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La force des choses
7.7.11
 
O esquecimento da Vida e a sua evocação patética… na angústia!
Deve-se ao génio de Kierkegaard o ter ligado, logo à partida, o conceito de angústia* ao conceito de possibilidade ou de poder. A favor de tal conexão está não só o facto de ser uma tonalidade afectiva fundamental – ao mesmo nível que o Sofrer ou o Fruir, ou ainda, para nos cingirmos ao quadro kierkegaardiano, do Desespero – que se encontra no centro da problemática filosófica, mas é também o pathos em geral, que obtém nesta, um lugar que jamais tinha ocupado. E uma tal precedência reconhecida à Afectividade, de modo algum a isola. Ligada ao poder, a Afectividade é interpretada como o princípio da acção, de modo que esta não pode mais ser compreendida sem a sua motivação real que, precisamente, é uma motivação afectiva. Mais, a Afectividade não fornece apenas à acção, a sua verdadeira motivação, ela constitui a sua essência, e isto porque constitui a essência da realidade. Relacionando angústia e possibilidade (potência), Kierkegaard convidava Michel Henri a pôr à prova a sua própria tese, segundo a qual é a Afectividade transcendental que constitui a possibilidade interior de toda a força concebível, de todo o poder.

* Le concept de l’angoisse, trad. K. Ferlov e J. Gateau, Paris, Galimard

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16.12.09
 
Friedrich Hegel (1770-1831)
Concebeu, entre outras ideias, uma forma de pensar e uma filosofia da História. "A Dialéctica pretende ser a essência do pensamento e da realidade: chamamos dialéctica ao movimento racional superior, no qual termos aparentemente separados passam de uns para outros espontaneamente, pela própria essência daquilo que são, eliminando assim a hipótese da sua separação" (Hegel, Ciência da lógica)

Significa isto que, toda a tese contem já em si mesma a sua antítese, e ambas serão suprimidas através de um processo designado por síntese. É devido a esta ideia, que os fenómenos históricos não são para Hegel, aparições fortuitas, mas fases necessárias no desenvolvimento de um organismo enriquecido.
A sua filosofia da história repousa no princípio de que a razão domina o mundo, e de que a Historia Universal se desenrola sob um signo racional: "O fim da Historia Universal é pois que o Espírito Universal chegue ao conhecimento daquilo que verdadeiramente é, e faça desse conhecimento um objecto, o realize num mundo concretamente presente, e o exprima com objectividade" (Hegel, Filosofia da História)

Os actores da História são apenas os administradores do Espírito Universal. Do teísmo idealista ao ateísmo materialista – donde a separação entre hegelianismos de direita e de esquerda – este último grande sistema filosófico do século XIX, veio a influenciar todas as ciências humanas do século XX.

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19.8.09
 
Da verdade, oculta

Toda a história da Ciência tem mostrado que existe uma realidade oculta. Mas igualmente, a Ciência mostra que esse oculto descoberto se afasta, quase sempre, e muito, do oculto mítico fixado pelas gerações humanas. Existem no entanto, excepções de mito que se confirmam – considero o do início de tudo, uma delas – e por outro lado, também a “realidade” científica se apoia em conjecturas que quase sempre se revelam incompletas e por vezes até erradas.

Saber disto, só por si, devia ser suficiente para desconfiarmos das verdades estabelecidas, sejam elas de antiga, ou sejam de nova geração, e por mais “evidentes” que em dado momento nos apareçam. Os mitos novos, como os velhos, têm por função dar-nos regras, regras de eficácia, para esse desempenho que designamos por vida. Mesmo quando procuramos compreender. Desde a animalidade que o humano depende da compreensão como guia da acção. Mas toda a teoria humana, como explicação de uma certa ordem de factos, é apenas e só um instrumento. Da Ciência até à Arte, as nossas teorias são instrumentos de identidade, são bússolas de referência.
Por isto digo que os mais “realistas” de nós (aqueles do positivismo) talvez sejam os mais ingénuos, tão crédulos como outro crente qualquer, Se não se entender cada “verdade” que sai ao caminho como verdade parcial, também não se entende que para além da Física, o Ser existe em Si, senão é nada. Mas nada é só um conceito vazio. Parece-nos assim evidente, e simultâneamente racional, que o fim é o Ser, e só Nele ultimamente se pode falar de verdade, a Verdade em Si, oculta.
Humildemente, o menos ingenuamente que posso, aderente ao chão do caminho, esta é a verdade em que me movo.

