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La force des choses
20.1.08
 
O mito da Honra e a Força que despreza a Piedade
Se os oprimidos, pisados, ultrajados exortam uns aos outros, dizendo, com a vingativa astúcia da impotência: "sejamos outra coisa que não os maus, sejamos bons!”
E bom é todo aquele que não ultraja, que a ninguém fere, que não ataca, que não acerta contas, que remete a Deus a vingança, que se mantém na sombra como nós, que foge de toda maldade e exige pouco da vida, como nós, os pacientes, humildes, justos. Isto não significa, ouvido friamente e sem prevenção, nada mais que:
"nós, fracos, somos realmente fracos; convém que não façamos nada para o qual não somos suficientemente fortes"
Nietzsche, Genealogia da moral


A Piedade opõe-se às paixões tonificantes que realçam a energia do sentimento da vida: a sua acção é debilitante. Um homem perde o poder, quando se deixa possuir da compaixão (...)
Em conclusão: a compaixão entrava a lei do desenvolvimento, que é a lei da selecção. Conserva aquilo que já não serve senão para morrer, lutando a favor dos deserdados e dos condenados da vida; graças à multidão de abortos de todas as espécies que mantêm vivos, a compaixão dá à própria vida um sombrio e indiscutível aspecto.

Nietzsche, Anticristo


E (Schmeling) contou que, na véspera à noite, enquanto vigiava o treino de alguns pugilistas da Wehrmacht, um velhote polaco, que secava com serrim o estrado do ringue, lhe tinha dito “se Nosso Senhor Jesus Cristo tivesse um par de punhos como os seus, não teria morrido na cruz”.
Frank observou, sorrindo que, se Cristo tivesse um par de punhos como os de Schmeling, dois autênticos punhos alemães, o mundo andaria muito mais direito. Em certo sentido – disse eu – um Cristo provido de um par de autênticos punhos alemães não seria muito diferente de Himmler.
Ach! Wunderbar! – exclamou Frank.
E todos riram com ele – à parte os punhos – continuou Frank quando os risos cessaram – se Cristo tivesse sido alemão, o mundo seria governado pela Honra.
Por mim
– repliquei – prefiro que seja governado pela Piedade.
Curzio Malaparte, Kaputt, Ed. Portuguesa Livros do Brasil 1962


Inspirado por fenómenos velhos que se passaram em Trento

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Comments:
Há alternativas que "fazem mais o meu jeito",como por exemplo a Equidade,
Abraço
 
não que são valores incompatíveis, creio ;)
 
Belíssima citação de Malapate! (Só li "a pele").
Abraço,
 
Lutz
lê o Malaparte.
o gajo começou fascista - a sério - e acabou comunista. um pequeno génio literário.
Reli Kaputt, crónicas semi clandestinas da experiencia durante a guerra. consegue meter-nos no meio da coisa. Vi-me numa aldeia romena, vi-me na estepe russa. Vale a pena
 
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