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La force des choses
30.6.07
 
O verdadeiro artista!

Antigamente as provas de perícia, os famosos "taquinhos", eram uma componente essencial do rallies.
Nas "perícias" viamos verdadeiros shows de habilidade na condução.
Mas, dizia-se, subvertiam as classificações.
Acabaram desprezadas, remetidas para as popularuchas gincanas.
A velocidade impôs-se também nos rallies.
Apesar disso, a sabedoria do César levou-o a manter no final do TAP (depois Rally de Portugal) uma prova destas (sem pontuação) reconhecendo o valor de espectáculo.
Vejamos Chris Evans... quem guia assim não é gago.
Com pressões baixas na traseira escorrega-se muito bem num Lotus Seven.
(agradecido ao Nuno Vilarinho pela lembrança)
 
Os olhos
Os olhos tinham um brilho duro, pareciam de laca.
É impossível descrevê-los, mas pode dizer-se que eram olhos de orgasmo.

O que nos seus olhos se via era algo de febril, de inflamável, algo tão intenso que, sempre que a olhava nos olhos e sentia o pénis crescer e palpitar, me parecia ver-lhe nos olhos igual palpitação.
Correspondia ao meu desejo só com os olhos e fazia-o eróticamente, como se neles se erguessem ondas de febre, vagas de loucura, algo devorador, capaz de lamber um homem como uma labareda, aniquilá-lo com um prazer jamais sentido.
(Anais Nin, Little birds 1979)
29.6.07
 
A boca

A boca não era boca que sugerisse beijos ou comida.
Não era boca de falar, de formar palavras, de cumprimentar.
Não, era antes a boca do próprio sexo da mulher, tinha a mesma forma, movia-se da mesma maneira – para nos atrair, para nos excitar, sempre húmida, vermelha e viva como os lábios de um sexo que se acaricia…
Cada movimento daquela boca tinha o dom de transmitir igual movimento, igual ondulação ao sexo do homem, transmissão feita como que por contágio directo e imediato.
Quando ela se movia, qual vaga prestes a enrolar e a tragar alguém, ondas iguais abalavam o pénis e o próprio sangue.

(Anais Nin, Little birds 1979)
28.6.07
 
A pele
Também a pele era erótica. Ficava horas deitada, deixando-me acaricia-la, como um animal, muito quieta e lânguida… a pele, transparente, deixava à mostra as veias azul-turquesa que lhe percorriam o corpo e eu sentia que acariciava não só uma pele acetinada, mas também veias vivas, tão vivas que ao tocar-lhe, as sentia palpitar sob a pele.
Gostava imenso de me deitar junto dela, de me encostar às suas nádegas e de a acariciar, para sentir a contracção dos músculos traindo a sua excitação.
(Anais Nin, Little birds 1979)

27.6.07
 
Ser moderno 2

"Destruir uma cidade, um estado, até um império, é um acto essencialmente finito; mas tentar a aniquilação total – o extermínio – de uma entidade tão ubíqua, mas teórica e ideologicamente tão definida como uma classe social ou uma abstracção racial, é outra coisa bem diferente, e impossível até de conceber para uma mente não condicionada pelos hábitos de pensamento ocidentais.
Aí está uma ambição verdadeiramente fáustica – transformar pela acção física não simplesmente a Terra, mas a qualidade das criaturas que a habitam, uma ambição aparentada com as pesquisas actuais para a destruição de montanhas, com a fuga aos limites da Terra, com o controlo e modificação genética e a manipulação da própria vida – todas elas ambições que, antes deste século, eram o tema tenebroso do mito e da necromancia.
No entanto, foram essas ambições manifestadas pelos dois movimentos políticos, o comunismo e o fascismo, que abalaram os anos que marcaram o meio do nosso século"

(Edmund Stillman e William Pfaff, The politics of hysteria: the sources of twenthieth century conflit, London: Victor Gollancz, 1964, p. 29)

Os campos da morte da Alemanha nazi, da Rússia soviética e da China maoista mataram muitos milhões de pessoas, mais do que em qualquer século anterior.
Contudo, não é o número de mortos que é particularmente moderno.
Moderna é a crença de que, em resultado dessas mortes, um mundo novo nasceria.