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13.6.09
 
The beginning

We shall not cease from exploration
And the end of all our exploring
Will be to arrive where we started
And know the place for the first time.
Through the unknown, unremembered gate
When the last of earth left to discover
Is that which was the beginning;
At the source of the longest river
The voice of the hidden waterfall
And the children in the apple-tree
Not known, because not looked for
But heard, half-heard, in the stillness
Between two waves of the sea.

T. S. Eliot, Four Quartes, Little Gidding

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12.6.09
 
Who then devised the torment?
The dove descending breaks the air
With flame of incandescent terror
Of which the tongues declare
The one discharge from sin and error.
The only hope, or else despair
Lies in the choice of pyre of pyre —
To be redeemed from fire by fire.


Who then devised the torment? Love.
Love is the unfamiliar Name
Behind the hands that wove
The intolerable shirt of flame
Which human power cannot remove.
We only live, only suspire
Consumed by either fire or fire

T. S. Eliot, Four Quartes, Little Gidding

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11.6.09
 
Every poem an epitaph
What we call the beginning is often the end
And to make and end is to make a beginning.
The end is where we start from.
And every phrase
And sentence that is right (where every word is at home,
Taking its place to support the others,
The word neither diffident nor ostentatious,
An easy commerce of the old and the new,
The common word exact without vulgarity,
The formal word precise but not pedantic,
The complete consort dancing together)
Every phrase and every sentence is an end and a beginning,
Every poem an epitaph.

T. S. Eliot, Four Quartes, Little Gidding

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10.6.09
 
A symbol perfected in death
We cannot revive old factions
We cannot restore old policies
Or follow an antique drum.
These men, and those who opposed them
And those whom they opposed
Accept the constitution of silence
And are folded in a single party.


Whatever we inherit from the fortunate
We have taken from the defeated
What they had to leave us—a symbol:
A symbol perfected in death.

T. S. Eliot, Four Quartes, Little Gidding

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9.6.09
 
Love of a country
There are three conditions which often look alike
Yet differ completely, flourish in the same hedgerow:
Attachment to self and to things and to persons, detachment
From self and from things and from persons; and, growing between them, indifference
Which resembles the others as death resembles life,
Being between two lives—unflowering, between
The live and the dead nettle. This is the use of memory:
For liberation—not less of love but expanding
Of love beyond desire, and so liberation
From the future as well as the past.
Thus, love of a country
Begins as attachment to our own field of action
And comes to find that action of little importance
Though never indifferent. History may be servitude,
History may be freedom. See, now they vanish,
The faces and places, with the self which, as it could, loved them,
To become renewed, transfigured, in another pattern.


T. S. Eliot, Four Quartes, Little Gidding

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5.3.09
 
A espera
Vivemos até aqui demoradamente.
Mas a temporalidade mudou desde os tempos da ditadura: esta fazia dos portugueses seres adiados; hoje, em democracia, numa sociedade normalizada, à superfície das coisas, o presente eterno que foi o nosso já esconde mal as mutações que se vão operando, o adiamento transformou-se em espera, a espera em ansiedade e a ansiedade aspira cada vez mais ao real.
José Gil, Portugal, hoje: o medo de existir – Relógio D’água 2004

Não sei como é, mas... assenta-me como uma luva

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26.2.09
 
Nihil: aceitemos… é a vida.
Lembremo-nos que esta expressão vem de longe, e de uma outra zona discursiva: costumava terminar os comentários e análises de António Guterres, o primeiro-ministro socialista.
Com uma leve carga de resignação, ela pretendia exprimir uma velha sabedoria cristã: aceitemos os males do mundo, os dissabores, tudo o que vai contra a nossa vontade, porque isso resulta de uma lógica e de um poder que nos ultrapassam.
E já que a lógica do tempo histórico é imbatível, aproveitemos então para, na nossa pequena esfera, tirarmos pequenos benefícios individuais.
O sentimento de responsabilidade por uma comunidade, por um país, parece ter desaparecido.

Em política esse tipo de transferência de regras morais de conduta para a esfera governativa pode ser extremamente perigoso. A resignação leva à impotência, a passividade à inércia e ao imobilismo: o governo de Guterres caiu porque não governou, ponto final. O de Durão Barroso não terminou, por razões de conveniência pessoal do primeiro-ministro.
(José Gil, Portugal, hoje: o medo de existir – Relógio D’água 2004)

Quem mais, como eu, se vê espelhado nesta couraça, que simultaneamente protege e castra?

