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La force des choses
30.6.05
 
Afectos de pedra

Approaching the Great Pyramids, Cairo 1984 - Phil Douglis

Onde vêem Maravilhas, eu só vejo sofrimento fossilizado.
O sofrimento de onde se sugou a energia para construir as Maravilhas de pedra.

Mas já não são necessários às Maravilhas.
Agora já podem morrer.

À fome.

"Protein-energy malnutrition (PEM) is by far the most lethal form of malnutrition/hunger.
Approximately 850 million people worldwide are malnourished.
Children are the most visible victims of malnutrition.


World agriculture produces 17 percent more calories per person today than it did 30 years ago, despite a 70 percent population increase.
This is enough to provide everyone in the world with at least 2,720 kilocalories (kcal) per person per day (Food and Agriculture Organization 2002).

The principal problem is that many people in the world do not have sufficient land to grow, or income to purchase, enough food."

(WorldHunger.org)

O Mundo produz comida suficiente para todos.
A Pobreza é a principal causa da fome.

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Mana

David Ho

Esta palavra Melanésia designa um poder extraordinário transmitido por um ser humano, um objecto, uma acção ou acontecimento; algo de sobrenatural.
Também pode significar saúde, prestígio, poder mágico ou de cura.

No fundo é um conceito primitivo para traduzir energia psíquica.

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29.6.05
 
Vertigem moral

Dennis Mecham

Estou cansada de confiar em mim própria, de me lamentar a mim mesmo, de me apiedar, com lágrimas, sobre o meu próprio eu.

Acabo de ter uma cena…
No fim dela senti de novo um desses sintomas que cada vez se tornam mais claros e sempre mais horríveis em mim: uma vertigem moral.

Na vertigem física há um rodopiar do mundo externo em relação a nós: na vertigem moral, um rodopiar do mundo interior.
Parece-me perder, por momentos, o sentido da verdadeira relação das coisas, perder a compreensão, cair num abismo de suspensão mental.
É uma pavorosa sensação esta de uma pessoa se sentir abalada por um medo desordenado.

Estes sentimentos vão-se tornando comuns, parecem abrir o caminho para uma nova vida mental, que acabará na loucura.

(Traduzido e adaptado do Diário inglês do jovem Fernando António, July 25-1907)

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28.6.05
 
David Ho


David Ho started working digitally over 10 years ago using the Mac.
He currently resides in Northern California working as a freelance illustrator and designer.
His clients include Chigaco Tribune, Acer, Hitachi and IBM.

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Sympathy for the Devil

David Ho

Please allow me to introduce myself
I’m a man of wealth and taste
I’ve been around for a long, long years
Stole many a man’s soul and faith

And I was ’round when Jesus Christ
Had his moment of doubt and pain
Made damn sure that Pilate
Washed his hands and sealed his fate

(…)
I stuck around St. Petersburg
When I saw it was a time for a change
Killed the Czar and his ministers
Anastasia screamed in vain

I rode a tank
Held a general’s rank
When the blitzkrieg raged
And the bodies stank

(…)
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But what’s puzzling you
Is the nature of my game, oh yeah, get down, baby

(…)
Just as every cop is a criminal
And all the sinners saints
As heads is tails
Just call me Lucifer
’cause I’m in need of some restraint

So if you meet me
Have some courtesy
Have some sympathy, and some taste
Use all your well-learned politesse
Or I’ll lay your soul to waste, um yeah

Oh yeah, get on down

(The Rolling Stones)

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27.6.05
 
A Natureza do Mal

Friday, June 27, 2003
Há dois anos que começou.
Só dei por isso quando Respirava no ar do Jpn.
Conheci o Bonirre, a Sofia e o Luís no fim do 2004, nas angústias do Tsunami.
A antologia é de emoção e visão, carinho e desalinho; foi o que me deixou ligado.

O Mal é o meu primeiro blog;
e hoje é o único blog do mundo.
Parabéns amigos.

"Tu vais ter que me matar
Eu ficarei sempre para ti
Esse remorso fatal
Desconheço a voz de Deus
Só conheço a voz do Mal"
(Dos Xutos)

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Quando ela passa

Tamara de Lempicka

Quando eu me sento à janela
P’los vidros que a neve embaça
Vejo a doce imagem dela
Quando passa… passa… passa…

Quando eu me sento à janela,
P’los vidros que a neve embaça
Julgo ver a imagem dela
Que já não passa… não passa…

Fernando António

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26.6.05
 
Round 7/17 - MotoGP/ Assen: Rossi 6

Marco Melandri na frente; o "italian Movistar" dá cada vez mais nas vistas

Grand Prix Van Nederland
Ontem, Valentino esmagou novamente (como a vida é mal distribuída, neste mundo selvagem do desporto!).
Marco Melandri brilhou na frente durante as primeiras voltas e foi segundo (na prova, no campeonato).
Colin Edwards, parceiro de Rossi na equipa Gauloises Yamaha, tirou o terceiro, no melhor resultado deste ano.
Gibernau, parceiro de Melandri na equipa Movistar Honda, afunda-se mais, e foi quinto.

