21.12.06
A conversão que Bergson impõe ao espírito
kethinovart
A representação de uma multiplicidade de penetração recíproca, completamente diferente da multiplicidade numérica, racional é o ponto de partida aonde Bergson sempre retorna.
Ele volta incessantemente a uma representação de uma duração heterogénea, qualitativa, criadora.
Essa representação intuitiva, não racionalizante, pede ao espírito um grande esforço, a ruptura de muitos quadros mentais, é qualquer coisa como um novo método de pensar, porque o imediato, o dado imediato da consciencia, está longe de ser o que mais fácilmente se percebe; o nosso pensar é discursivo, é naturalmente mediato e não imediato.
Mas uma vez chegados a essa representação, e possuíndo-a sob uma forma simples (não confundir simplicidade com recomposição de conceitos) sentimo-nos obrigados a mudar o nosso ponto de vista sobre a realidade.
E vemos que o problema essencial da Filosofia, do pensamento de Kant, foi pensar o Tempo apartir do Espaço, dividindo-o em parcelas iguais e homogéneas.
Nada de mais irreal, esse tempo não dura, partamos dessa grande intuição a que Bergson designou por Duração, e os comuns mortais chamam Consciencia.
Comments:
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Isto há coisas...
na passada madrugada (em vez de me manter quieta e concentrada no trabalho) apercebi-me de uma realidade violenta em mim: por causa do tempo, claro! Pode ser expressa assim
- sabia que a minha relação com o tempo me traz sempre perto da loucura.
mas só hoje percebi que 19 anos são-me quase nada e a vida toda pode fruir-se numa semana. -
quanto à consciência... :)
Definitivamente, o tempo, para mim, jamais será parcela exacta... seja lá qual for a referência que para ele se use!
[quanto aos relógios... ah, pois, Esse tempo!... agora até sou pontual. talvez porque me fartei dos marcadores de horas ;) ]
[[extra, extra: passei por aqui à tarde, quando o próprio blog afirmava não estar disponível! ter sido convidado a deslocar-se! no tempo? no espaço? na rede, foi, por certo!]]
na passada madrugada (em vez de me manter quieta e concentrada no trabalho) apercebi-me de uma realidade violenta em mim: por causa do tempo, claro! Pode ser expressa assim
- sabia que a minha relação com o tempo me traz sempre perto da loucura.
mas só hoje percebi que 19 anos são-me quase nada e a vida toda pode fruir-se numa semana. -
quanto à consciência... :)
Definitivamente, o tempo, para mim, jamais será parcela exacta... seja lá qual for a referência que para ele se use!
[quanto aos relógios... ah, pois, Esse tempo!... agora até sou pontual. talvez porque me fartei dos marcadores de horas ;) ]
[[extra, extra: passei por aqui à tarde, quando o próprio blog afirmava não estar disponível! ter sido convidado a deslocar-se! no tempo? no espaço? na rede, foi, por certo!]]
mudámos prá nova versão do blogger... vamos a ver se não me arrependo.
prá já desconfigurou ali umas coisitas na barra lateral.
A consciencia, Maria, a consciencia é o primeiro dado imediato, a primeira intuição de que quase nem nos damos conta, de tão evidente que é.
Mas é conecimento directo, não mediatizado. Depois Descartes começou a mediatizar "penso, existo,..." e as coisas complicam-se.
O conhecer intuitivo é como aquelas imagens virtuais, que vêmos, mas quando as fixamos esfumam-se, quando intelectualizamos vai-se a magia.
Claro que a intuição, tal como a razão, engana-se... mas também acerta.
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prá já desconfigurou ali umas coisitas na barra lateral.
A consciencia, Maria, a consciencia é o primeiro dado imediato, a primeira intuição de que quase nem nos damos conta, de tão evidente que é.
Mas é conecimento directo, não mediatizado. Depois Descartes começou a mediatizar "penso, existo,..." e as coisas complicam-se.
O conhecer intuitivo é como aquelas imagens virtuais, que vêmos, mas quando as fixamos esfumam-se, quando intelectualizamos vai-se a magia.
Claro que a intuição, tal como a razão, engana-se... mas também acerta.
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