Em tempos passados, a Inquisição torturou e matou, mas nunca imaginou reconstruir o mundo através do terror.
Prometeu a salvação, mas num outro mundo, não no mundo terreno.
No século XX, pelo contrário, o morticínio em escala industrial praticado pelos estados contra os seus próprios cidadãos, foi realizado na crença de que os sobreviventes viveriam num mundo melhor do que qualquer outro que já tivesse existido.

A ideia de uma civilização universal, que o Ocidente defende, é um produto do cristianismo casado com o iluminismo.
Segundo John Gray, o misto de anarquia e teocracia que caracteriza a Al-Qaeda é um também subproduto do pensamento radical do Ocidente, e não do “choque de civilizações”.
Discordo de Gray, creio que o conflito entre a Al-Qaeda e o Ocidente, é ambas as coisas, por um lado uma reacção identitária e nesse sentido um choque de culturas, e em simultâneo é uma reacção imbuída de modernidade, desde a organização, passando pelos métodos até às finalidades quase niilistas do Islão radical.
De facto, e aqui já concordo com Gray, as grandes experiências de terror revolucionário - a destruição para salvar o mundo - nunca foram ataques contra o Ocidente, mas expressão de ambições alimentadas por esse mesmo Ocidente.
Como que por magia, quando duas culturas entram em contacto, dá-se uma certa fusão, e mesmo a reacção defensiva da cultura mais frágil, está já contaminada pela mais forte. A Al-Qaeda é um fenómeno moderno.
(lendo John Gray, Al-Qaeda e o significado de ser moderno, Relógio D’Água 2004)
 
A criação do mundo


fabulosa bd sobre os bichos daqui

Não matarás!... não matarás em vão. apenas se for preciso.
26.6.07
 
Re-conforto

Uma das curiosidades re-confortantes de estudar política é esta: adivinha-se o fétido, mas não se chafurda nele, não se pratica.
Observamos à distancia, a uma distancia teórica e "saudável", todo o perpétuo jogo de lama que depois, afectuosamente, classificamos como a História da humanidade.

 
Ser moderno
"A palavra humanidade é perfeitamente repulsiva; não exprime nada de definido e só serve para acrescentar à confusão de todos os restantes conceitos uma espécie de semideus mestiço"
(Alexander Herzen, My past and thoughts, University of California Press, 1999, p. 523)

Existe a convicção de que há uma só forma de modernidade e sendo sempre coisa boa. Quem pensar assim engana-se terrivelmente.
A União Soviética, numa tentativa de realizar o ideal iluminista de um mundo perfeito sem conflitos, matou e escravizou milhões de humanos.
A Alemanha nazi, numa tentativa de produzir um ser humano novo e superior, cometeu o mais horrendo acto da História.
Antes de nós, nenhuma época acalentou projectos semelhantes.


Há muitas maneiras de ser moderno e algumas monstruosas.
As câmaras de gás e os gulags eram modernos.
O terror revolucionário é moderno.
(lendo John Gray, Al-Qaeda e o significado de ser moderno, Relógio D’Água 2004)

25.6.07
 
O próprio cabelo
De certo modo, dá-se com a s putas um fenómeno especial devido ao facto de o seu sexo ser um constante objecto de desejo.
O erotismo vem todo à superfície.
A constante presença do pénis dentro dela confere à mulher uma certa fascinação.
O sexo está sempre como que exposto, como que presente em todas as partes do seu corpo.

Curiosamente, até o próprio cabelo da puta se mostra impregnado de sexo.
O cabelo daquela mulher… era o mais sensual que já me foi dado ver.
A Medusa devia ter um cabelo como aquele e era com ele que seduzia os homens que sucumbiam ao seu feitiço.
Era um cabelo cheio de vida, pesado, tão excitante como se tivesse sido lavado em esperma.
Dava-me a impressão de ter estado enrolado num pénis, mergulhado nas suas secreções.

Era o género de cabelo que eu desejaria ver enrolado à volta do meu sexo.
Era quente e aromático, luzidio e farto.
Era o cabelo de um animal.
Eriçava-se quando se lhe tocava.
Bastava-me passar os dedos por aquele cabelo para ficar em erecção.
Já me satisfazia só de lhe tocar naqueles cabelos.
(Anais Nin, Little birds 1979)
24.6.07
 
Humildade: podiamos ter começado por aqui :)

 
A natureza bestial do anjo
A natureza bestial da mulher está cuidadosamente disfarçada: os lábios, o rabo, as pernas servem outros fins; servem, como certa plumagem colorida, para desviarem o desejo do homem, mais do que para o aumentarem.

