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La force des choses
17.4.05
 
Bovarysme

Fonte photoblog

A propósito deste post do Lutz sobre a Casa da Musica, e relendo uma história antiga, deparei-me com a expressão "Bovarysme", do filósofo francês Jules Gaultier.
Gaultier designa com essa palavra o estado de alma que determina o comportamento da personagem central, no romance "Madame Bovary", de Flaubert.
Emma Bovary, pequeno-burguesa, acha-se uma grande dama, talhada para altas cavalarias.
A imagem que faz de si, reflecte-se na sua visão do Mundo, criando-lhe uma vontade de ruptura permanente.
Quer sempre mais e como a realidade não a satisfaz, vive em perturbação constante.
Por "bovarystes" Gaultier designa pessoas que vivem fora da realidade, acima das suas posses, empenhadas em transcender o seu meio por qualquer forma, a qualquer preço.


Mas não há apenas pessoas "bovarystes"; há também nações que, pobres, são dominadas pela ostentação; a ostentação das grandes embaixadas, dos grandes edifícios, dos grandes monumentos…

Não sou contra monumentos nem Casas da Música, mas a realidade é que não há obra pública que não derrape.
Entretanto os portugueses empobrecem, deixando contas para pagar (os tais défices) aos filhos e netos.
Portugal simplesmente não produz para aquilo que consome.

Este discurso é "miserabilista", eu sei…
Mas quem somos nós?

P.I.B per capita (FMI Setembro 2004)
- Reino Unido............. 35.505 US$
- Espanha.................. 23.447 US$
- Portugal.................. 16.021 US$


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Comments:
Estimado CBS

Mas o que derrapou, afinal, o custo final de 100.000 de euros ou os incompetentes o orçaram em 20.000.000?

Cumprimetos
 
Caro Carlos

O que derrapou foi o custo, mas neste como noutros casos, não me parece incompetencia (ou apenas).

Na minha modesta opinião a Casa da Música foi um "engano" consciente, no prazo e no custo.
Ninguém será responsabilizado, e provávelmente até haverá alguma condecoração.

Portugal é assim.
 
Muito curiosa essa ligação ao Bovarysme.
Tive um professor de Economia Portuguesa que explicava que Portugal, em termos económicos, foi sempre um pobre que vivia acima das suas possibilidades. Ia (vai) gastando, gastando, e quando chegava a um ponto de ruptura, "morria sempre um tio rico" que permitia pagar as dívidas e gastar mais: comércio da Índia, triângulo atlântico (escravos, cana do açúcar), ouro e prata do Brasil, emigração, entrada na CEE. Alguém vê por aí um tio rico que esteja a ficar velhinho, ou desta vez vamos mesmo ter de agir sobre os genes?
 
Pois Helena, concordo com o tal prof. mas há uma diferença.
É que o "venturoso" Manuel tinha a Índia e era rei de uma das maiores potências da altura.

Hoje somos isto que somos; até arranjámos um tio rico(UE) mas que só ajuda se tivermos tino, ou seja, tarde ou cedo vamos mesmo mudar de vida...
Disso não duvido.
 
O "tio rico" deu-nos belos monumentos, mas foi sempre uma maldição para o país - os homens que saíam e não voltavam, o dinheiro a rodos para importar produtos de luxo em vez de se lançar uma indústria (na época: manufactura) nacional...
A crise deste momento é uma oportunidade para nos revermos e nos decidirmos por um projecto para o futuro.
Talvez este episódio da Casa da Música seja apenas uma última reminiscência de um certo passado. Enfim, era bom...
De qualquer modo, do tio rico chamado UE já não virá muito mais.
 
É verdade, mas houve um homem que quis mudar isso,Pombal.

Meteu na ordem um Clero e uma Nobreza poderosos, terratenentes mas inúteis e chamou uma burguesia (que cá não havia) estrangeira mas empreendedora, os Stephens (vidros), os Bertrand (livreiros), os Ratton (cordoaria), os Whitestone (bolsa do Porto), por exemplo.

Infelizmente o espírito português não é assim e é muito, muito renitente à mudança.
 
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