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3.5.08
 
O saber é a inconsciência de ignorar

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2.5.08
 
Modernice e tretas minhas
Parece-me, pela minha experiencia (vejo à minha volta), que o maior drama moderno talvez seja a possibilidade, cada vez maior, de se ter.
E mesmo a multidão quando pouco tem... segue o exemplo. Esquece o ser e atribui todo o valor ao ter. Sem sequer depois se saber para quê.

Ora o ter não acrescenta nada à pessoa.
Faz parecer e não ser.
É esta a perpétua confusão: a ordem está invertida, a dimensão humana não está no ter, mas no ser.
Ter para Ser, desumaniza e afasta-nos de ser.
Contráriamente, Ser para Ter, significa saber o que se quer - que é sempre relativo ao Outro, e muito mais do que mero dinheiro - e sermos capazes de fazer tudo o que for preciso para isso, sacrifícios incluídos.

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19.4.08
 
Da Responsabilidade à Compaixão
Cuidar do futuro viabilizando o possível obriga a coibir-nos, a vigiar para que não se tomem no presente posições, não se profiram palavras, não se use os tempos de uma forma que definitivamente o empobreça.
A compaixão inscreve-se directamente neste cuidar, como sua expressão mais funda e mais íntegra; nela convergem as diferentes dimensões que compõem a responsabilidade.
A compaixão constitui a forma suprema da identificação: é-se mais si mesmo na exacta medida em que cresce a capacidade de nos identificarmos com a verdade dos outros; representa igualmente a forma suprema da responsabilidade, no abraço fraterno que rompe fronteiras.

Contra a perspectiva liberal, por ora hegemónica e avassaladora, a minha liberdade, a reivindicação da autoria de si por si, não termina onde começa a liberdade do outro; a liberdade só é real na linha do encontro e não da demarcação.
Cum-patire, aceitar ser paciente e sofredor, ao lado do outro que sofre, é o limite superior da responsabilidade.
De todo o outro? E sem curar de eliminar o que faz sofrer?
Com-padecido sobretudo daquele que é frágil e vulnerável, daquele que é vítima, daquele que está ameaçado de não ter futuro e para o qual o possível se detém à sua beira. A compaixão assegura, garante que esse tem um futuro e que há para ele um poder ser, porque estamos aí com ele, respondendo por ele.
Manuel do Carmo Ferreira

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16.4.08
 
Tu qui es?


Mihi quaestio factus sum

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14.4.08
 
Carpe Diem
Vivo sempre no momento presente.
E só me resta hoje uma alegria: é que, de tão iguais e tão vazios,
os instantes me escoam dia a dia
, cada vez mais velozes, mais esguios…

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6.4.08
 
Abre os olhos!
Para encontrar os outros é preciso vê-los.
Para poder acolher os outros, é preciso que se tenha espaço. Esvazia-te!

A grandeza humana mede-se pelo poder de comunhão. Não pela dimensão da riqueza.



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15.3.08
 
Memória roubada

A maior demanda humana consiste em saber o que devemos fazer para nos tornarmos num ser humano
Immanuel Kant

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13.3.08
 
Os pensamentos são os primogénitos da alma.
Sempre se parecem à origem donde nasceram: assim como ninguém é o que cuida de si, assim é certo que cada um é o que cuida dos outros.
(...) cada um costuma discorrer como costuma obrar, e o que cuida que os outros hão-de fazer, é o que ele fizera.
As obras e as imaginações dos homens não têm mais diferença que serem umas por dentro e outras por fora; as obras são imaginações por fora, as imaginações são obras por dentro.
(do Padre Vieira)

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26.2.08
 
From high mountains
Nun feiern wir, vereinten Siegs gewiss,
Das Fest der Feste:
Freund Zarathustra kam, der Gast der Gaste!
Nun lacht die Welt, der grause Vorhang riss,
Die Hochzeit kam fur Licht und Finsterniss.....
Sure of our victory, we celebrate
The feast of feasts:
Friend Zarathustra came, the guest of guests!
The world now laughs, rent are the drapes of fright,
The wedding is at hand of dark and light.....
Sils Maria 1885

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25.2.08
 
Amor fati
Não quero fazer guerra ao que é feio.
Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores.
Que minha única negação seja, desviar o olhar!
E de todo em todo e tudo somado: um dia quero ser apenas alguém que diz sim.





Tudo é morrer e esquecimento da morte…

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