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La force des choses
5.3.09
 
A espera
Vivemos até aqui demoradamente.
Mas a temporalidade mudou desde os tempos da ditadura: esta fazia dos portugueses seres adiados; hoje, em democracia, numa sociedade normalizada, à superfície das coisas, o presente eterno que foi o nosso já esconde mal as mutações que se vão operando, o adiamento transformou-se em espera, a espera em ansiedade e a ansiedade aspira cada vez mais ao real.
José Gil, Portugal, hoje: o medo de existir – Relógio D’água 2004

Não sei como é, mas... assenta-me como uma luva

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