<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d11538882\x26blogName\x3dLa+force+des+choses\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLACK\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://scriptoriumciberico.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://scriptoriumciberico.blogspot.com/\x26vt\x3d-2350520270513378043', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
La force des choses
30.11.05
 
The ball

Jack Vettriano, the singing buttler

“You see I did as you asked me to,” she said.
“Yes: I couldn’t wait,” he answered smiling.

After a moment he added: “Only I wish it hadn’t had to be at a ball.”
“Yes, I know.”

She met his glance comprehendingly.
“But after all—even here we’re alone together, aren’t we?”
“Oh, dearest—always!” Archer cried.


“Then stay with me a little longer,” Madame Olenska said in a low tone, just touching his knee with her plumed fan.
It was the lightest touch, but it thrilled him like a caress.

EdithWharton, The age of innocence 1920
 
Vrooaaww...

Há algum tempo que não sentia esta sensação.
Menos de 1000 Kg com mais de 600 cavalos.

O som é pelo menos metade da sensação.
Faz bater forte o coração!
29.11.05
 
Balance

Move like an animal.
Be fluid like water.
Find your own balance.

This is the path of the Traceur.
28.11.05
 
Horse's quickness

Umberto Boccioni, Elasticity 1912 (via O Seculo Prodigioso)

A velocidade dos cavalos, por exemplo, tanto quando a vimos como quando a experimentamos, transportados por eles, é agradabilíssima em si mesma, ou seja, pela vivacidade, a energia e a força de tal sensação.
Realmente suscita uma quase ideia de infinito, sublima a alma e fortalece-a.

Giacomo Leopardi, Zibaldone 1821
27.11.05
 
12/34 - Segunda parte embalou o "leão"

Record

Sporting 1 Guimarães 0
Deivid 51'
Carlos Martins 61'

Alegrias: 17
Dores: 14

Liedson 6
Deivid 4
Rogério 2
Luis Loureiro, Douala, Nani, Beto, Carlos Martins 1

Liga Betandwin.com :)
1º. Nacional 27 pts
2º. Braga 26 pts
3º. Porto 24 pts
4º. Sporting, Setubal 23 pts

26.11.05
 
Richard Burns (Reading 1971 - 2005)

BBC Sport

It is with very great sadness that we must announce the death of Richard Burns, the 2001 FIA World Rally Champion.
Burns, who was diagnosed with an astrocytoma, a form of brain tumour, in November 2003 passed away last night Friday 25th November peacefully.
His partner Zoe, family and close friends were at his bedside.
 
Innocence's Visibility

If we'd stop trying to be happy we could have a pretty good time

Podemos distinguir dois tipos de processos imaginativos:
- o que parte da imagem visual e chega à expressão verbal.
- e o que parte da palavra e chega à imagem visual.

…perguntemo-nos como se forma o imaginário de uma época em que a literatura já não faz referencia a uma autoridade ou a uma tradição como sua origem ou fim, mas sim toma como mira a novidade, a originalidade e a invenção.

Parece-me que nesta situação o problema da prioridade da imagem visual ou da expressão verbal (que é um tanto como o problema do ovo e da galinha) se inclina decididamente para o lado da imaginação visual.

Italo Calvino, Lezioni Americane – Sei proposte per il prossimo milennio

25.11.05
 
A Visibilidade

Sou, vivo e movo-me no Absoluto.
Quanto mais desço em mim.
Mais subo.
Mais subo em Deus.

Podemos distinguir dois tipos de processos imaginativos:
- o que parte da palavra e chega à imagem visual.

- e o que parte da imagem visual e chega à expressão verbal.

O primeiro processo é o que se verifica normalmente na leitura: lemos por exemplo uma cena de um romance ou a reportagem de um acontecimento no jornal, e conforme a maior ou menor eficácia do texto somos levados a ver a cena como se se desenrolasse diante dos nossos olhos, ou pelo menos fragmentos e pormenores da cena que emergem do indistinto.

Italo Calvino, Lezioni Americane – Sei proposte per il prossimo milennio

24.11.05
 
Le Parkour

Deviantart

C'est l'art du déplacement, une discipline fondée par Sébastien Foucan et son ami d'enfance David Belle.
Cet art est une nouvelle façon d'appréhender l'environnement qui nous entour avec, pour seul outil, le corps humain.