As mulheres desavergonhadamente sexuais, as que têm o sexo estampado na cara, as que despertam logo no homem o desejo de lhes enfiar o pénis por ali adentro; as mulheres para quem a roupa é só um meio de tornar mais proeminentes certas partes do corpo, como as mulheres que usam enchumaços para tornarem os rabos maiores e as que usam corpetes para os seios sobressaírem mais nos decotes; as mulheres que nos atiram o sexo à cara, desde os cabelos aos olhos, ao nariz, à boca, a todo o corpo – são dessas mulheres que eu gosto.
As outras… leva tempo a descobrir nelas o lado animal.
Diluíram-no, mascararam-no, perfumaram-no tanto, que cheira a outra coisa – a quê?

A anjo.
(Anais Nin, Little birds 1979)

23.6.07
 
Da Geopolítica

O novo recorte geopolítico mundial decorre dos efeitos provocados por dois acontecimentos “detonadores” – o final da Guerra Fria e o onze de Setembro – e por um outro “revelador” – a crise iraquiana, num contexto fortemente marcado pela emergência das ameaças assimétricas e pela tentativa de se estabelecerem novas estratégias para lhes fazer face.

Os “detonadores” produziram profundas mutações no sistema internacional e conduziram a alterações substanciais na estrutura de poder mundial, na medida em que ambos foram aproveitados pelos Estados Unidos como oportunidades para expandirem o seu alcance estratégico.
Porém, se as relações da super potencia com a Rússia e com a China melhoraram de forma significativa na sequencia da tragédia dos atentados de onze de Setembro e da “guerra contra o terror”, nas relações transatlânticas regista-se um movimento inverso, em virtude do agravamento das divergências sobre as estratégias adequadas para enfrentar as novas ameaças.

A crise em torno da intervenção militar no Iraque foi, sobretudo, um “revelador” dessas desavenças entre americanos e europeus.
A nova ordem internacional é actualmente caracterizada por um modelo híbrido, complexo e original na estrutura de poder mundial que podemos designar por uni-multipolar, e pela coexistência de dois vastos movimentos geopolíticos e geostratégicos: por um lado, a guerra mundial “contra o terror” e, por outro, o jogo de “contenções mútuas e múltiplas” entre a pressão hegemónica dos EUA e os que se batem (EU, Rússia e China) no sentido de conter ou mesmo contrariar essa hegemonia.

(Luís L. Tomé, Novo recorte geopolítico mundial, UAL 2004, texto da contracapa deste excelente livro)


22.6.07
 
É uma espécie de corrente
Respondendo ao amável encadear da minha querida IO, fui rever as raras leituras dos últimos tempos, que não as de estudo.
Infelizmente a minha realidade é pobre, dois ou três livros, no ultimo ano.
Para já, estou sempre a reler velhos livros, e faz pouco reli o "Gog" do Giovanni Papini (tenho uma edição traduzida de 1948, Livros do Brasil)
Além disso, ando também sempre ás voltas, com livros que pego e despego.
Há um, para mim aliciante mas dificil, que faz parte desse grupo, "Incarnation, une philosophie de la chair" (Seuil 2000) de Michel Henry.
Para acabar, li há meses e gostei de "O apelo do poente" de Gamal Ghitany (Livros do Brasil 2001) e ando a ganhar fôlego para atacar um presentinho recente, "Estudos sobre o amor" do Ortega y Gasset (Relógio d’Água 2000).
Mas só lá para o mês que vem, quando me livrar dos exames.
Há ainda para aí mais umas coisitas, entre elas o Mia Couto, o Francisco José Viegas, coisas sobre Africa, um tema que me atrai… mas agora não há paz para isso :)

Como disse à IO, não alinho muito em cadeias néticas, mas… vá lá… admito que gostava de espreitar para as estantes da Che, da Susana, do CC e do Nuno
Que me perdoem a incitação…

21.6.07
 
Statione dal Sole

Junho é um mês funesto
com o céu coberto
de armas

Não é que ser possível ser feliz acabe,
quando se aprende a sê-lo com bem pouco.
É que os lugares acabam.
Ou ainda antesde serem destruídos, as pessoas somem
e não mais voltam onde parecia
que elas ou outras voltariam sempre
por toda a eternidade.
Mas não voltam

20.6.07
 
Da Tolerância
To tolerate someone else is an act of power;
To be tolerated is an acceptance of weakness
(Michael Walzer. On Toleration, Yale University Press, London 1997, 52)


Não estou seguro desta afirmação de Walzer.

