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La force des choses
25.4.08
 
Dia da Liberdade
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício
Como a voz do mar
Interior de um povo

(poesia da Sophia / imagem daqui)

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Comments:
tão bom ler a Sophia...

...que mês para se fazer uma revolução, não achas? só podia ser abril...

[]
 
para mim, são dela os poemas mais bonitos de Abril.
só podia ser abril?... é um belo mês sim, Nuno, mas no fundo foi quando se pôde (podia ter sido em Março, correu mal).
Em Março quando os das Caldas falharam, senti uma espécie de desespero, pensei que não havia hipótese de quebrar o velho "jarrão".
afinal estava vazio por dentro, já só era aparencia.

mas depois... veio o calor. e eu acabei por me ir embora
 
"E livres habitamos a substância do tempo"
e haverá coisa mais preciosa que a liberdade? :)

para mim, o Poeta de Abril é Zeca Afonso, mas sem dúvida que existem belíssimos poemas sobre a revolução, e claro,a Sophia é extraordinária.
 
é verdade... foi quando pôde ser... eu não consigo imaginar o desespero, passar por um "quase" deve ser muito, muito dificil... mas fico feliz por teres lembrado o golpe das caldas.

não gostas de calor, cbs? :P

[]
 
Bem vinda Susana.
Sim, o Zeca é o emblema de Abril, até pela música; mas muito esquecida é outra letra do José Niza que na voz do Paulo de Carvalho também faz vibrar por dentro "E depois do adeus".
O Zeca acabou, com o tempo por se tornar no emblema, não de todo, mas da parte esquerda e comunista do 25 de Abril. O Niza era PS, amarelo de mais para o tempo o registrar com o valor que tem.

E como vai a Criatura? ;)*

Nuno
não é segredo que eu não gosto de revoluções pela loucura que induzem. Os extremos da paixão são óptimos, mas quando a fogueira se apaga, muitas vezes só restam cinzas. Sei que não é (não era) moda arder em fogo lento, mas dura-se mais...
Lembro-me de dizer ao meu pai, no dia em que me fui para Londres "prefiro ir lavar o chao num país livre, do que mudar de ditadura"

abraço
 
Obrigada CBS :)

de facto não conheço o trabalho de José Niza para além do "e depois do adeus", que é um letra genial e muito bem cantada por Paulo de Carvalho,mas pelo menos esta música é também um emblema (não penso que tão esquecida quanto isso).
na minha opinião há revoluções necessárias independentemente daquilo em que poderão resultar (o resultado nem sempre são cinzas).

olha, a criatura, essa malandra, vai num bom caminho. tem boas perninhas para andar :P

beijinhos
 
Sim Susana, há revoluções que têm de ser feitas. Foi o caso.
 
A Liberdade e um dia.
 
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