C'est aussi la connaissance de soi même, faire face à ses propres appréhensions, car les obstacles ne sont pas toujours ce que l'ont croi...
Ceux qui pratiquent le Parkour sont des traceurs d'un art de vivre avec une philosophie de tous les jours...

 
The Monkey Vault

Le Parkour

La passion fait vivre, la sagesse fait durer.

23.11.05
 
Urban Art: Visibility

woostercollective Lascaux

O nosso medo profundo vem da caverna.
Nunca fomos felizes, mas sempre procurámos sê-lo.
Os peritos traçaram teorias para explicar os "graffitti" na caverna.
Olhem para as paredes das nossas cidades e vejam.
Será preciso grandes teorias para perceber?

Jovens na selva urbana, nada podendo, senão criar apartir de vidas vazias.
Participam no grupo (gang) colectivamente, mas alguns enganam o medo de outra forma, de uma forma própria, individual.
Fazendo-o, tornam-se visíveis nas marcas que deixam.
São pégadas na selva urbana.


22.11.05
 
Urban Art: Lightness and Quickness

le.parkour

Life is made of obstacles and challenges - To overcome them is to progress.
Sebastian Foucan

Assim como nasceram os caminhos de Buda, o Zen japonês e as artes marciais, também na selva urbana nascem novos percursos, caminhos de arte e aperfeiçoamento.
O obstáculo já não é apenas a Natureza, existe outro maior, o desprezo da "Sociedade".

O "rap" e a "break-dance" são filhos da rua.
E a "escumalha " urbana descobriu uma nova arte, a do movimento, da ligeireza e da rapidez;
Os valores de Italo Calvino para o jovem século...


21.11.05
 
Sentences on Conceptual Art 29


Sol LeWitt, Tondo Stars 2002

The process is mechanical and should not be tampered with.
It should run its course.
(Sol Lewitt 1969)
20.11.05
 
11/34 - Liedson resolve
SCP
Penafiel 0 Sporting 1
Liedson 58'

Alegrias: 15
Dores: 14

Liedson 6
Deivid 3
Rogério 2
Luis Loureiro, Douala, Nani, Beto 1

Liga Betandwin.com :)
1º. Braga 26 pts
2º. Porto, Nacional 24 pts
4º. Sporting, Setubal 20 pts
19.11.05
 
A FOZ

À Ana Lúcia Fernandes
Ao João Jacinto Ferreira
Ao Pedro Matos Soares
Ao Rafael Teixeira Luzio
Parabéns pelo ano percorrido, 17 Novembro 2004

 
Da novíssima revolta 2

spikyjumper

É levantar tarde e não ter programa para o dia – nem escola, nem emprego.
É descer até à entrada do prédio, encontrar os amigos e não ter nada que fazer.
Andam por ali até tarde, chateiam-se e chateiam as pessoas do bairro, que já não podem com eles.
Às vezes vão até ao centro comercial mais próximo.
E quando vão, vão em grupo porque não sabem fazer nada sozinhos.
Mas chegam como selvagens porque não têm os códigos da vida em sociedade.
Os pais vêm de culturas diferentes e não há miscigenação nestes bairros, onde toda a gente é pobre e sofre.
Na escola e no trabalho também se aprendem esses códigos, mas eles estão fora do sistema.
Acabam por cair na tentação dos pequenos tráficos para terem algum dinheiro e entram assim numa engrenagem.

O mais curioso é que essas crianças – salvo nos casos mais difíceis – são respeitadoras e obedientes em casa.

São miúdos que aprenderam a gerir a sua esquizofrenia social.
Em casa há regras, respeito e educação.
Na rua – e até na escola, para o punhado que ainda lá vai – são outras pessoas.

Adil Jazouly (sociólogo), Público 12 Novembro 2005

 
Dialogo de opostos
Debra Ann

Tenho saudades...
saudades do que não foi,
eu não posso repetir o que nunca foi!


18.11.05
 
The Human problem

Maya Kulenovic (apresentada pela Calamity)

How simple and frugal a thing is happiness: a glass of wine, a roast chestnut, a wretched little brazier, the sound of the sea.

