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La force des choses
10.3.06
 
Le Pouvoir Royale


Surpreenderá alguns, mas o Presidente mais não é, do que o herdeiro do Rei.

Foi Benjamin Constant quem primeiro falou num quarto poder do Estado - o Pouvoir Royale - acrescentando aos três de Montesquieu.

Esse "poder moderador" garantiria estabilidade aos outros três (Executivo, Legislativo e Judicial), através do apaziguamento em caso (e só nesse caso) de crises institucionais graves.
Essa é a sua essência nas constituições portuguesas, a partir da revisão de Agosto de 1919; é a minha leitura também.
Finalmente, ao décimo oitavo depois de 1910, houve um presidente que interpretou isto assim: ser árbitro e garante das regras, apenas.

Nunca o votei, mas aprendi a gostar dele, e contas feitas, estou-lhe grato pela isenção e sentido de Estado que demonstrou.

Jorge Fernando Branco de Sampaio, foi o melhor presidente português que conheci e mostrou como se deve exercer a função.
A Anibal Cavaco Silva, desejo saúde, e que se oriente pelo espírito de Sampaio, não pelo da “soberania de influencia” de Soares.
E tenho dúvidas, confesso.

Agora vou ver se durmo…


Comments:
"Quem dá aquilo que tem, a mais não é obrigado".

Penso que Sampaio tentou fazer sempre o melhor que sabia.
 
Discordei dele com Santana (não lhe dava posse) e com o procurador (já devia estar demitido).
Mas dou-lhe o benefício da dúvida a Sampaio; como ele diz "gostava era de os ver aqui sentados".

Portugal é um país de treinadores de bancada, Lusitano :)
 
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