5.10.09
Uma análise relevante à esquerda
A vitória do PS nas legislativas tem sido menorizada por quase todos os quadrantes políticos num estilo assim: o partido que ganhou foi o que mais perdeu.
Sócrates, no entanto, classificou a vitória como “extraordinária”. E de facto, talvez o seja. Senão veja-se esta análise, que nas Cartas ao director do Público 4-10-09, é assinada pelo leitor José Geraldes de Alhandra:
Segundo os partidos de esquerda afirmaram durante quatro anos e meio de legislatura, o PS governou com politicas de direita.
Parece-me não haver qualquer dúvida de que, ao longo da legislatura, se foi notando que cada vez mais eleitores que haviam votado PS já não iriam repetir esse voto. E isso confirmou-se em 27 de Setembro. O PS teve menos 505 mil votos. Para onde foram estes votos? 115 mil para a abstenção; 207 mil para a esquerda (PCP/BE) e 177 mil para a direita (CDS).
Ora os partidos de esquerda não podem andar a afirmar, durante quatro anos e meio, que o PS governou à direita e agora somarem os seus votos com os do PS para dizerem que a esquerda é maioritária.
Nada legitima este raciocínio, tanto mais que o líder do PS continua o mesmo. O que me parece legitimo concluir dos resultados desta eleições, face ao exposto, é que 36,5% dos eleitores concordaram com a politica de direita que o PS praticou, por isso votaram novamente neste partido, e que, portanto, estes votos se podem somar aos do PSD e aos do CDS para se saber qual é o sentido do voto.
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