Opinião
R.Smith
A identidade e a modernidade versus tradição são assuntos que me fascinam e sobre os quais tenho lido algumas coisas. Destas leituras retirei, que cada ser humano tem múltiplas identidades (parentesco, culturais, institucionais, ideologias, religiosas, etc.) que podem competir ou reforçarem-se. É em nome destas identidades que se construem guerras, e é em função delas que se alicerçam as fidelidades básicas: nós contra os outros, leia-se religião, raça, etnia e nacionalidade. Isto é especialmente verdade, se tivermos em conta, os conflitos em África.
Constatei, curiosamente, que a única vitória da crise do Iraque foi a mobilização internacional contra a intervenção Americana. De um momento para o outro, o mundo deixou de estar dividido pelas identidades ocidental e oriental, cristãos e mulçumanos, árabes e europeus. Ficamos unidos pela nossa humanidade , ou seja, ficamos a saber que somos seres humanos e essa é a identidade maior.
Afinal Gunther Grass tem razão quando diz que “A maior obrigação do ser humano é não ficar calado”
Etiquetas: castor
Quanto à matéria identitária: por norma flutuante, mas convicta, prefiro esticar o conceito e reconfigurá-lo num outro bem mais complexo: Identificação.
As Identidades dando lugar às Identificações sempre em curso.
A Humanidade é realmente a mais identidade profunda, mas esquecida em prol de identificações tantas vezes tão fúteis como mesquinhas.
Entretanto, concordo consigo relativamente à sua primeira frase (não penso que eu tenha dito algo em contrário)... o seu remate é que me pareceu um pouco embrulhado.
Um abraço e obrigada pela contra-argumentação. O La Force des Choses, como todos os bons blogues, valem por isto.
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