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La force des choses
24.7.10
 
Para-teoria: esquerda e direita
Para pôr as ideias em ordem pensemos um pouco sobre o conceito de espaço político, de onde derivam os termos que se usam. Todos os sistemas políticos são caracterizados por conflitos. A estrutura desses conflitos integra-se no espaço político de um dado sistema, num dado momento histórico, e compõe-se do número de dimensões correspondente às linhas de conflito (clivagens), isto é, escolhas que influem no sistema. Conforme temos uma ou mais clivagens, falamos de espaços lineares ou de espaços pluridimensionais. O espaço político linear é o mais simples – só tem a dimensão esquerda – direita. Anthony Downs interpretou essa diferença como o grau de intervenção do Estado na economia, identificando a esquerda com maior intervenção e a direita com menor. Já para Seymour Lipset o divisor das águas reside na atitude favorável (esquerda) ou não (direita) à mudança do status quo. Mas devido à simplicidade inerente, os espaços lineares não explicam todos os comportamentos, porque ignoram outras dimensões de identificação e de competição, que ao cruzarem-se alteram a dinâmica global. Uma dessas dimensões é claramente a religião.
Percebemos também que as identidades são dinâmicas e mutáveis ao longo do tempo, condicionam-se e interagem, sendo depois reflectidas melhor ou pior pela teoria política em voga. Percebemos ainda que a divisão entre esquerda e direita, para além de redutora, se vai tornando confusa com o passar do tempo, porque há direitas se apropriam de partes essenciais do programa clássico da esquerda, e vice-versa. No entanto na história portuguesa é possível – tendo em conta as dificuldades referidas – estabelecer duas grandes correntes que, ora divergem, ora convergem no tempo, com diferenças de ênfase nos valores e prioridades.
Pela dimensão económica não me parece fácil distinguir a esquerda da direita em Portugal. Nesse domínio, todos reclamam o abono do estado. Mas na dimensão, mais antiga, dos costumes, poderemos identificar dois pólos, que mergulham as raízes sociológicas no passado do processo histórico. Em Portugal, desde 1820 que existe nitidamente um campo que tende a conservar a ordem velha (direita), perante outro que pretende romper essa mesma ordem (esquerda).

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