Pedreiros
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A Maçonaria sofreu uma reviravolta na sua História que a mudou profundamente. Esse fora o momento em que uma corporação que se haveria de desvincular do trabalho efectivo, operativo, da profissão propriamente dita, para passar a ser meramente especulativa, uma sombra de si mesma. Deixou de fazer o trabalho para o qual havia sido criada para passar o tempo a falar sobre o trabalho que deveriam estar a fazer. Isto aconteceu porque, a determinada altura, a Maçonaria (não a que se conhece hoje, feita de políticos e empresários de avental, mas a operativa) se tornou uma escola de Filosofia que encerrava segredos cobiçados. A fama dos mestres pedreiros, dos arquitectos, fez com que certos aristocratas (sem a categoria de um servente) desejassem ser iniciados nos mistérios da construção. Mas nunca quiseram estragar as unhas, e a Maçonaria foi-se tornando cada vez mais simbólica, cada vez mais cerimoniosa. Foram-lhe ajuntados graus (inicialmente existiam apenas três, mas hoje existem ritos com mais de cem). Os mesmos aristocratas que não gostavam de trabalhar a pedra dura gostavam de títulos. Foram criados nomes pomposos como Grande Eleito Cavaleiro Kadosch, e outros que tais. E em atenção a esses senhores fizeram-se umas trolhas (mais pequenas, mais leves) e outro material de pedreiro para serem usados no ritual, mas apenas simbolicamente. Hoje, um neófito quando é iniciado pega num malho e bate uma vez numa pedra que enfeita a entrada do Templo. Isso simboliza o trabalho na pedra bruta. Obviamente que, de trabalho, há muito pouco envolvido. Logo a seguir à fadigosa pancada de malho, o ritual afirma que o neófito já trabalhou a pedra bruta. Enfim, tem ali material para especulação, mas sem a experiência real de onde toda a especulação nasce e de onde vem toda a simbologia.
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1940 A Bélgica capitulou
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1940 Fechou-se no norte
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Na confusão geral e duas semanas depois do inicio do ataque alemão, conseguimos ver a manobra militar de uma forma mais clara. Esperando o principal ataque através dos países baixos,na miragem de uma repetição do plano Schliefen (I grande guerra) a aliança franco-britânica avançou para norte, confiante na defesa sobre a linha Maginot a sul.
Mas o grosso do ataque alemão veio pelo centro, por Sédan, com unidades blindadas compactas (divisões Panzer) e apoiadas pela aviação de ataque ao solo (Stukas). Impossíveis de travar pelos contra-ataques aliados (Montcornet e Arras) os blindados alemães viraram para norte, em direcção ao canal, chegando a Calais que está neste momento cercada (imagem acima). O poder de choque e a rapidez dos alemães, encurralaram cerca de meio milhão de soldados franceses, ingleses e belgas, na armadilha para onde se tinham lançado duas semanas antes.
Separados do resto da França, com roturas de mantimentos e de munições, na desproporção de dois para um, a defesa dos aliados em torno de Dunquerque, onde montaram o posto de comando, é agora uma luta de vida ou de morte. Tentarão ganhar tempo que permita a evacuação por mar, mas metade dos exércitos aliados estão agora em risco de aniquilação.
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Foi mesmo!
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Pois foi, amigo Jrd. Chamava-se Alberto Ascari e foi mesmo à água na curva da "chicane" - a mesma onde morreria anos mais tarde, outro grande piloto italiano, Bandini - à saída do tunel. Curiosamente, no post anterior falei do arrepio que é ver a entrada na zona da piscina, e foi aí mesmo que hoje o Lewis Hamilton se plasmou no cenário. E ainda conseguiu ganhar, coisa só possivel em Monaco, um dos circuitos mais lentos do campeonato, e onde também dificilmente se ultrapassa; por isso deu-lhe tempo.
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Monaco (6)
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Uma emocionante corrida colocou, hoje, Hamilton na liderança do Mundial com
Nos construtores, a Ferrari ainda comanda com
Austrália - Hamilton (Mc Laren/Mercedes)
Malásia - Raikonnen (Ferrari)
Barhein - Massa (Ferrari)
Espanha - Raikonnen (Ferrari)
Turquia - Massa (Ferrari)
Monaco - Hamilton (Mc Laren/Mercedes)
Canada (8 Jun)
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Monaco Grand Prix
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Dois Ferrari na frente, como mandam as regras. Depois, pode ser que chova, o que me trás a memória a impressionante (e única) vitória de Beltoise no BRM.
