29.6.07
A boca
A boca não era boca que sugerisse beijos ou comida.
Não era boca de falar, de formar palavras, de cumprimentar.
Não, era antes a boca do próprio sexo da mulher, tinha a mesma forma, movia-se da mesma maneira – para nos atrair, para nos excitar, sempre húmida, vermelha e viva como os lábios de um sexo que se acaricia…
Cada movimento daquela boca tinha o dom de transmitir igual movimento, igual ondulação ao sexo do homem, transmissão feita como que por contágio directo e imediato.
Quando ela se movia, qual vaga prestes a enrolar e a tragar alguém, ondas iguais abalavam o pénis e o próprio sangue.
(Anais Nin, Little birds 1979)
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Esta sequência de posts, modernidade vs beleza do corpo, fazem lembrar-me o depoimento de Manoel de Oliveira sobre Agostinho da Silva, nos DVD's que o jornal O Público reeditou com as entrevistas na 2.
A determinada altura, Manoel de Oliveira, pergunta-se e pergunta-nos:
"
Entre ter beleza ou inteligência, o que é melhor?
"
Responde ele com algo do género:
"É a beleza"
Seres inteligentes, podem de facto destruir a beleza, o contrário parece-me improvável.
Estás em grande forma cbs, em grande forma.
Parabéns!
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A determinada altura, Manoel de Oliveira, pergunta-se e pergunta-nos:
"
Entre ter beleza ou inteligência, o que é melhor?
"
Responde ele com algo do género:
"É a beleza"
Seres inteligentes, podem de facto destruir a beleza, o contrário parece-me improvável.
Estás em grande forma cbs, em grande forma.
Parabéns!
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