(Nikos Kazantzakis in Zorba the Greek)
 
Da novíssima revolta
BBC
Neste mundo globalizado nada é estanque.
Levantar o discurso “dos valores” como se estes fenómenos fossem externos ao tecido da sociedade contemporânea é pactuar com o arranque já inevitável das rodas dentadas do extremismo: os de dentro, “dos valores”; e os de fora, “eles”, os outros.
(in A barriga de um arquitecto)


São miúdos que têm na maioria 16 a 17 anos.
São miúdos que estão fechados nos bairros problemáticos sem quase nunca saírem de lá.
Individualmente, não existem, ninguém lhes liga.
Mas são “alguém” colectivamente, quando se amotinam.
Nessas ocasiões, fala-se neles, repara-se neles e interessam-se por eles.
Há momentos, numa sociedade, em que as emoções colectivas fazem sentido.
A violência urbana assume um sentido quando cria um colectivo que gera um sentimento de pertença a algo – há “eles” e “nós”, há “cá dentro” e “lá fora”, os que estão “em cima” e os que estão “em baixo”.
Adil Jazouly (sociólogo), Público 12 Novembro 2005

Quando falamos de Nações e de Pátrias, seria útil levar essas ideias a sério, porque elas são agentes poderosos nas sociedades humanas.
Há grupos que excluem e matam, e há grupos que unem e estendem os braços.
Mas há sempre a necessidade de pertencer a algo, de "estar dentro", haverá sempre grupos e haverá sempre medos, porque é essa a nossa natureza.

17.11.05
 
Dois anos à Babugem


Confesso que não sou frequentador assíduo, nem sei bem porquê.
A verdade é que sempre que vou, fico simplesmente embasbacado com a mestria.

Parabéns e um abraço Ricardo
 
Monaco 2005

Raikkonen (McLaren Mercedes)





The Cahier Archive

 
1956 Moss's Maserati victory at Monaco

At the start Moss (Maserati) took the lead with Castellotti (Lancia-Ferrari), Fangio (Lancia Ferrari) hot on his trail.
It did not take long for Fangio to pass Castellotti, but by then Moss was clearly five seconds ahead, by the end of the first lap.
At Ste Devote on the second lap Fangio made a rare mistake and spun, but he was able to rejoin and tried to make up for lost time.
Castellotti then into trouble early and retired with clutch trouble.
In second place there was Collins (Lancia-Ferrari) and he quickly moved aside to let his team leader through so that Fangio could chase after Moss.

The Argentine driver was not having a good day, however, and after clouting a wall at the chicane he pitted and handed his car over to Castellotti.
Just after halfway Collins was called into the pits and Fangio took over his car - an odd move in the circumstances.
Fangio had obviously regained his composure because he quickly caught and passed Behra (Maserati) and then set off to close the 45 second gap to Moss.
He had 30 laps to do it.

Fifteen laps later Moss had a fright when lapping his team mate Perdisa, who suffered a brake failure just as Moss was passing him.
The two cars made contact and Moss damaged one of the catches which secured the bonnet of his car so that it was lifting up slightly in some of the corners.

Moss remained calm despite the fact that Fangio was closing at two seconds a lap and he got to flag with six seconds to spare.

1. 28 Stirling Moss, Maserati 250F 100 laps 3h00m32.9
2. 26 Peter Collins/ Juan Manuel Fangio, Lancia Ferrari D50
3. 30 Jean Behra, Maserati 250F 99 laps
4. 20 Juan-Manuel Fangio/ Eugenio Castelloti, Lancia Ferrari D50 94 laps
5. 6 Hernando da Silva Ramos, Gordini T16 93 laps
6. 4 Elie Bayol/ Andre Pillete, Gordini T32 88 laps
7. 32 Cesare Perdisa, Maserati 250F 86 laps
8. 18 Horace Gould, Maserati 250F 85 laps




16.11.05
 
A Poluição

Zirmastill

Às vezes parece-me que uma epidemia pestífera atingiu a humanidade na faculdade que mais a caracteriza, ou seja no uso da palavra, uma peste da linguagem que se manifesta como perda de força cognitiva e de imediatismo, como um automatismo com tendência para nivelar a expressão nas fórmulas mais genéricas, anónimas e abstractas, para diluir os significados, para embotar os pontos expressivos, para apagar toda a centelha que crepite do encontro das palavras com novas circunstâncias.