Campeonato do Mundo Moto GP após 7 provas
1º Valentino Rossi (Yamaha) 170 pontos, 6 vitórias
2º Marco Melandri (Honda) 107 pontos
3º Max Biaggi (Honda) 87 pontos

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25.6.05
 
Viver

Fonte Les rapaces

TUDO COMEÇA HOJE!

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O Obstáculo
Os teus sonhos são a nascente de uma força inesgotável.
Não os deprecies nunca.

Faz um pacto com eles.

Por detrás de cada obstáculo, esconde-se sempre um horizonte mais vasto, uma liberdade virginal.


Dugpa Rimpoché

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24.6.05
 
O Íbis


O Íbis, a ave do Egipto,
Pousa sempre sobre um pé
O que é esquisito.


É uma ave sossegada,
Porque assim não anda nada.

Do jovem Fernando António Nogueira Pessoa

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Imago Dei
It is only through the psyche that we can establish that God acts upon us, but we are unable to distinguish whether God and the unconscious are two different entities.
Both are border line concepts for transcendental contents.
But empirically it can be established, with a sufficient degree of probability, that there is in the unconscious an archetype of wholeness which manifests itself spontaneously in dreams, and a tendency, independent of the conscious will, to relate other archetypes to this centre.
Consequently, it does not seem improbable that the archetype produces a symbolism which has always characterised and expressed the Deity.

The God-image does not coincide with the unconscious as such, but with a special content of it, namely the archetype of the Self.
It is this archetype from which we can no longer distinguish the God-image empirically.

One can, then, explain the God-image… as a reflection of the Self, or, conversely, explain the Self as an Imago Dei in man.

Carl Gustav Jung, Psychology and Religion: West and East (Coll. Works, vol II, page 468)

O termo surge entre os primeiros filósofos da Igreja, segundo os quais a “imago Dei” está impressa na alma humana.
Quando essa imagem é produzida espontaneamente em sonhos ou visões, do ponto de vista psicológico corresponde a uma imagem reflexa do Self de Jung, isto é do Absoluto psíquico.

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22.6.05
 
As ciências das Ideias

Les passages obscures

Por causa de uma pequena troca de ideias com o Quid Iuris, pareceu-me bem precisar conceitos, o que é sempre útil, mesmo em conversas de café (não sendo exactamente o caso).
A objectividade costuma atrair a universalidade o que aliceça a Ciência.

O termo Ideologia, significando literalmente Ciência das ideias, foi criado por Destutt de Tracy, discípulo de Condillac, e insere-se no espírito reformista dos percursores da Revolução Francesa.

Ideologia ou Doutrina Politica: é um conjunto de teses políticas relacionadas entre si por princípios, que adquirem a consistência de um sistema; o conceito pode aplicar-se como:

a) Um Programa operacional: tabela de valoração actuando como um crivo, que aceita certas soluções e rejeita outras, adquirindo um carácter auto-suficiente e uma ortodoxia unilateral.


b) Uma Crença: estado de consciência ligado à acção política, cuja função é atingir e movimentar as massas humanas, com palavras de ordem (slogans) que fazem apelo a sentimentos profundos de triunfalismo ou de culpa.

O termo Política, por seu lado, tem sido entendido em três acepções diferentes:

a) A arte do governo que permite escolher entre dois males o menor e alcançar os melhores resultados com o menor dispêndio de esforço.

b) Aquilo que Aristóteles, designava por Praxis como sendo a participação nas actividades da Polis.
David Easton (1957) coloca a coisa mais ou menos assim, “vida politica é um sistema de actividades relacionadas, que influenciam as decisões de autoridade aplicadas numa sociedade humana”.

c) Dentro das ciências sociais, aquelas cujo objecto consiste nos fenómenos de relação entre grupos humanos (sociológicos), autonomizou-se a Política cujo objecto são as relações de Poder, um caso particular dos fenómenos sociológicos.
Adriano Moreira diz mais ou menos isto, “o poder, objecto central da Ciência Política, deve ser analisado numa tripla perspectiva: a sede (o soberano), a forma (a imagem) e a ideologia (a doutrina)”.

