20.8.07
Subway emotions
Subo matinal a escadaria do metropolitano.
Paira uma voz limpa, àtona, de fado coimbrão.
A canção nada por entre torrentes de acordeão.
Um ceguinho, cabelos brancos, blusão garrido de universitário americano, boné de pala cobrindo a nuca, canta, toca.
Uma emoção fugaz subindo ao som.
Apetece abraçá-lo. A sua arte é efémera mas bela. Não vai passar à história erudita. Não será gravada, não passa daqui...
Mas é amor, amor puro!
Quantos momentos raros desta beleza houve na existência humana? que nunca "existiram"... porque não os gravaram.
Habituá-mo-nos ao efémero da pessoa, do mortal que passa.
Contudo pensamos pouco na própria Humanidade que é também efémera no Universo.
Pode morrer. E vai morrer, um dia desaparecerá na poeira.
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Tiago, não me recordo de onde retirei a imagem. Foi há anos e já pouco uso dou ao blog. No entanto, existe um link na imagem, remetendo para outro blog, processo que por vezes usava, para indicar a fonte. Talvez dalí...
Cumprimentos
cbs
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