Em sentido lato, tolerar será um acto de poder (eventualmente também de amor) e aceitar ser tolerado uma fraqueza, que frequentemente deriva num complexo de inferioridade.

Já em sentido estricto, aceitar ser tolerado pode não ser expressão de fraqueza, se a inferioridade for só aparente; então será também poder,
implicando dois sentidos, tolerância para cá de forma evidente (e enganada) e tolerância para lá de uma forma súbtil (e enganadora).
E existe ainda o justo meio, num âmbito de troca, onde ambos os termos, divergindo se toleram, por interesse mútuo.
Aí não existe superior e inferior, mas iguais.

 

Os mundos são Teus que neles se faça a Tua vontade misteriosa.

Mas as almas, Deus meu?
Que vem fazer a Morte, que é esta vida, às sementes de vida eterna, que são as almas?

Ascender na podridão a beleza desse instante?

(imagem pescada em tempos no Luis )
19.6.07
 
A quinta-essência da liberdade
Thierry Marchal
O pintor sentou-se, misturando as cores e ao mesmo tempo falando das putas que mais o tinham excitado.
"Prefiro uma puta a qualquer outra mulher porque sinto que ela não se vai colar a mim, amarrar-me para o resto da vida.

Dá-me uma sensação de liberdade.
Não tenho a obrigação de fazer amor com ela.
A única mulher que porventura me deu um prazer igual a esse foi uma que era incapaz de se apaixonar, que se entregava como uma puta, que desdenhava dos homens a quem se dava.
Já tinha sido puta e era mais frígida que uma estátua.
Os pintores haviam-na descoberto e feito dela um modelo.

Era um modelo magnífico.
A quinta-essência da puta"

( Anais Nin, Little birds 1979)
17.6.07
 
Sacana do preto!...

Somos nós jovens, somos brilhantes e promissores... somos bi-campeões do mundo, com um contrato milionário na melhor equipa... vimo-nos livres do sapateiro alemão... e sai-nos esta encomenda ao caminho.
A vida é mesmo uma caixinha de surpresas :(
 
Ó Pedro!

Pedro Lamy fez outra vez história (aqui na frente, à direita, a comer os Audis após a largada para a 75ª "24 heures du Mans").
Já em tempos fora o primeiro português a pontuar no mundial de fórmula 1, com o 6º lugar na Austrália 1995 (Lotus);
Já tinha a melhor classificação portuguesa em Le Mans, com o 4º lugar em 2001 (Chrysler Viper);
Ontem fez a pole position para a Peugeot (foi ele e não outro) e hoje, pela primeira vez, um português fica em segundo lugar – com os franceses Sébastian Bourdais e Stéphane Sarrazin – na mais famosa corrida de resistência do mundo.
Sucesso teve também João Barbosa em 4º, com o Pescarolo-Judd (tinha um 16º em 2005)
Para a Audi, esta é a sétima vitória em oito possíveis, pois só foram batidos pela Bentley em 2003.

15.6.07
 
Edição Extra

14.6.07
 
Grand Prix
"This is Monaco in the mid 60s.Sweet glamour of an era that will never be the same."
A Warner editou-o em DVD pelo 40º aniversário do famoso filme de John Frankenheimer. Com uma vozinha off muita foleira do americano, mas que se lixe... é da época.
Sei que os estetas do cinema não ligam peva a isto, mas este é o meu filme, foi aqui que fiquei encarcerado no tempo.

Alguns como mestre Brabham (esteve na Boavista faz pouco) e Jackie Stewart, ainda cá andam a penar, mas a maioria já se foi; Graham Hill; Jim Clark; Lorenzo Bandini (foi-se ali mesmo, ardendo na chicane de Mónaco), Montand, Grace Kelly; e eu impaciento-me…
quero ir ter com eles, aposto que lá no Céu há um tremendo circuito de montanha, onde eles aceleram para sempre :)
Clickem lá na imagem de Monza, para verem 12 minutos de Monaco em 1966.
13.6.07
 
O triunfo do ódio

Há quase uma semana que as agressões individuais, raptos e execuções, se multiplicavam. Nesta terça feira, a agressão generalizou-se, com ataques organizados a unidades militares e instalações públicas.
O novo governo de “unidade” que o presidente Abbas conseguira formar como alternativa às eleições antecipadas, está à beira do colapso, já ninguém o ouve. E Abbas está a ser pressionado para romper e convocar mesmo eleições.