Temos portanto dois significantes (ideologia e política) com vários significados, relacionáveis mas que não confundíveis.
As ideologias são, por assim dizer, filosofias políticas que podem influenciar a Praxis e o Governo, sendo por sua vez objecto de estudo da Ciência Politica.
Parece que a que começou com ambição de ciência (a ideologia) caminhou no sentido do credo, enquanto aquela que começou como filosofia e acção (a Praxis) teve o movimento oposto, e é hoje uma ciência social.


No tempo histórico a que se convencionou chamar Modernidade (apartir da Revolução Francesa) identificam-se três grandes linhas ideológicas, os famosos ismos:
1. A individualista característica do Liberalismo
2. A igualitária cara ao Comunismo
3. A autoritária marca do Fascismo

Alguém já disse uma vez, que a Ideologia é um sistema de ideias que já não são pensadas por ninguém.

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Reflections over consciousness

IlkaHartmann

When one reflects upon what consciousness really is, one is profoundly impressed by the extreme wonder of the fact that an event which takes place outside in the Cosmos, simultaneously produces an internal image, that it takes place, so to speak, inside as well, which is to say: becomes conscious.

For indeed our consciousness does not create itself – it wells up from unknown depths.
In childhood it awakens gradually, and all trough life it wakes each morning out of the depths of sleep, from an unconscious condition.
It is like a child that is born daily out of the primordial womb of the unconscious.

C.G. Jung, Psychology and Religion: West and East (Coll. Works, Vol. II, page 569)

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21.6.05
 
Chippewa best dancer

Pat Jackson, California 1975

"Tout est bien sortant des mains de l'Auteur des choses"

Jean Jacques Rousseau

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O deus frágil

Vi Sun Rider, Arizona 1974

Dentro de ti estão todos os mundos, passados e futuros, sonhados pelo Homem.
Tudo está no espaço infinito e sagrado do teu Espírito.
Sente amor por Ele, considera-o um deus frágil, simultâneamente rico e pobre, levado pelo rio do Tempo.

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20.6.05
 
Não, não vou por aí

O papão do Fascismo (simétrico do papão do Comunismo) que serviu
para legitimar todas as arbitrariedades revolucionárias entre 1974 e 75.
(desenho de Álvaro BC)

Faz hoje uma semana que morreu o cidadão português Álvaro Barreirinhas Cunhal (1913 – 2005).
Apesar da pregação, contrária ao culto de personalidade, ABC era evidentemente um líder carismático no sentido que Max Webber dá ao termo.
Confesso que, apesar de o saber, me surpreendeu o rio de gente que acorreu ao funeral.

Em 1974 eram manifestações assim, inundando ruas, que levaram a temer e acreditar no domínio do PCP.
Até que um dia a Alameda se encheu com Mário Soares.

Da pessoa, sei quase nada, para além de uma face opaca que sempre se apresentou como transparente.
Do artista, admiro-lhe a sensibilidade do desenho e da prosa; Não o prefiro mas isso é apenas questão de gosto.
Mas é do político que posso e devo falar.
O artigo do VPV, ultimamente muito citado, já disse quase tudo.
Não estão em causa virtudes de carácter; ele foi impar, sem interesses pessoais e muito coerente.
Salazar também.

A dita “Revolução” começou com um pronunciamento militar cujas metas se limitavam a sair de África e convocar eleições para uma Assembleia Constituinte. A partir de 28 de Setembro, a "máquina" do PCP aproveitando o vazio político, tentou uma “revolução de Outubro”.


Aconteceu então um “abater” de gente, polvilhado com oportunismos e acertos de contas, alimentado e comandado pelo PCP, isto é ABC.
ABC implantou um arremedo de sovietes no Alentejo e afirmou nunca permitir uma Democracia de Parlamento em Portugal.
ABC com o apoio do MFA tentou primeiro adiar eleições, depois subverter o processo constitucional, nunca reconhecendo a distribuição dos votos como representativa do Povo Português.

A Democracia de Parlamento (burguesa) que temos hoje, nada deve a ABC.
A Democracia de Parlamento (burguesa) deve-se a Mário Soares e Costa Gomes, presidente, quando em 25 de Novembro de 1975, evitou uma guerra civil.

Venho de um tempo em que todos tivemos de nos inscrever, doesse a quem doesse (por vezes ao amigo, ao irmão).
Admito estar mal colocado para me aperceber da luminosidade do cidadão ABC.
Que me perdoem, se puderem, os meus amigos de esquerda (coisa que não sei o que é), mas já ninguém escolhe por mim; isso sim, devo-o a Abril.

