18.12.09
Materialismo Histórico
Funda-se no Historicismo hegeliano, mas o aspecto prático dos factores económicos, vão diferenciá-lo bastante. Marx procura a explicação do desenvolvimento humano nos processos económicos, que considera o motor da História, sendo os outros elementos sociais como a filosofia, a religião ou a cultura, apenas aspectos da “super estrutura ideológica” – o material determina o imaterial; “Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas ao contrário, é o ser social que determina a sua consciência”
A história de todas as sociedades até aos nossos dias é a história da luta de classes. Opressores e oprimidos, em oposição constante, mantiveram lutas que terminaram sempre, ou por uma transformação revolucionária de toda a sociedade, ou pela desaparição das duas classes em luta. A luta de classes exprime as contradições entre elas, gerando revoluções cíclicas e novas realidades sociais. A estratificação social e o desenvolvimento histórico são determinados essencialmente pela economia, isto é, pelas relações de produção (conjunto de relações materiais entre os homens, de que é exemplo modelar a propriedade). Segundo o princípio dialéctico, cada forma social gera contradições internas que se resolvem pela revolução.
A acumulação é o objectivo da economia do capital, fundada sobre a moeda que, dissimulando o carácter social do trabalho, facilita a referida acumulação, ao contrário da economia de troca. Nalguns pontos, como o a abolição da propriedade privada, Marx concorda com os socialistas utópicos, mas contra eles defende a necessidade de desenvolvimento, para que a mecânica interna do capitalismo, aumente as desigualdades, permitindo o advento do Comunismo (uma Teleologia politica).