12.12.08
António Alçada Baptista
Foi-me referencial na fé e na politica. Por ele, em parte, pensei-me democrata cristão após o 25 de Abril.
Os nós e os laços, que lhe li, foca bem as ligações humanas, as que se desfazem como "laços", as que perduram como os "nós". Por vezes dolorosamente, como o passado que se prende arrastado no presente, que pesa e nos dificulta a marcha.
Aceito quase tudo o que o meu "amor-ódio" VPV hoje escreveu no Publico, um magnífico resumo de ideias sobre este homem.
Menos uma, o ter chamado "pura propaganda" ás suas Conversas com Marcello Caetano. É uma parte desses nós que revejo ao reler as conversas, que recomendo. É um excelente documento para a compreensão do que foi Caetano -nunca democrata, nunca ditador, talvez só um intelectual brilhante que ficou muito aquém - do que foi o marcelismo e daqueles anos do fim, anos que prometeram, que em seguida defraudaram, e que por fim desembocaram no impasse. Impasse esse de onde nascerá a Liberdade, com todos os males e todos os bens, com a herança que hoje, mais uma vez, nos vai defraudando e enterrando devagarinho.
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