1.5.05
Chicago First of May 1886
The day will come when our silence will be more powerful
than the voices you are throttling today.
A.Spies
Em 1886 a organização dos trabalhadores americanos (The Federation) promoveu uma manifestação pelas oito horas de trabalho (contra as 10,16 horas vigentes na época).
Apartir de 1 de Maio desse ano, as empresas que não adoptassem o horário de oito horas, seria sujeitas a greve.
A maior das manifestações ocorreu em Chicago, juntando cerca de 80.000 trabalhadores.
O Poder, e os ecos dos jornais viram aí, o prenúncio de uma revolução; e pediu-se repressão.
A 4 de Maio num protesto junto ao mercado de Haymarket, contra a repressão policial, alguém (nunca se soube quem) lançou uma bomba; a policia atirou e morreram várias pessoas, incluindo polícias.
Nasceu assim o mito do massacre de Haymarket, na sequencia do qual, quase todos os sindicatos americanos foram fechados.
O movimento foi desarticulado, e só em 1935, com o "New Deal" de Roosevelt, as oito horas de trabalho se tornaram lei na América.
Os organizadores do protesto de Haymarket foram julgados e condenados, não como executantes, mas como instigadores do 4 de Maio.
Um suicidou-se (Lingg) e os outros quatro (Parsons, Spies, Fischer e Engel) foram enforcados em 11 Novembro de 1887.
O injustiça de caso Haymarket tornou-se num escandalo mundial.
Em 1889, a Segunda Internacional, reunida em Paris, adoptou o dia 1 de Maio como o Dia Internacional do Proletariado, em memória da morte dos operários de Chicago.
O Monumento de Haymarket erigido em 1893 (Monumento Nacional desde 1997) encontra-se no "Forest Home Cemetery" em Forest Park, Chicago, Illinois.
Duas figuras de bronze, uma mulher representando a "justiça", que desembainha a espada, enquanto coloca uma coroa de louros na cabeça do operário caído.
Os homens a quem é dedicado foram vítimas de um Estado, e de uma opinião pública, que espezinharam a verdade e o direito de manifestação contra a injustiça.
Este monumento representa hoje, também, um louvor ao "Bill of Rights", em especial das liberdades de expressão e de reunião.
Etiquetas: politica, sindicatos, sociologia