Nunca estive com ABC, nunca o considerei democrata.
Democracia para mim não é só igualdade (perante o Estado), é principalmente Liberdade.
Preferi e prefiro lavar o chão de um país livre, a viver naquilo que em 1975, apenas descortinei; a ideia do “Socialismo real”, o maior embuste do século XX.

A única forma de respeitar os meus amigos de esquerda, no dia da morte de ABC, foi calar-me.

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Round 9/19 - GP USA F1: Schumacher 1

Autosport.pt

Circuito de Indianapolis
Tiago Monteiro fez história ontem, na América.
Subiu ao pódio atrás dos Ferrari (Schumi em primeiro).
Foi pena os Ferrari não terem dado a pancada recíproca que estiveram para dar.
Teríamos então uma vitória portuguesa em Grand-Prix.

Nunca um português chegara lá, e tão cedo não sei se se repetirá.
Até porque o futuro da Fórmula Um está negro.
Só seis carros correram entre assobios e latas de cerveja, porque todos os outros calçavam Michelin, e os pneus rebentavam.

Não percebo porque é que a FIA não colocou a chicane que as equipas pediam para reduzir a velocidade e permitir correr em segurança.
Não percebo porque é que a FIA alterou do dia para a noite o regulamento, proibindo as mudanças de pneus durante a prova, sem dar um período de adaptação.

Em Le Mans os "velhos" Audi (Kristensen/Letho/Werner) venceram os rápidos Pescarolo-Judd e os portugueses "kaput".
Só João Barbosa, no Dallara, conseguiu acabar e em 16º.

Campeonato do Mundo de Condutores após 9 provas
1º. Fernando Alonso (Renault) 59 pontos, 4 vitórias
2º. Kimi Raikkonen (McLaren Mercedes) 37 pontos, 3 vitórias
3º. Michael Schumacher (Ferrari) 34 pontos, 1 vitória

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19.6.05
 
Ascendere

Tamara de Lempicka (1898-1980)

Sou, vivo e movo-me no Absoluto.

Quanto mais desço em mim.
Mais subo.

Mais subo em Deus.

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18.6.05
 
Tashunca-uitco (1849-1877)

Celebrated for his ferocity in battle.
Crazy Horse was recognized among his own people as a visionary leader.
Committed to preserving the traditions and values of the Dakota way of life.

Ao amigo CSA

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Le Mans

Autosport

Começam hoje às 16H locais (15H Lisboa) as famosas "24 Heures du Mans" com 50 equipas concorrentes.

Os favoritos são os Pescarolo-Judd franceses com duas equipas alinhando na 1ª fila, Collard/Bouillon/Comas e Loeb (o campeão do Mundo de Rallies)/Helary/Ayari.
Enfrentam uma concorrência na categoria LMP1(Le Mans Prototipe) composta de Audi, Dome, Courage e Dallara, entre os quais o Dallara-Judd do nosso compatriota João Barbosa que fazendo equipa com Short e Vanina Ickx (filha do ex-piloto de F1) sairá da 5ª fila.

Na LMP2 os melhores estão na 6ª fila com o Courage–Ford da equipa de Belmondo (filho do próprio)/André/Sutherland; Ni Amorim com Iannetta e Pillon estão mal, na 23ª posição (12ª fila) mas o Courage-CG não ajuda lá muito.

Entre os GT1(Grand Tourisme) é o magnífico Aston Martin DB9 de Pedro Lamy fazendo equipa com o checo Thomas Enge e o holandês Peter Cox, que tem o melhor tempo (9ª fila); Lamy detém o record de participações portuguesas em Le Mans e um segundo lugar em 1998 na GT2.


Sportmotores

Os adversários são os Chevrolet Corvette e Ferrari 575 GTC e 550 como o inscrito pela Prodrive para Miguel Ramos/ Pescatori/Gollin, e que alinha na 15ª fila sem argumentos para melhor.

EUROSPORT
Sábado 18:

1530/1730 - Live (Pt)
2100/2230 - Live (Pt)
Domingo 19:
0730/0900 - Live (Uk)
1000/1100 - Live (Uk)
1430/1615 - Live (Pt)
2100/2230 - Resumo (Pt)

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17.6.05
 
Inside the cars


Que belo "gadget" apanhei na BBC para linkar aqui, sobre a fórmula um.
Os splits de um carro com tudo explicadinho.