O Hamas opõe-se radicalmente, acusando a Fatah de pretender emendar o resultado de 2006, em conluio com Israel e os Estados Unidos; “eles não são palestinos” dizem os militantes islâmicos.
A Fatah devolve, acusando de ser o Hamas quem pretende um golpe armado contra a Autoridade Palestina.
O mediador egípcio, tenente-coronel Burhan Hamad, diz que ninguém possui armamento para conseguir uma vitória decisiva; e diz também “Temos de os fazer envergonharem-se de si próprios. Mataram toda a esperança. Mataram o futuro.”

As forças da Fatah têm-se limitado à defesa, excepção feita para para a tomada de controlo da TV Al Aksa, em Ramallah na margem ocidental (onde dominam).
Mas se Abbas romper a coligação governamental, e der ordem de ataque às suas forças, significará que o ultimo limite foi ultrapassado.
Teremos o triunfo dos argumentos de ódio e a guerra entre irmãos, com culpas para o Hamas na sua recusa de reconhecer o “outro”, preferindo o “martírio” da Palestina, em detrimento da Paz (para o que teriam o apoio quase incondicional da União Europeia), e preferindo ser instrumento de “partidos de Deus” estrangeiros; com culpas para uma Fatah corrupta e dependente, que se entrega nas mãos dos USA por interesses próprios, inconfessáveis; com culpas para Israel, que fez tudo para que o caldo da miséria e ódio fervesse em lume brando na frigideira murada de Gaza; mas o destino é irónico, e talvez Israel venha a lamentar mais amargamente ainda a sementeira de ódios e fanatismos, veremos… porque o destino das populações da Palestina, judeus ou árabes está indissoluvelmente ligado, e o futuro de uns é o futuro de outros.

Há palavras de guerra e há palavras de paz. Há mal e há bem.
No preâmbulo da constituição da UNESCO podemos ler uma ideia antiga, muito kantiana “uma vez que as guerras começam no espírito dos homens, é no espírito dos homens que as defesas da paz têm que ser construídas”.
Querer a Paz implica assumir uma cultura que queira mesmo a Paz, é uma questão mental, decidir se querermos viver… ou continuar a política “por outros meios”, isto é, a morte.


12.6.07
 
SimoneB

It certainly wasn’t obvious, but we finally managed to meet… Oh mon amour!

pardonne mes écarts de langue non-maternelle.
j’espére que le soleil brillera sur ta route, le plus souvent possible, oú que tu sois.
reviens…
non seulement parce que sa marche, mais parce que ton accent me manque dejá.


11.6.07
 
Black arrow

Cahier

3rd Australia, 2nd Malaysia, 2nd Bahrain, 2nd España, 2nd Monaco, 1st Canada!
Os seis primeiros "grand prix" da vidinha curta de 22 anos, e está-se na frente do Mundial. Oito pontos atrás vem o colega da Mclaren... por acaso, bi-campeão mundo.
Lewis Hamilton... mas o que é isto?!

P.S.:"Before anything, I just want to say how delighted I am that Robert Kubica is not badly injured after the accident on lap 27, when we were racing closely. I was shocked about the violence of the accident and very concerned because I had no information" Jarno Trulli

9.6.07
 
Da contiguidade na relação entre potência e acto
“... em relação a todas as faculdades que nos vêm por natureza recebemos primeiro a potencialidade, e, somente mais tarde exibimos a atividade (isto é claro no caso dos sentidos, pois não foi por ver repetidamente, ou repetidamente ouvir que adquirimos estes sentidos; ao contrário, já os tínhamos antes de começar a usufruí-los, e não passamos a tê-los por usufruí-los).
Quanto às várias formas de excelência moral, todavia, adquirimo-las por havê-las efetivamente praticado, tal como fazemos com as artes.
As coisas que temos de aprender antes de fazer, aprendemo-las fazendo-as – por exemplo, os homens tornam-se construtores construindo, e tornam-se citaristas tocando cítara; da mesma forma, tornamo-nos justos praticando actos justos, moderados agindo moderadamente, e corajosos agindo corajosamente.”
(Aristóteles, Ética a Nicómaco, pág. 35)

A virtude, como o vício, são hábitos que se constroiem.

