La force des choses
14.1.08
Lutz e a página 161
É pá, Lutz! :(
Só agora, indo ao Technorati vi o desafio. Andei muito por fora e só agora é que vi. Ainda assim dás-me um mote, para despachar um autor que aprecio e tenho junto.
A 5ª frase completa (boa por sinal) da página 161 do Ensaio sobre os dados imediatos da consciência de Henri Bergson, Edições 70, 1988, tradução de João da Silva Gama, é esta:
“Mas, em vez de concluir que a duração real é heterogénea – o que, ao elucidar esta segunda dificuldade, teria despertado a sua atenção para a primeira – Kant gostou mais de situar a liberdade fora do tempo, e de levantar uma barreira insuperável entre o mundo dos fenómenos, que deixa para o entendimento, e o das coisas em si, cujo acesso nos proibiu.”
Mil desculpas, e a esta altura já nem preciso encadear ninguém, por perda de oportunidade. O que me apraz, lol
Etiquetas: bergson, blogs, filosofia, kant, lutz
17.4.05
Bovarysme

Fonte photoblog
A propósito deste post do Lutz sobre a Casa da Musica, e relendo uma história antiga, deparei-me com a expressão "Bovarysme", do filósofo francês Jules Gaultier.
Gaultier designa com essa palavra o estado de alma que determina o comportamento da personagem central, no romance "Madame Bovary", de Flaubert.
Emma Bovary, pequeno-burguesa, acha-se uma grande dama, talhada para altas cavalarias.
A imagem que faz de si, reflecte-se na sua visão do Mundo, criando-lhe uma vontade de ruptura permanente.
Quer sempre mais e como a realidade não a satisfaz, vive em perturbação constante.
Por "bovarystes" Gaultier designa pessoas que vivem fora da realidade, acima das suas posses, empenhadas em transcender o seu meio por qualquer forma, a qualquer preço.
Mas não há apenas pessoas "bovarystes"; há também nações que, pobres, são dominadas pela ostentação; a ostentação das grandes embaixadas, dos grandes edifícios, dos grandes monumentos…
Não sou contra monumentos nem Casas da Música, mas a realidade é que não há obra pública que não derrape.
Entretanto os portugueses empobrecem, deixando contas para pagar (os tais défices) aos filhos e netos.
Portugal simplesmente não produz para aquilo que consome.
Este discurso é "miserabilista", eu sei…
Mas quem somos nós?
P.I.B per capita (FMI Setembro 2004)
- Reino Unido............. 35.505 US$
- Espanha.................. 23.447 US$
- Portugal.................. 16.021 US$
Etiquetas: arquitectura, flaubert, lutz, portugal
31.3.05
quase em português
Aqui fomos hoje mencionados carinhosamente (quase) em português.
Obrigado Lutz
Etiquetas: blogosfera, lutz