4.12.08
Da vã glória
Hoje ouvi o Manuel de Oliveira dizer isto:
as derrotas são muito mais importantes do que as vitórias, porque é nas derrotas que o homem é chamado a si mesmo.
Etiquetas: cinema, manuel de oliveira, viver
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ouvi de manhã na TSF, uma espécie de entrevista (na realidade, várias entremeadas) com o homem que parece que faz 100 anos!
percebi melhor o filme "Non ou a vã glória de mandar", que já vi como uma enorme seca. Mas há mais para além da seca, há uma revisão pessoal da nossa história, dos nossos mitos, vitórias e derrotas, e creio compreendê-lo. Claro que "quando se sabe ganhar... ninguém perde" mas o facto é que a maior parte das vitórias acabam por se mitificar e são enganadoras, dão a volta às cabeças frágeis que são as mais abundantes.
Enquanto que o choque da derrota, plo contrário faz-nos cair em nós, torna-nos realistas, sem as ilusões balofas, tantas vezes casuais... não terá sido o caso de Alcácer Quibir (a parte que mais me tocou) pois originou o Sebastianismo...
Parece-me contudo, que na hora da derrota, nesse amargor, podemos por vezes re-ganhar-mo-nos, re-encontrar-mo-nos, talvez perceber a futilidade das contabilidades desse tipo, e que o essencial somos mesmo nós perane nós próprios.
Mas não sei... abraço e gosto em revê-lo
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percebi melhor o filme "Non ou a vã glória de mandar", que já vi como uma enorme seca. Mas há mais para além da seca, há uma revisão pessoal da nossa história, dos nossos mitos, vitórias e derrotas, e creio compreendê-lo. Claro que "quando se sabe ganhar... ninguém perde" mas o facto é que a maior parte das vitórias acabam por se mitificar e são enganadoras, dão a volta às cabeças frágeis que são as mais abundantes.
Enquanto que o choque da derrota, plo contrário faz-nos cair em nós, torna-nos realistas, sem as ilusões balofas, tantas vezes casuais... não terá sido o caso de Alcácer Quibir (a parte que mais me tocou) pois originou o Sebastianismo...
Parece-me contudo, que na hora da derrota, nesse amargor, podemos por vezes re-ganhar-mo-nos, re-encontrar-mo-nos, talvez perceber a futilidade das contabilidades desse tipo, e que o essencial somos mesmo nós perane nós próprios.
Mas não sei... abraço e gosto em revê-lo
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