8.6.07
 
Dos comportamentos (subvirador e sobrevirador) e do justo meio...

"é possível errar de várias maneiras, ao passo que só é possível acertar de uma maneira (também por esta razão é fácil errar e difícil acertar – fácil errar o alvo, e difícil acertar nele);
também é por isto que o excesso e a falta são características da deficiência moral, e o meio termo é uma característica da excelência moral, pois a bondade é uma só, mas a maldade é múltipla"
(Aristóteles, Ética a Nicómaco, pág. 42)
7.6.07
 
May 66
- Vous avez été mariée, vous ne l'êtes plus, et bien entendu, vous n'avez plus l'intention de vous marier à nouveau?
- Je ne peux pas jurer de rien, mais il faudrait pour ça que ça soit un homme..un homme...

3.6.07
 

Foto Rui Queirós
Ia-se para Vila Real na sexta após o trabalho, e até o fim da tarde de domingo vivia-se um clima indescritível!
Para já, chegar lá era uma aventura à parte...
Quem ia por estrada tinha de vencer as ultra-famosas “curvas do Marão”, quem fosse de comboio levava horas infindas, sobretudo para a parte final entre a Régua e Vila Real, feita em antigas composições de museu ferroviário, de via estreita e locomotiva a vapor...
A chegada, sexta à noite (...) o calor tórrido na capital transmontana!...
Os banhos refrescantes no Corgo, no açude imediatamente antes da ponte da Timpeira... os famosos “bifes com ovo a cavalo” numa tasca mesmo ao lado da salsicharia, que dava o nome à dita curva, e que eram de maior dimensão que o prato... o convívio informal com grande parte das equipas estrangeiras que vinham participar nas provas...
E depois havia Vidago...
Um mundo à parte... as manhãs passadas na piscina do “Palace Hotel”, até a seguir ao almoço ser horas da deslocação a Vila Real, os jantares com os diversos “clans” (de pilotos participantes) espalhados por enormes mesas, e as horas de amena cavaqueira na enorme varanda no exterior do hotel pelas quentes noites de Julho afora...
Carlos Gilbert

2.6.07
 
Hoje vou voar...

Gullwing

Hoje vou voar. Vou encontrar-me com o futuro do passado.


1.6.07
 
O vómito

A Endemol (do Big Brother) diz que só pretende chamar a atenção para a falta de dadores de órgãos.
Uma mulher de 37 anos, doente terminal, vai decidir em directo no “reality show” The Big Donor (BNN-TV holandesa), qual de três concorrentes receberá os seus rins. Escolhe-o a partir da história, do perfil e de uma conversa com a família e amigos dos concorrentes; paralelamente os espectadores elegem o seu candidato preferido.
Cada concorrente, dizem, tem muito mais hipóteses de receber um rim, do que na lista de espera do Serviço estatal de Saúde.

Parece-me então a mim, que chegámos ao ponto mais rasteiro dos "shows de realidade".
Pensava eu, que a doação de órgãos era feita em função de critérios médicos, e não num programa de televisão, onde alguém brinca aos deuses, e decide por capricho ou simpatia, quem vai viver e quem vai morrer.


"Parece-me de mau gosto fazer um reality show sobre um problema tão sério" disse Philip Tod, o porta-voz da Comissão Europeia.
Mau gosto?!...

Mais um passo, e estamos em pleno circo romano:
Ave César. Morituri te salutant!...Nós que vamos morrer te saudamos, diziam os gladiadores, “entertainers” da Endemol nesses tempos.
Passo a passo, vamo-nos chegando ao vazio da amoralidade... ou melhor, à idolatria do dinheiro, como nos diz a Igreja Católica.
Sinto uma sensação... como que... de agonia!

Post Scriptum: afinal e felizmente era treta, tudo teatro. Assim até foi positivo, pois a Comissão Europeia como reacção, comprometeu-se a melhorar a situação de carencia actual.
 
Somos a voz que temos
Sem palavras não há comunhão de corpos e almas.
Há tropeções no instinto.
Miguel Torga, Diário

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