La force des choses
14.1.08
Lutz e a página 161
É pá, Lutz! :(
Só agora, indo ao Technorati vi o desafio. Andei muito por fora e só agora é que vi. Ainda assim dás-me um mote, para despachar um autor que aprecio e tenho junto.
A 5ª frase completa (boa por sinal) da página 161 do Ensaio sobre os dados imediatos da consciência de Henri Bergson, Edições 70, 1988, tradução de João da Silva Gama, é esta:
“Mas, em vez de concluir que a duração real é heterogénea – o que, ao elucidar esta segunda dificuldade, teria despertado a sua atenção para a primeira – Kant gostou mais de situar a liberdade fora do tempo, e de levantar uma barreira insuperável entre o mundo dos fenómenos, que deixa para o entendimento, e o das coisas em si, cujo acesso nos proibiu.”
Mil desculpas, e a esta altura já nem preciso encadear ninguém, por perda de oportunidade. O que me apraz, lol
Etiquetas: bergson, blogs, filosofia, kant, lutz
2.4.05
Henri Bergson (Paris 1859 - 1941)

"Il y a des choses que l’intelligence seule est capable de chercher,
mais que par elle-même elle ne trouveras jamais.
Ces choses, l’instinct seul les trouverait, mais il ne les cherchera jamais."
Henri Louis Bergson
O Homem utiliza duas faculdades distintas, mas complementares, diz Bergson, para conhecer a realidade.
Uma de carácter imediato, é a Intuição, privilegiada pela Filosofia, e domínio da Religião e da Arte;
A outra, de carácter mediato, é a Razão, privilegiada pelas Ciências positivas.
Bergson via a Filosofia como Metafísica, retomando a tradição Ocidental anterior ao Criticismo, e distinguia a Metafísica da Ciências positivas em função do objecto (Espírito versus Matéria) e do método (Intuição versus Razão).
Num discurso claro, de frases simples, semeado com imagens poéticas mas rigorosas, Bergson revelou-se um mestre da linguagem (Prémio Nobel da Literatura em 1927).
Crítico do Criticismo Kantiano - que negava à Intuição a possibilidade do conhecimento da realidade última - distanciou-se do racionalismo, das concepções Cartesiana (mecanicista) de Espaço e Newtoniana de Tempo, e sustentou que a Intuição permite atingir a essência da realidade, identificada por ele como Duração (Durée).
Œuvres
- Essai sur les Donnés immédiats de la conscience (1889)
- Matière et Mémoire (1896)
- Le Rire (1899)
- L’ Evolution Créatrice (1907)
- L’ Energie Spirituelle (1919)
- Durée et Simultanéité (1922)
- Les Deux Sources de la Morale et de la Religion (1932)
- La Pensée et le Mouvant (1934)
Merci Henri...
de nous avoir rendu a nouveau notre humanité, en brisant le positivisme.
Merci d'être resté cohérent jusqu'au bout, jusqu'à mourir de froid pour manger.
Et merci d'être resté modeste, laissant sa juste place à notre esprit.
1.4.05
Efficiency (Joy, ou o júbilo de criar)

What does man seek?
It is not pleasure, surely, that we seek most constantly; it is not happiness.
It is what you Americans express so well in your word “efficiency”.
This word expresses the tendency of evolution; it voices the fundamental tendency within us, which is that of creation.
We seek efficiency, or, perhaps, it would be truer to say that we seek the immediate product of efficiency, which is joy.
Joy is not pleasure, but the satisfaction of creation.
Making money gives pleasure no doubt, to the artist; his joy, however, comes only from seeing the picture grow under his brush, from feeling that he is bringing something new into the world.
It is joy which, in some form or other, man always seek.”
Extracts of the Columbia University Lectures of Henri Bergson,
(The Chronicle, XIII, 6 Mars 1913)
27.3.05
Páscoa

Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou;
Se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação não tem sentido, e também não tem sentido a vossa Fé.
(…)
Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, surgiu entre os que morreram como os primeiros frutos da seara"
S. Paulo aos Coríntios
Ou a Ressurreição de Cristo aconteceu, e o Cristianismo é a Verdade, a Fé tem sentido, ou não aconteceu e tudo cai pela base.
Aqui reside o fundamento da religião Cristã.
Eu, acredito nos testemunhos, Cristo ressuscitou.
Mas mesmo que tal não tenha sucedido, permanecerei Cristão,
porque restará sempre a Palavra.
Na origem do Cristianismo está o Cristo dos Evangelhos.
Isso é que conta, não a questão da sua identidade histórica, mas o facto de alguém, um Humano, ter lançado o apelo, e falado do Amor Absoluto.
Não é a Salvação da morte que busco, deixo isso com Deus;
O que me move é o Bem, revelado em Cristo.
"A l’auteur on donnera le nom qu’on voudra, on ne fera pas qu’il n’y ait pas d’ auteur. Nous n’avons pas à nous poser ici de tels problèmes.
Disons simplement que, si les grands mystiques sont bien tels que nous les avons décrits, ils se trouvent être des imitateurs et des continuateurs originaux, mais incomplets, de ce que fut complètement le Christ des Évangiles’
Henri Bergson, ‘Les deux sources de la Morale et de la Religion’
Etiquetas: bergson, páscoa, religião, s. paulo