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La force des choses
17.4.08
 
Ladrões do Tempo
Uma das cousas de que se devem acusar e fazer grande escrúpulo os ministros, é dos pecados do tempo.
Porque fizeram o mês que vem o que se havia de fazer o passado: porque fizeram amanhã o que se havia de fazer hoje: porque fizeram depois, o que se havia de fazer agora: porque fizeram logo o que se havia de fazer já.
Tão delicadas como isto hão-de ser as consciências dos que governam, em matérias de momentos.


O ministro que não faz grande escrúpulo de momentos não anda em bom estado: a fazenda pode-se restituir, a fama, ainda que mal, também se restitui; o tempo não tem restituição alguma.

E a que mandamento pertencem estes pecados do tempo? Pertencem ao sétimo; porque ao sétimo mandamento pertencem os danos que se fazem ao próximo e à república:e a uma república não se lhe pode fazer maior dano do que furtar-lhe instantes.
Ah omissões, ah vagares, ladrões do tempo! Não haverá uma justiça exemplar para estes ladrões? Não haverá quem ponha um libelo contra os vagares? Não haverá quem enforque estes ladrões do tempo, estes salteadores da ocasião, estes destruidores da república?

Padre António Vieira, Sermão da Primeira Dominga do Advento

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14.3.08
 
Que pouco disse quem chamou ao amor tão forte como a morte: Fortis ut mors dilectio!
A morte sepulta os que matou, o amor sepulta sem matar, que é género de morrer mais forte, mais duro, mais triste.
(Padre Vieira)

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13.3.08
 
Os pensamentos são os primogénitos da alma.
Sempre se parecem à origem donde nasceram: assim como ninguém é o que cuida de si, assim é certo que cada um é o que cuida dos outros.
(...) cada um costuma discorrer como costuma obrar, e o que cuida que os outros hão-de fazer, é o que ele fizera.
As obras e as imaginações dos homens não têm mais diferença que serem umas por dentro e outras por fora; as obras são imaginações por fora, as imaginações são obras por dentro.
(do Padre Vieira)

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10.3.08
 
Que mal filosofaram da dor e do amor, os que lhe deram por defensivo a ausência!
Quem armou o amor com o arco e não com a espada, quis dizer que na distância seria mais.
O amor não é a união de lugares, senão de todos os corações.
A dor na presença reparte-se entre os sentidos, na ausência recebe-se só na alma, e toda é alma.
A dor na presença tem o assistir, tem o servir, tem o ver, tem a mesma presença por alívio; a dor na ausência toda é dor.

Padre Vieira

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7.2.08
 
Padre António Vieira (1608-1697)
Todos os homens prometem a Deus o dia de amanhã,
e quase todos dão ao demónio o dia de hoje.

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27.1.08
 
Apologia do bastonário
E para que nós nos não admiremos, e os que governam ou desejam governar tenham tanto medo dos seus ofícios como dos seus desejos, reduzindo a verdade desta sentença à evidência da prática, argumento assim: todo o homem que é causa gravemente culpável de algum dano grave, se o não restitui quando pode, não se pode salvar; todos ou quase todos os que governam, são causas gravemente culpáveis de graves danos, e nenhum restitui o que pode: logo nenhum ou quase nenhum dos que governam, se pode salvar.
Padre António Vieira, Sermão da Primeira Dominga do Advento, 1650


Por estas palavras podemos imaginar, com que frieza o poder do século XVII brindava o génio jesuíta. Valeu-lhe entre outros mimos, a queima de uma efígie sua em Coimbra, e se fosse hoje, já teria inquérito da procuradoria e chamada ao parlamento.
Mas devo acrescentar, para repouso da verdade, que os tempos talvez não pareçam, mas são outros - já a essência do poder... julgo-a igual.
E por tal razão, as induções de António Marinho deviam - e terão de - ser particularizadas.

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