E acrescentarei que não é só a linguagem que me parece atingida por esta peste.
Também as imagens, por exemplo.
Vivemos debaixo de uma chuva ininterrupta de imagens; os mais poderosos media não fazem senão transformar o mundo em imagens e multiplicá-lo através de uma fantasmagoria de jogos de espelhos: imagens que em grande parte estão privadas da necessidade interna que deveria caracterizar toda a imagem, como forma e como significado, como forças de se impor à atenção, como riqueza de significados possíveis.

Grande parte desta nuvem de imagens dissolve-se imediatamente, tal como os sonhos que não deixam marcas na memória; mas não se dissolve uma sensação de estranheza e mal estar.

Italo Calvino, Lezioni Americane – Sei proposte per il prossimo milennio

 
A Exactidão

Frank Stella, Damascus Gate 1969

Exactidão para mim quer dizer sobretudo três coisas:

- Um projecto da obra bem definido e bem calculado.

- A evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis;
em italiano temos um adjectivo que não existe em inglês, “icástico” do grego.

- Uma linguagem o mais precisa possível como léxico e na sua capacidade de traduzir as “nuances” do pensamento e da imaginação.

Italo Calvino, Lezioni Americane – Sei proposte per il prossimo milennio


15.11.05
 
Parabéns atrasados

TABACARIA 09 novembre 2004


Apesar das minhas limitações numa língua que só parcialmente domino, começo este blog.
De resto, não sei para onde me isto levará...
quase em português 11.11.03



Lilás com Gengibre Domingo, Novembro 14, 2004

À Elvira, ao João, ao Lutz e à Cris, o meu desejo de felicidades imperdoávelmente atrasado.
Que continuem por muito tempo a viagem conosco,
para que os dias se tornem mais leves.


 
O estatuto do Presidente da República

Presidencia da Republica

Os tópicos que permitirão caracterizar o sistema político português, no que respeita ao estatuto constitucional do P.R. (art. 123) são os seguintes:
a) O P.R. é directamente eleito por maioria absoluta, sob candidatura directa dos cidadãos (e não dos partidos).
b) O seu mandato é de cinco anos, maior que a legislatura da Assembleia da República (A.R.) não podendo ser destituído antes do final do seu mandato.
c) O P.R. detém grandes poderes institucionais, que se apresentam como poderes efectivos, não meramente nominais.
d) A função presidencial exerce-se com pequenos poderes de intervenção directa na condução política do país.
e) Boa parte dos actos mais graves do P.R. está, porém, condicionada a prévio parecer do Conselho de Estado, a proposta do Governo ou a ratificação parlamentar.

É indubitável que o P.R. goza de grandes poderes institucionais de exercício mais ou menos discricionário, não sujeitos a quaisquer exigências constitucionais específicas, nem dependentes de referenda governamental.
É o caso da dissolução da A.R. (art. 136/ 174/ 175). É evidente que a dissolução da A.R. não pode ser acto arbitrário, mas não existem elementos vinculados na Constituição a limitar o poder discricionário do P.R.
A isto acresce o importante direito de veto que, tal como acontece em regime presidencial, não é limitado aos casos de inconstitucionalidade (art. 277/ 278) podendo ser também um veto de mérito quanto aos diplomas emanados dos órgãos legislativos (art. 139).
Se a isto se acrescentar que cabe ainda ao P.R. declarar o estado de sítio ou o estado de emergência (art. 137), declarar a guerra (art. 138), exercer o cargo de comandante supremo das Forças Armadas (art. 137), convocar extraordinariamente a A.R. (art. 136), é fácil concluir que o estatuto presidencial é caracterizado pela atribuição de importantes poderes institucionais.

O Primeiro-ministro (P.M.) e o Governo são politicamente responsáveis perante o P.R. (art. 193/ 194) mas a função de governo ou de condução da politica do país pertence principalmente ao Governo (art. 185) não podendo o P.R. presidir ao Conselho de Ministros senão quando o P.M. lho solicitar (art. 136); acresce que os Ministros não são individualmente responsáveis perante o P.R. (art. 194)

O P.R. não é certamente um “poder neutro”, um simples “guardião da Constituição”.
O estatuto presidencial é caracterizado por poderes consideráveis para influenciar decisivamente as escolhas políticas, sobretudo em períodos de crise;

O P.R. pode nomear o Governo com alguma margem de liberdade e, verificadas certas circunstancias, pode também demiti-lo.
Esses dois poderes, na ausência de uma maioria parlamentar monopartidária, podem ser decisivos quanto à formação da coligação governamental de entre as parlamentarmente possíveis.
Mas o P.R. não pode governar nem substituir-se ao Governo.
O seu papel constitucional, para além da função de representação, é essencialmente a de controlo da maioria governamental, de arbitragem institucional e de garantia do regular funcionamento das instituições.