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16.6.05
 
A primeira vitória da Ferrari (1951)

Silverstone, 14 Julho 1951 - Froilan Gonzalez (Ferrari 12) no seu estilo truculento comanda Juan Manuel Fangio (Alfa 2) e Luigi Villoresi (Ferrari 10)

Para o primeiro Campeonato do Mundo de Condutores em 1950 pontuaram sete provas, das quais na realidade só sete contaram, pois nenhum europeu correu a Indianapolis (G.P. USA) e vice – versa.
Nos seis “Grand-prix” que interessam, a Alfa Romeo venceu tudo; com Fangio no Mónaco, Bélgica (Spa) e França (Reims); com Farina (campeão) em Inglaterra (Silverstone), Suiça (Bremgarten), e Itália (Monza).

Em 1951 esse domínio acabou.
A Ferrari tinha entrado em liça, alinhando regularmente três “375” para Villoresi, Ascari e o argentino Gonzalez.

Nas primeiras três provas a Alfa ganhou; Fangio na Suiça e França (aqui dividindo com Fagioli) e Farina na Bélgica.

Mas no dia 14 de Julho de 1951 em Silverstone a filha (Enzo Ferrari, formara-se na Alfa como mecânico e piloto) feriu de morte a mãe.
Bonetto (Alfa) arrancou na frente mas foi ultrapassado por Gonzalez (Ferrari) logo na primeira volta.
Na 10ª volta Fangio (Alfa) passou Gonzalez e apartir daí a luta com tornou-se titânica:

"When Fangio caught me in the 10th lap I let him overtake, placing myself directly on his tail.
We traveled in tandem, our two cars seeming to be roped together.
Even when he increased speed we remained like this, driving like men pursued by the Devil himself."

No fim, Gonzalez retomou a liderança e, aguentando todos os ataques de Fangio, venceu um G.P. de Inglaterra, com 51” de vantagem (média de 154 km/h), um Grand-Prix que ficou na história da fórmula um.

El Cabezon (José Froilan Gonzalez) ou o "Touro das pampas", compatriota de Fangio, outra vez em Silverstone, 17 de Julho de 1954, para mais um GP Inglaterra.
Além da cabeça grande, Gonzalez tinha o pé direito muito, muito pesado e ganhou de novo nesse dia (Klemantasky Collection)

Nas duas corridas seguintes, Alemanha (Nurburgring) e Itália, a Ferrari continuou a ganhar com Ascari.
Apenas no último Grand-prix (Espanha/Pedralbes) Fangio conseguiu ainda uma vitória, vencendo à justa o campeonato para a Alfa Romeo.
Mas a poderosa fábrica de Milão chegara ao fim da linha.

Anunciou o abandono da competição, deixando campo livre à jovem marca de Maranello.

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15.6.05
 
Deslumbre

Bjorkenstein daqui Frankenhooker.com

Milady, é perigoso contemplá-la
Quando passa aromática e normal,
Com seu tipo tão nobre e tão de sala,
Com seus gestos de neve e de metal.
...
Em si tudo me atrai como um tesoiro:
O seu ar pensativo e senhoril,
A sua voz que tem um timbre de oiro
E o seu nevado e lúcido perfil!

Ah! Como me estonteia e me fascina…
E é, na graça distinta do seu porte,
Como a Moda supérflua e feminina,
Tão alta e serena como a Morte!…

Cesário Verde

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14.6.05
 
O Princípio Cruel

Margarida Delgado

Faz parte da essência do amor (romântico) querer amar sempre.
Mas é um facto que amamos apenas momentaneamente.
A verdade do amor não concorda com a experiência do amor.

Clément Rosset, Le Principe de Cruauté

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Paixões Volantes

Plinio Codognato, Fiat 509 – Il centauro, 1925

Noi affermiamo che la magificenza del Mondo si è arricchita di una bellezza nuova:
la bellezza della velocita.


Un’automobile da corsa col suo cofano adorno di grossi tubi simili a serpenti dall’alito esplosivo… un’automobile ruggente, che sembra correre sulla mitraglia,
è piu bella della Vittoria di Samotracia.

Manifesto del Futurismo, Fillipo Tomasso Marinetti, 20 Febbraio 1909

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13.6.05
 
Sobre Silêncios
O Silêncio é uma revelação transcendente.
A maior de todas… permite escutar.


Ser é milagre.
Mas entre as precipitações da matéria ficam abismos de vazio.
Nos aglomerados de galáxias como nos seres humanos.

As forças deste Cosmos divergem nos sentidos, mas não na direcção.
Umas vezes repelem para longe;
Outras puxam num abraço que se torna esmagador.
Mas a direcção é sempre a mesma: entre ti e mim, entre mim e ti.
Nos humanos como nas galáxias.

Entre os entes estendem-se pontes de luz e cometas cruzam os espaços vagos.