Com Monza e o antigo Nurburgring, Monaco forma a trindade mágica dos circuitos. Não há nada como o Principado, o ambiente, as recordações, que vêm desde o início do automobilismo. E foi aqui que se passaram algumas das melhores historietas do Nicha, do Basílio e do Faustino, metendo cabrinhas no Casino e coisas que tal...
Agora, meus amigos, quem quiser saber mesmo, o que é essa coisa da formula um, então vá, e coloque-se precisamente no meio da secção de curvas da piscina. E depois... reze. Reze para que o bólide que vier como uma bala na sua direcção, não traga o seu nome inscrito no focinho. Mesmo contando com tipo ao volante,que deve estar entre os vinte melhores condutores do planeta.
Mas tenho a certeza que nesse momento, todos os sentidos instam ao mergulho na piscina.
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1940 Rommel chegou ao canal... A França precisa de um milagre
Após a penetração apartir de Sédan, os panzer em vez de seguirem directamente para Paris, dirigiram-se para Abeville e rumaram a norte. Rommel já está em Calais, na Mancha. Como se temia, o exército aliado ficou separado em duas partes, estando encurraladas na grande bolsa do norte, as melhores forças francesas e o corpo expedicionário inglês (BEF). O general Weygand, que substituiu Gamelin no comando supremo aliado, tentou ontem montar um contra-ataque (setas brancas), com o BEF e os seus Matilda pressionando pelo norte (Arras), e o VII exército francês com restos da 4ª divisão blindada de De Gaulle, pelo sul, apartir do Somme.
Tarde demais, a infantaria alemã já reforçou as posições conquistadas pelo avanço rápido dos panzer. Foi impossível quebrar o eixo de ataque alemão.
A situação dos exércitos aliados, divididos, sem mobilidade, nem apoio aéreo, está-se a tornar desesperada dia após dia.
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Le colonel Charles de Gaulle, commandant de la 4e division cuirassée de réserve
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Se o Estado tivesse feito o que devia fazer; Se quando ainda estava a tempo, tivesse orientado o seu sistema militar para a acção e não para a passividade; Se, consequentemente, os nossos chefes tivessem disposto do instrumento de choque e de manobra que com frequência se tinha proposto ao poder e ao comando; então, os nossos exércitos teriam tido a sua oportunidade e a França teria reencontrado a sua alma.
Charles de Gaulle, Memoires de guerre, vol I
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1940 Franceses falham contra-ataque em Montcornet
Perante o avanço de Guderian, cujos panzer ultrapassam Sédan, o coronel De Gaulle conseguiu convencer o estado-maior aliado, a dar uma oportunidade às suas unidades blindadas (equipadas com os pesados Char B). Esta tarde em Montcornet (antes de St Quentin no canal Sambre-Oise), os tanques franceses numa batalha furiosa, quase conseguiram vencer as colunas de tanques alemãs… até a Luftwaffe intervir, dispersando os franceses que perderam grande parte dos carros de combate. A supremacia aérea alemã começa a ser tão determinante, como a rapidez dos seus tanques.
O primeiro-ministro francês Daladier cedeu o seu lugar a Paul Reynaud após a catástrofe de Sédan. Churchill chegou também esta tarde para uma conferência com Reynaud e o comandante francês Gamelin.
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1940 Rotterdam em chamas, a Holanda rendeu-se!
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A rainha Guilhermina, com a família real e o governo, fugiram para Londres,onde formaram um governo no exílio.
Lançado um ultimatum, mas antes deste expirar, a Luftwaffe fustigou brutalmente Rotterdam.
Perante o bombardeamento de civis, o comandante do exército holandês, general Winkelmans, deu ordem de rendição que entrou em vigor às 11:00H locais. Arthur Seyss-Inquart será nomeado comissário do Reich, apoiado por Mussert, o Fuhrer dos nazis holandeses.
Actualmente, só as tropas holandesas da Zelândia continuam ainda a bater-se.
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1940 Os alemães estão em Sédan!
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1940 A Europa de novo em guerra
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Desde de Setembro de 1939 que a Alemanha, e a França apoiada pela Inglaterra, se olham de frente sem fazerem praticamente nada.
Cerca de 135 divisões em cada lado (2.350.000 alemães frente a 2.860.000 aliados franco-britânicos, belgas e holandeses), apoiados por carros de combate (2.700 alemães frente a 3.000 aliados) e aviões (3.200 alemães face a 1.700 aliados).