J.J. Gomes Canotilho/ Vital Moreira, Fundamentos da Constituição pág. 208, Coimbra Editora 1991

É só isto (que não é pouco) mas não é, de todo, salvar o país ou sequer governar; quanto à história da influencia, estou com o VPV, só quem quer se deixa influenciar.
O resto é conversa para boi dormir.
14.11.05
 
No país de Masoc 2

Gamado em TheHiddenPersuader

Já comi a sopa toda que me deram hoje.
Faltava era o geladinho.

Boa noute,
amanhã há mais caldos.


 
A Rapidez

JapanDesign

"O discorrer é como o correr"; esta afirmação de Galileu, é como que um programa estilístico, o estilo como método de pensamento e como gosto literário; a rapidez, a agilidade do raciocínio, a economia dos argumentos, mas também a fantasia dos exemplos, para Galileu são qualidades decisivas do bem pensar.

Italo Calvino, Lezioni Americane - Sei proposte per il prossimo milennio 1990


 
No país de Masoc

Gamado em TheHiddenPersuader

Portugal grey.
Para quem gosta.
Às vezes, parecemos todos assim.

E os iluminados fazem-nos a vontade: dão-nos sopa.



13.11.05
 
Calvino's Lightness

They don't believe in the law of gravity and they don't care about the law.
Paris' youth idolize them.
The police hate them.
They are the Yamakasis, modern samurais, warriors in the war against the ghetto's dark and sad reality.
With acrobatic skilfulness and adrenaline pumping belief in their own immortality, they throw themselves out from incredible heights, and jump from roof to roof.

Locked doors and "No Trespassing" signs is irresistible challenges.


 
Des conceptions erronées

Shirley Sharoff, Big Bang 1988

Tout appel à la réflexion nous irrite et nous avons horreur des arguments non familiers qui ne cadrent pas avec ce que nous croyons ou avec ce que nous voudrions croire.

Joseph A. Schumpeter, Capitalisme, Socialisme et Démocratie 1946


 
Pérola do inteligente

"O PC e o Bloco dão uns passinhos fora da ortodoxia, mas com cuidado e à conta da sua institucional irrresponsabilidade.
Como, no seu tempo o CDS de Portas que, de resto, o poder largamente amansou."
VPV Público 13 XI 2005

Portanto:
- quem não aceita o sistema e quer mudar, não passa de irresponsável;
- mas quem aceita o sistema, não é responsável, é manso, e presumivelmente não vai mudar nada.

Pois portanto, não há saída: "numa palavra, não deixam escolha"
Só restam os comprimidos e a garrafita :)



12.11.05
 
Dialogo de opostos
Gabriel Marquez

- Estaremos pois condenados a beijarmo-nos e amarmo-nos infinitamente repetidas vezes sem conta?
- Ainda que eu me esconda sob outro corpo-mulher, ou me oculte sob outra forma irreconhecível?
- Saberei que te beijo a ti e só a ti.Reconhecer-te-ei ao primeiro olhar d'alma que trocarmos.


11.11.05
 
Le Rire

Click on

Les attitudes, gestes et mouvements du corps humain sont risibles dans l'exacte mesure où ce corps nous fait penser à une simple mécanique.
Certaines ont défini l'homme comme "un animal qui rit".
Ils pourraient aussi le définir justement comme "un animal dont on rit".

Henri Bergson (gamado na Lésse )
 
A Leveza

Skipy Jumper

Hoje em dia todos os ramos da Ciencia parecem querer demonstrar-nos que o Mundo assenta em entidades delicadíssimas: tal como as mensagens do ADN, os impulsos dos neurónios, os quarks, os neutrinos vagueando peloespaço desde o princípio dos tempos...

E também a Informática.

É verdade que o software não poderia exercer os poderes da sua leveza senão por meio do peso do hardware;
Mas é o software que comanda, que actua sobre o mundo exterior e as máquinas, que só existem em função do software, evoluindo de modo a elaborar programas cada vez mais complexos.