Cada ponte é um milagre.
Quando as cortamos fica apenas o Abismo.
O abismo entre nós.
Nos humanos e nas estrelas.
Vale a pena?

Tivesse eu escolhido o ser… seria Mar.


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Round 8/19 - GP Canada F1: Raikkonen 3

BBC

Circuito Gilles Villeneuve (Montreal)
Kimi vingou-se ontem da má sorte que teve no Nurburgring.
Desta vez venceu e Alonso nem pontuou.
Não vi a corrida, mas anoto o regresso dos Ferrari - Schumacher em segundo, Barrichello em terceiro - e a desclassificação de Montoya (com hipóteses de ganhar) por ignorar o sinal vermelho à saida das boxes.
Mesmo na Fórmula Um, com o vermelho é melhor parar.

Campeonato do Mundo de Condutores após 8 provas
1º. Fernando Alonso (Renault) 59 pontos, 4 vitórias
2º. Kimi Raikkonen (McLaren Mercedes) 37 pontos, 3 vitórias
3º. Jarno Trulli (Toyota) 27 pontos

Adenda:
Como não vi a corrida, o cansaço da noite fez-me passar o Tiago Monteiro.
Reparo hoje que ficou em 10º.
Em nove corridas classificou-se sempre (duas em décimo) com um dos quatro carros mais lentos dos vinte que compõem o pelotão.
Não se faria muito melhor.


Já agora, a referência portuguesa na Fórmula Um, foi estabelecida em 1995, por Pedro Lamy, num pouco competitivo Lótus.
Sexto lugar na Austrália, o único ponto português no Mundial de Condutores.

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Round 6/ 17 - Moto GP/ Montemeló: Rossi 5


Gran Premi de Catalunya
Valentino Rossi venceu a quinta corrida, de seis até agora.
Perante 105.000 espectadores, na sua terra, Sete Giberanau foi incapaz de vencer o rival, apesar de ter o melhor tempo e liderar a maior parte da corrida.


Rossi ao seu melhor estilo, pulverizou o record da volta em quase 1,5", passando o catalão a três voltas do fim. Está com o Campeonato no papo.

Sete, o único que eu via ao nível do campeão, está-se a ir abaixo. Psicológicamente, hoje precisava de ganhar e foi batido, mais uma vez.

Marco Melandri, terceiro no podium e segundo no campeonato, afirma-se cada vez mais como alguém a ter em conta no futuro.

Há anos que vejo em Moto Grand Prix as melhores corridas de sempre nos desportos com motor.
Foi mais uma.

Campeonato do Mundo Moto GP após 6 provas
1º. Valentino Rossi (Yamaha) 145 pontos, 5 vitórias
2º. Marco Melandri (Honda) 87 pontos
3º. Max Biaggi (Honda) 77 pontos

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11.6.05
 
E o cometa transmutou-se em estrela...

De A Natureza do Mal (única fonte credível)

Miss Zazie from The Indiscrete Window

Post Scriptum: Peço a compreensão de O Mal e da própria, mas a alegria não me autoriza contenção.

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O meu Triunfo

Passages Obscures

Falhei em tudo.

Como não fiz propósito nenhum,

Talvez tudo fosse nada.

A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.

Obras Completas, Álvaro de Campos, pág. 251

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10.6.05
 
Do fraudulento gosto que se atiça

Passages Obscures

Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto que se atiça
Cua aura popular, que Honra se chama!
(…)
A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas,
Debaixo dalgum nome preminente?


Que promessas de reinos e de minas
D’ouro, que lhe farás tão fácilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?


(Luís Vaz, Os Lusíadas, Canto IV)

As palavras do Velho são sensatas e medidas, e por isso, são malditas.
Vivemos mais da Fama e de imaginárias minas d’ouro.

Primeiro, houve o "fétiche" da Índia.
Segundo, tivemos o "fetiche" do Brasil.
A ideia era a mesma:
- Ir buscar riqueza
- Entesourá-la no Terreiro do Paço
- Gastar nos apetites magnânimos
- Distribuir as migalhas ao Povo "protegido" que se lhes encostava aos palácios e conventos.
El-Rei era Mão Alta, Mão de dar.

Nunca houve um sistema produtivo organizado, fomos sempre "buscar o tesouro".

Foi isto que Pombal combateu com toda a brutalidade do Estado Absoluto.
Tentou criar um industrialismo.
Não conseguiu.
O Bulionismo enraizou-se na própria cultura popular.

No século passado, o império de África foi o terceiro "fetiche", com a alma herdeira do Bulionismo; Entesouramento, desinteresse pela industrialização, exploração do Ultramar.
Hoje é a Europa.

