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La force des choses
11.7.07
 
Nunca fui assim

Eu não quero persistir nesta guerra pública e privada comigo e com toda a gente.
Lamento do coração os meus irreflectidos ataques ao amor-próprio dos portugueses, que tinham, e têm, o seu lado bom.
Como lamento as dúvidas que lancei sobre o futuro de Portugal.
Eu também sou humano.
Também aspiro a uma sinecura modesta, que me tire de cuidados.
Porque é que não hei-de ser adido ou comissário?

A verdadeira vida vai começar agora, aos cinquenta anos.
Por favor, esqueçam o resto.
Os inimigos são a minha essência e o meu abrigo.
São a minha disciplina.
A minha disciplina consiste numa única regra, grossa, básica, salvífica: não ser como eles. Guerra mesmo imaginária é profilática e terapêutica.
Impede a partilha, divide as águas.
Eu não conto com a santidade.
Preciso de quem me comprima e me atemorize. De maus exemplos.

Aos trinta, aos quarenta, aos cinquenta anos, distraí-me por umas horas ou por uns meses.
E depois? Quando olhei para mim, estava parecido com eles, com os meus queridos inimigos.
Com importância e afabilidade, interesse e respeito.
Com um lugar na vida e a ciência de que há lugares na vida.
Em veloz movimento e absolutamente inerte.
E Deus sabe que eu nunca fui assim.

Vasco Polido Valente, Retratos e auto-retratos (ensaios e memórias), Assírio e Alvim 1992


Comments:
que palavras... quase parece um requiem...
 
o cbs só partilha palavras assim nuno, tanto que (aqui para nós que ninguém nos lê) às vezes até fico sem jeito para as comentar.

hum... ok, menos quando fala de carros ;P
 
abraço aos dois :)
 
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