A segunda revolução industrial não se apresenta como a primeira com imagens esmagadoras como prensas de laminadoras ou torrentes de aço, mas sim como os bits de um fluxo de informação que corre por circuitos sob a forma de impulsos electrónicos.
Continuam a existir máquinas de ferro, mas obedecem aos bits sem peso.

Italo Calvino, Lezioni Americane - Sei proposte per il prossimo milennio, 1990

 
O Peso

Spiky Jumper

Quando iniciei a minha actividade, o dever de representar o nosso tempo era o imperativo categórico de todos os jovens escritores.
...
Procurei captar uma sintonia entre o movimentado espectáculo do Mundo, ora dramático ora grotesco, e o ritmo picaresco e aventuroso que me impelia a escrever.
...
Em breve me apercebi de que entre os factos da vida que deveriam ser a minha matéria prima e a agilidade impetuosa e cortante que eu pretendia que animasse a minha escrita havia uma diferença que me custava a superar cada vez com mais esforço.
...
Talvez só então eu estivesse a descobrir o peso, a inércia, a opacidade do Mundo: qualidades que se agarram logo à escrita, se não descobrirmos maneira de lhes fugir.

Italo Calvino, Lezione Americane - sei proposte per il prossimo milennio, 1990
 
Sentences on Conceptual Art 28

Hall Held 1973 Solar Wind

Once the idea of the piece is established in the artist's mind and the final form is decided, the process is carried out blindly.
There are many side effects that the artist cannot imagine.
These may be used as ideas for new works.
(Sol Lewitt 1969)
10.11.05
 
A Poese

Shirley Sharoff 1988, Graphic "big bang" and typographic spirals with an extract from Cosmicomics by Italo Calvino

É característico da literatura italiana considerar num único contexto cultural todas as actividades artísticas, pelo que para nós é perfeitamente natural que na definição das “Norton Poetry Lectures”, o termo “poetry” seja também entendido em sentido lato, de modo a compreender também a música e as artes visuais;

Tal como é perfeitamente natural que eu, escritor de "fiction", tenha presente no mesmo discurso a poesia em verso e o romance, porque na nossa cultura literária a separação e especialização das duas formas de expressão e das respectivas críticas é menos acentuada que noutras culturas.


As minhas reflexões têm-me sempre levado a considerar a literatura como universal e sem distinções de língua e de carácter nacional, e a considerar o passado em função do futuro.

Italo Calvino, Lezioni Americane – Sei proposte per il prossimo milennio, 1990


 
Six memos for the next millennium

Ladies and Gentleman, Dear friends

Estamos em 1985: só quinze anos nos separam do início de um novo milénio.
O milénio que está prestes a terminar viu nascerem e expandirem-se as línguas modernas do Ocidente e as literaturas destas línguas que exploraram as possibilidades expressivas, cognitivas e imaginativas.
Foi também o milénio do livro, dado que viu o objecto-livro tomar a forma que nos é familiar.

Desejaria assim dedicar ... alguns valores ou qualidades ou especificidades da literatura a que estou particularmente ligado, tentando situá-las na perspectiva do novo milénio.

1 – Lightness
2 – Quickness
3 – Exactitude
4 – Visibility
5 – Multiplicity
6 - Consistency


Ítalo Calvino, Santiago de las Vegas (Cuba) 1923 – Siena 1985


 
Sentences on Conceptual Art 27

Caufman 1968

The concept of a work of art may involve the matter of the piece or the process in which it is made.
(Sol Lewitt 1969)
9.11.05
 
Uncle Bill advises

Bill Gates

Gamado ao Ernesto dos confins da Cantina, para que nunca mais diga que não a leio; com olhos de ver é mais difícil porque, a surdez, a cegueira e a paralisia são presentes dos anos :)

Acrescento apenas, que não acho imbecilidade nenhuma, vejo apenas um exemplo do realismo de uma cultura protestante anglo-saxónica, que valoriza o sucesso pessoal, diferente do sul europeu católico, que o demoniza.

Será a estupidez, a nova "regra de ouro" para atingir o sucesso?!?
Tio Bill parece achar que sim.
Não só o tio Bill se afirma como crítico social e futuro cronista, como também mantém em aberto uma possível carreira como ministro da educação nos E.U.A.
Mas do Bill é fácil dizer muita trampa;
Vamos antes prestar atenção à trampa que ele diz!
Aqui estão alguns conselhos que Bill Gates deu numa conferência numa escola secundária.