Mas a ideia mantém-se, preferir a "Mão de dar" ao risco da "Mão invisível".
Como não produzimos para o que gastamos, experimentamos tudo o resto; já pilhámos, já emigrámos, agora estamos no endividamento.

O sacana do Velho talvez tivesse razão, não se come a Fama.
Mas paga-se… com a Desgraça.

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9.6.05
 
Saudade

Milo Manara
(…)

E, nesta febre ansiosa que me invade,
Dispo a minha mortalha, o meu burel,
E já não sou, Amor, Soror Saudade...

Olhos a arder em êxtases de amor,
Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor

(Florbela Espanca, Charneca em flor)

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8.6.05
 
No where seen from the train

Margarida Delgado

Nothing with nothing around it
And a few trees in between
None of which very clearly green,
Where no river or flower pays a visit.


If there be a Hell, I’ve found it,
For if ain’ here, where the Devil is it?

F. Nogueira Pessoa

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6.6.05
 
Porque sou Cristão

Fonte “the passion of the Christ”

Therefore I take it that when I tell you why I am not a Christian I have to tell you two different things:
First, why I do not believe in God and in immortality;
And, secondly, why I do not think that Christ was the best and wisest of men, although I grant him a very high degree of moral goodness.

Bertrand Russell, “Why I am Not a Christian” Battersea Town Hall, March 6, 1927

O Transcendental
Na minha carne sinto a presença, fugidia mas plena, de um “nada” que absurdamente existe.
Quando quero dizê-lo, prende-se na garganta, quando tento focá-lo, esbate-se;
Mas se me abstenho, se abro a alma, esse “absurdo” transcendente invade como um dado imediato da consciência.
É preciso nada querer para poder “crer”.

Posso enganar-me, claro que posso…
E como sustentar a negação da transcendência?
Como Russell, racionalizando aquilo que é irracional?
Ele próprio diz que a ideia de existir um princípio do tempo é irracional.
“There is no reason to suppose that the world had a beginning at all” afirmou Russell naquele dia de Março.
Em 1927 a ideia de um começo era irracional, mas em 2005 já poucos duvidam do “início do Tempo” (de “um” tempo, pelo menos).

Só uma posição agnóstica (não negacionista), parece racionalmente sustentável.
Afirmar-se-á “ateu” quem se obrigou a uma reflexão profunda sobre Deus – que é prenhe de religiosidade – e escolheu afastar-se. Senão é-se tão ingénuo quanto um fanatismo “beato”.

Não quero convencer nem enganar ninguém, muito menos a mim mesmo, mas se algo me entra pelos olhos da alma dentro, porquê negá-lo?

Os Profetas
Quando o Saber se tornou Física (Descartes, 1637), mecanicista, aqueles que afastam a evidencia Transcendental, pensaram no homem como máquina.
Quando, em seguida, o Saber se tornou Bios (Claude Bernard, 1870), orgânico, adquirindo células, bactérias, aqueles que afastam a evidencia, tornaram o homem num monte de tecido animado;
Agora, na era da Informação, o humano passou a “software”, um mero código genético.
O Saber vai mudando de opinião, mas os sábios da Razão (os cientistas) continuam sempre a ter credibilidade.

Credibilidade que não é dada aos sábios da Intuição (os profetas). Porquê?
Henri Bergson dizia: “Se alguns homens acreditarem tê-lo descoberto, dilo-ão aos outros homens; e estes irão escutá-los, como escutaram Stanley, ou Livingstone, descreverem as longínquas nascentes de um rio (o Nilo) no lado de lá do equador.”

Deus, se existe, não tem que ser provado, tem que ser descoberto.

O Cristo
E entre todos os profetas ressalta Jesus.
Melhor ressaltam as palavras, porque Ele poderia até nem ter existido (e duvidou-se tanto tempo, lembram-se?) mas o facto de um humano, algures no Tempo, ter revelado as mágicas palavras que ainda hoje ecoam entre nós, isso faz toda a diferença.

Quanto mais anónimo nos aparecer Jesus, mais essa aparência será a de um homem sem distinção social, estranha a qualquer “glória humana”;
Quanto mais humilde nos aparecer Jesus, tanto mais as suas palavras, que humano algum jamais pronunciou, tanto mais os seus actos, que humano algum jamais cumpriu, nos mostrarão que Ele não era um homem como os outros.

E porque disse: “O Pai existe e ama-vos”, Deus deixou de ser uma ideia abstracta, um ser omnipotente e omnipresente; Deus transformou-se numa pessoa.

Dúvidas temos todos, a diferença está em que eu acredito nas palavras, acredito Nele.
Para mim, isso chega.

