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La force des choses
1.2.10
 
A revolução de 1910: a ideologia
Quando em 1903, a chamada “geração do ultimatum” começou a reconstruir o Partido, não havia no Porto uma comissão municipal. Contudo, os homens de 1903 não partiram do nada, herdaram um complexo corpo de tradições. Segundo Pulido Valente, as formas ideológicas específicas do Republicanismo português foram determinadas pelo estatuto social dos quadros dirigentes do PRP, e não passam de uma adaptação de ideias já velhas na Europa de então.
Três factores terão potenciado essa ideologia:

a) O nacionalismo, a velha preocupação com a “decadência pátria”, um factor social permanente na História de Portugal, mas que sem a semi-colonização inglesa pouco teria pesado. Foi o “ultimato” o seu catalisador. A crise dividiu a nação em dois campos inimigos: por um lado a pequena burguesia urbana, e sectores do operariado oficinal, prontos a vingar a “injúria” e a “erguer a Pátria nos braços”; por outro, os adoradores do “Deus Milhão”, representados pelos “porcos da vara de Bragança”, que a “sangravam” e iam, a seguir, indiferentes, “caçar” enquanto o “estrangeiro odioso ria”. Depois do ultimatum, o PRP encarnou Portugal.

b) A evolução interna do partido republicano que, começou por se considerar um grupo distinto na sociedade portuguesa, mas que a pouco e pouco foi tomando consciência da marginalização que ia sofrendo, da subordinação aos partidos dominantes. A vida do PRP corresponde quase dia a dia à vida do Rotativismo, a corrupção e os “escândalos” desempenharam um papel central na formação da consciência republicana. Acreditava-se que, mal se deixasse de sustentar os “acumuladores” e “parasitas” monárquicos, o orçamento se reduziria a metade; sonhavam com um mundo onde todos tivessem os mesmos privilégios e oportunidades, numa visão essencialmente igualitária. O Partido apresentava-se à nação como paradigma de virtude, perdido num mundo pecaminoso, começando a ver-se a si mesmo como um movimento de interesse universal, verdadeiro “corpo da nação”.

c) Após as comemorações do “Tricentenário de Camões”, o partido tentou sem sucesso mobilizar a opinião “anti-jesuíta”. Mas foi só após 1909 que a campanha passou a ter êxito, porque o regime monárquico abandonou o seu liberalismo e passou a apoiar-se nos católicos ultramontanos (os famosos poderes ocultos). O anticlericalismo foi um factor circunstancial e operativamente importante, apenas porque a Monarquia sobreviveu à ditadura de Franco e à morte de D. Carlos. A violência exercida contra a “corja jesuítica” depois da revolução de Outubro, explica-se largamente pelo clima de histeria então criado pelo PRP.

(respingado de Vasco Pulido Valente, O Poder e o Povo 1974)

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