11 regras que os estudantes não aprenderão na escola
Ele fala sobre como a "política educacional de vida fácil para as crianças" tem criado uma geração que não tem o conceito da realidade e como esta política tem levado as pessoas a falharem nas suas vidas profissionais, depois da escola.
Muito conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais...
Bill Gates falou em menos de 5 minutos, foi aplaudido mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi-se embora no seu helicóptero...

Regra 1
A vida não é fácil
, acostumem-se a isso.

Regra 2
O mundo não está preocupado com a vossa auto-estima
.
O mundo espera que vocês façam alguma coisa útil por ele ANTES de vocês se sentirem bem convosco próprios.

Regra 3
Vocês não vão ganhar 5.000 EUR por mês assim que saírem da Universidade. Vocês não serão directores de uma empresa com carro e telefone à disposição antes de terem conseguido comprar o vosso próprio carro e telefone.

Regra 4
Se vocês acham que os vossos professores são rudes, esperem até terem um Chefe.
Ele não vai ter pena de vocês.

Regra 5
Vender jornais velhos ou trabalhar nas férias não está abaixo da vossa posição social.
Os vossos Avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam-lhe oportunidade.

Regra 6
Se vocês fracassarem, a culpa não é dos vossos Pais.
Por isso não os culpem dos vossos erros, aprendam com eles.

Regra 7
Antes de vocês nascerem, os vossos Pais não eram tão críticos como agora.
Eles só ficaram assim por pagar as vossas contas, lavar as vossas roupas e ouvir vocês dizerem que eles são "ridículos".
Antes de quererem salvar o planeta para a próxima geração, desejando consertar os erros da geração dos vossos Pais, tentem limpar o vosso próprio quarto.

Regra 8
A vossa escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim.
Em algumas escolas vocês não chumbam mais de um ano e têm tantas chances quantas vocês precisarem até acertar.
Isto não tem NADA a ver com a vida real.
Se pisarem o risco, são despedidos...
Façam bem à primeira !

Regra 9
A vida não é dividida em semestres.
Vocês não terão sempre os verões livres e é pouco provável que os outros empregados vos ajudem a cumprir as vossas tarefas no fim de cada período.

Regra 10
A televisão NÃO é a vida real.
Na vida real, as pessoas têm que largar o "barzinho" ou a boite e ir trabalhar.

Regra 11
Seja simpático com os "estudiosos" - aqueles estudantes que muitos julgam que são uns idiotas.
Existe uma grande probabilidade de vocês virem a trabalhar PARA eles um dia.


 
Untitled Champions: Eugenio Castellotti
click image to enlarge
Belgian Grand Prix, Spa 1955 (Lancia D50 n.30), followed by 1950 champion Farina (Ferrari 555 n.2), before retiring with gear box problems.

A country gentleman from Lodi, not far from Milan, Castellotti bought a Ferrari sportscar in 1950 when he was still only 20 years of age.
But he really hit the headlines when he ran second in the Mille Miglia and this led to him being offered a drive with the Lancia team.

The
Lancia connection resulted in him being signed for its Formula 1 programme in 1954.
The cars were late arriving and Castellotti did not get to race one of the D50s until the start of 1955.
At Pau he finished second ahead of his team mates Gigi Villoresi and Alberto Ascari. He also finished second at Monaco.
A few days later Ascari was killed testing Castellotti´s Ferrari sportscar and with Villoresi retirement, he became team leader for one Grand Prix.
Then Lancia closed its racing programme and the D50s were sold to Enzo Ferrari.

Castellotti thus became a Ferrari driver, but there were too many Ferrari drivers in 1956.
In F1 the high point of his year was second place to Peter Collins in the French Grand Prix at Reims, while he spun out of the race at Monza after an indisciplined battle with team-mate Luigi Musso.

In the early months of 1957 Castellotti featured more in the gossip columns than the motoring magazines due to his affair with opera singer Delia Scala.
While on holiday, he was annoyed to be summoned back to Modena by Enzo Ferrari to do something about the new lap record which had just been set by
Jean Behra in the latest Maserati 250F.
On only his third lap, Castellotti crashed into a small grandstand and was killed instantly.



Powered by Blogger