(publicado em 16/05/o5 na Terra da Alegria)

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Alegre Prazer

Hoje tenho o gosto singular de "ressuscitar" na Terra da Alegria.

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5.6.05
 
A primeira vitória de Fangio

21 de Maio de 1950, G.P.do Monaco


Oito dias depois da primeira corrida - Siverstone, ganha por Farina - do primeiro campeonato do Mundo, 21 carros lançam-se pela subida do Casino, na primeira das cem voltas que compõem o GP Monaco. Para trás ficou Sainte Dévote e á direita vemos o famoso Beau Rivage.
Fangio comanda já com o Alfetta, seguido pelo Maserati azul de Gonzalez, por Villoresi no Ferrari 125 (estreia) e vemos o futuro campeão Farina, colado à traseira Ferrari.
Nessa primeira volta, lá mais para a frente, na curva da Tabacaria, Farina tocará em Gonzalez, gerando uma carambola onde ficarão nove carros.



Juan Manuel passa com o Alfa Romeo, na antiga curva da Tabacaria (hoje desaparecida com a piscina) podendo ver-se alguns dos resultados do acidente da primeira volta (entre eles o Alfa 32 de Farina).
Fangio, que foi o único que passou, pois ía na frente, vai passear-se até ao fim para vencer o seu primeiro Grand Prix, deixando Ascari (Ferrari) em segundo a uma volta.

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Round 5/ 17 - Moto GP/ Mugello: Rossi

Moto GP
Dia grande para os italianos: da esq. o 2º Max Biaggi; o 1º Valentino Rossi; o 3º Loris Capirossi (na Ducati).

Grande Premio de Italia
O talentoso Sete Gibernau, mais uma vez deitou tudo a perder, espalhando-se na sexta volta perante mais de 80.000 calorosos aplausos italianos.
O resto foi uma excelente corrida, também em italiano e a quatro (os três primeiros mais Melandri) de onde emergiu no final "il Dottore",... como de costume a caminho de mais um título de campeão do Mundo.

Campeonato do Mundo Moto GP após 5 provas
1º. Valentino Rossi (Yamaha) 120 pontos, 4 vitórias
2º. Marco Melandri (Honda) 71 pontos
3º. Max Biaggi (Honda) 67 pontos


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3.6.05
 
Testa Rossa

O meu Ferrari preferido... também é poesia.

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Homo Viator

Passages Obscures

Nunca,
por mais que viaje,
por mais que conheça,
O sair de um lugar,

O chegar a um lugar,
conhecido ou desconhecido,
Perco,

ao partir,
ao chegar,
e na linha móbil que os une,
a sensação de arrepio,

O medo do novo,
A náusea –
Aquela náusea que é o sentimento que sabe que o corpo tem alma,
trinta dias de viagem,

três dias de viagem,
três horas de viagem –
Sempre a opressão se infiltra no fundo do meu coração.

1929, Fernando

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Retorno

Tomar, a minha, na antiga Corredora

Eu?

Mas sou eu o mesmo que aqui vivi,
e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar,

e a voltar,
E aqui de novo tornei a voltar?


Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligadas por um fio memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?


Fernando

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2.6.05
 
Escrita com Luz

Mario Giacomelli, nato a Firenza 1970

A Fotografia começou por substituir a Pintura na captura do real.
Também já não é isso, é muito mais.
Apenas os meios divergem, é escrita com luz,... e à máquina.

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Poesia Visível

Le Faux Mirroir, René Magritte né en Belgique 1898

Outrora não havia problemas: um quadro representava algo de real.
Hoje, mais prevenidos, mas mais desamparados, aprendemos apartir dos Impressionistas, que podemos e até devemos exigir mais de um quadro.

Na Arte estão sempre em jogo três elementos:
- A Natureza (hoje talvez o mais desprezado)
- Os Meios de expressão (activos ou passivos)
- O Artista ( o mais importante)

As Artes Plásticas são verdadeiramente uma Poesia Visível.

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1.6.05
 
Caído


Eu tinha umas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Que, em me eu cansando da terra,
Batia-as, voava ao céu.

Mas uma noite sem lua
Que eu contemplava as estrelas,
E já suspenso da terra,
Ia voar para elas,
Deixei descair os olhos
Do céu alto e das estrelas...
Vi entre a névoa da terra,
Outra luz mais bela que elas.

Cegou-me essa luz funesta
De enfeitiçados amores...
Fatal amor, negra hora
Foi aquela hora de dores!

E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Pena a pena me caíram...
Nunca mais voei ao céu.

(1884, João Batista Leitão de Almeida Garret)

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