Os aliados, particularmente os franceses, bebendo na teoria estratégica de generais da I guerra mundial, como Pétain, apostaram em posições estáticas, defensivas, cujo ícone era a famosa Linha Maginot; pelo contrário, os alemães apostaram nos movimentos rápidos e profundos dos panzer, conjugados com a aviação de ataque ao solo, verdadeira artilharia aérea, que abrem caminho à infantaria; ainda por cima, tudo isto (Blitz Krieg) foi experimentado em acção real na Polónia, seis meses antes.
Os tanques alemães, combinando poder de fogo, com elevada velocidade, organizam-se em unidades independentes (divisões panzer), ao contrário dos aliados que, embora em maior número, têm blindados dispersos pelas unidades de infantaria (não acreditam no movimento rápido); este facto conjugado com a vantagem aérea virá a ser decisivo na batalha da França.
Durante estes últimos seis meses, vivemos um clima de tensão e angústia, de quando em quando, alimentado pela notícia de algum afundamento pelos submarinos alemães, como o porta-aviões britânico Courageous nas costas da Irlanda. Mas aparte a fraca tentativa de penetração francesa, durante a invasão da Polónia no ano passado, a inacção reinou no continente europeu.
Claro que houve a guerra do Inverno, a tentativa russa de fazer à Finlândia o mesmo que os seus “aliados” alemães fizeram à Polónia, mais uma vez perante a impotência anglo-francesa. Entre Novembro e Abril, os massivos exércitos de Stalin sangraram - mais de 200.000 mortos contra cerca de 20.000 finlandeses - frente á determinação finlandesa. Stalin moderou-se, mas a Finlândia foi obrigada a ceder o istmo e parte da Carélia Oriental, bem como a passagem de Petsamo.
Contudo,apesar do negrume dos fados – o Reich, a França e a Inglaterra mantêm-se em estado de guerra - esperava que as relações internacionais acalmassem; houve pedidos, entre eles o de Roosevelt e o do Papa, para se voltar à Paz.
Mas o fantasma de 1914 não nos larga. Em Abril deste ano a Alemanha – com o abastecimento de ferro sueco, ameaçado pelo bloqueio naval britânico - invadiu, sem aviso, a Dinamarca e a Noruega (Weserubung) e os aliados desembarcaram também forças no norte do país. Os dois lados confrontam-se e em sucessivas batalhas aero-navais foram afundados mais de uma dezena de navios alemães.
A falta de iniciativas guerreiras no continente, alimentava-me, no entanto, a esperança de, apesar do impasse, o tempo consolidar um qualquer status quo; chamou-se a isto, em França, uma “drôle de guerre”, em Inglaterra, a “phoney war” ou na Alemanha “Sitzkrieg”.
Ontem tudo mudou... os bárbaros voltaram. Deus nos ajude!
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1940 Fall Gelb
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Um oficial alemão consulta o relógio.
Na sua retaguarda, o dia começa a raiar,quando diz: Die strasse ist frei!
Às 5:30H em ponto, é lançado o assalto, e a longa coluna põe-se em marcha pelas estradas que atravessam os canais.
Sob o código Fall Gelb (Plano amarelo) as forças armadas do Reich penetram na Holanda, na Bélgica e no Luxemburgo. Acabou-se a brincadeira (drôle de guerre) e a Segunda Grande Guerra,verdadeiramente, começa...
Às 7:30H as tropas franco-britãnicas entram também na Bélgica e Holanda (Plano Dyle-Breda) para bloquear o avanço alemão.
Os aliados retiraram-se já da Noruega; em Londres, Chamberlain demitiu-se, e Winston Churchill formou um governo de coligação.
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Administrativistas tauromáquicos (desabafo!)
Um toiro, quando se sente acossado encosta-se às tábuas, e ninguém o tira dali. Levanta os cornos, mas não sai de lá.
Há pessoas assim...
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Xangai (4)
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Modernice e tretas minhas
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E mesmo a multidão quando pouco tem... segue o exemplo. Esquece o ser e atribui todo o valor ao ter. Sem sequer depois se saber para quê.
Ora o ter não acrescenta nada à pessoa.
Faz parecer e não ser.
É esta a perpétua confusão: a ordem está invertida, a dimensão humana não está no ter, mas no ser.
Ter para Ser, desumaniza e afasta-nos de ser.
Contráriamente, Ser para Ter, significa saber o que se quer - que é sempre relativo ao Outro, e muito mais do que mero dinheiro - e sermos capazes de fazer tudo o que for preciso para isso, sacrifícios incluídos.
Nothing like a free lunch
The only means of inducing a man to work more and better is to offer him a higher reward. It is vain to bait him with the joy of labor.
Ludwig Von Mises, Human Action, p.589 (image Jack Silver)