21.2.10
   
       Giraldo Sem pavor
 O pérfido galego Afonso Henriques, senhor de Coimbra - o maldito de Deus - conhecia bem a valentia do cão Giraldo. O pensamento constante deste era tomar à traição as cidades e os castelos, só com sua gente: ele tinha os mulçumanos da fronteira sob o terror das suas armas. Este cão procedia assim: avançava, sem ser apercebido, na noite chuvosa, escura, tenebrosa e, insensível ao vento e à neve, ia contra as cidades. Para isso levava escadas de madeira de grande comprimento, de modo que com elas subisse acima das muralhas da cidade que procurava surpreender; e quando a vigia mulçumana dormia, encostava as escadas à muralha e era o primeiro a subir ao castelo.
O pérfido galego Afonso Henriques, senhor de Coimbra - o maldito de Deus - conhecia bem a valentia do cão Giraldo. O pensamento constante deste era tomar à traição as cidades e os castelos, só com sua gente: ele tinha os mulçumanos da fronteira sob o terror das suas armas. Este cão procedia assim: avançava, sem ser apercebido, na noite chuvosa, escura, tenebrosa e, insensível ao vento e à neve, ia contra as cidades. Para isso levava escadas de madeira de grande comprimento, de modo que com elas subisse acima das muralhas da cidade que procurava surpreender; e quando a vigia mulçumana dormia, encostava as escadas à muralha e era o primeiro a subir ao castelo. E empolgando a vigia dizia-lhe:
- Grita como tens por costume de noite que não há novidade! - E então os seus homens de armas subiam acima dos muros da cidade, davam na sua língua um grito imenso e execrando, penetravam na cidade, matavam quantos encontravam, despojavam-nos, e levavam todos os cativos e presa que estavam nela.
(Ibne Sáhibe Açalá)
Etiquetas: afonso I, história, portugal
	
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				 				Ó cbs, isto tem sido tudo excelente. gosto destas incursões pela história. Que tempos esses, os da reconquista. abraço.
				
				
			
			
			
			
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