chapman.
Partindo da arquitectura de motor central do Cooper, Chapman dá o salto tecnológico seguinte, com um "chassis" numa só peça, ou monocoque.
Uma mono-estrutura em folha de duralumínio substitui as estruturas multitubulares então usadas, fornecendo uma rigidez maior para menor peso e menor área frontal (redução do arrasto aerodinâmico).




A rigidez extra dos chassis permitiu também, que Chapman usasse uma suspensão mais leve, melhorando o desempenho nas curvas lentas.

(fonte BBC Motorsport )

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4.5.05
 
Rendimentos Bestiais


Segundo a revista France Football o jogador de golfe norte-americano Tiger Woods, é o atleta mais bem pago do mundo (2004), seguido do piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher.

1º. Tiger Woods, Golf com 66 milhões de euros/ano
2º. Michael Schumacher, Fórmula Um com 63,5 milhões de euros/ano
3º. Peyton Manning, Futebol Americano com 28,9 milhões de euros/ ano
3º. Shaquille O'Neal, Basket Americano com 28,9 milhões de euros/ ano
5º. Michael Jordan, Basket Americano com 27 milhões milhões/ ano
6º. David Beckham, Futebol com 25,7 milhões de euros/ ano

7º. Valentino Rossi, Motociclismo com 22,6 milhões de euros/ ano

Ao pé disto, o que são os 8,5 milhões de Figo (10º entre jogadores) e os 7,5 de Mourinho (1º entre treinadores)?
Mal pagos, é o que é.

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A evolução da Fórmula Um ( 2 )

Cooper Climax T51 (1959)

O domínio da engenharia inglesa na fórmula um - que ainda hoje sobrevive - começou com este carro em 1959.
Abandonando a arquitectura tradicional do motor frontal, a Cooper colocou o motor entre o piloto e as rodas traseiras – motor central – introduzindo a primeira revolução tecnológica neste desporto, que permanece válida no século XXI.
Uma melhor distribuição do peso com esta disposição, aproximando as massas do centro de gravidade, faz o carro mais ágil e manobrável, e tornou obsoleto o Ferrari de motor dianteiro campeão em 1958.
Jack Brabham levou os títulos de 1959/60 para a Cooper, e a Ferrari foi forçada a abandonar o motor frontal.


(fonte BBC Motorsport )

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A evolução da Fórmula Um ( 1 )

Alfa Romeo 158 (1950)

O Alfa Romeo 158 com que Giuseppe Farina ganhou o primeiro campeonato do mundo em 1950 era um arquétipo das corridas entre as guerras mundiais, a primeira época de ouro das corridas de automóveis.
Enzo Ferrari considerava os carros de corridas "motores sobre rodas", o que era certamente o caso do Alfa 158.
Seu enorme capô abrigava um motor de oito cilindros em linha motor de 1,5 litros, com compressor, debitando cerca de 370 cavalos.
O piloto sentava-se atrás do motor, conduzindo em esforço, sobre os estreitos pneus de competição da época; vestia uma camisa do algodão, um capacete de couro e não tinha cinto de segurança.


(fonte BBC Motorsport )

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Opinião

ExampleS.Lieberman

O aborto é um drama e um estigma , de que ninguém duvida. Por isso, é necessário que este se possa efectuar em condições dignas, sem o estigma adicional da clandestinidade.
Trata-se de uma questão social e de direitos humanos básica.

Mas, mais uma vez, o referendo foi adiado, todavia os julgamentos não podem ser adiados, o de Setúbal contínua.

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3.5.05
 
Fim de Tarde

Example


A simplicidade de dar uma flor...Neste fim de tarde, apetece-me dar-lhe a si uma flor

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