La force des choses
27.12.08
Que vai doer, vai
Mas cada vez tenho mais esperança na Crise, ou melhor, todas as minhas esperanças residem nela.
E porquê?
Uma, porque, como dizia algo premonitóriamente um radical, meu amigo: acabaram-se as bizantinices do neoliberalismo; especifico, prova-se não ser verdade que “na prossecução do próprio interesse - como que levado por uma mão invisível - cada indivíduo promove o interesse da sociedade de forma mais efectiva do que quando ele realmente tem intenção de o promover”.
Duas, porque a Crise pode mais do que a política, ou melhor, condiciona o Poder de forma absoluta, como um salutar vazar de maré deixa exposta a mentirocracia: um poder insidioso e subtil, da mentira disfarçada pela psicologia da propaganda, que às vezes também designam por marketing, de que o ultimo exemplo é o escândalo Madoff.
Três, porque, apesar desta crise ter uma dimensão nunca vista, e estar inserida num contexto global nunca experimentado, é igualmente válido afirmar que, nunca existiu tanto conhecimento, tanta experiência acumulada, tanto potencial tecnológico, para poder actuar nas várias dimensões do fenómeno social.
Em suma, a Crise global vai obrigar às respostas adequadas – mas Deus nos preserve do conflito extremo, tradição muito humana – porque é implacável com os erros; cada erro prolonga o sofrimento... acabaram-se as bizantinices.
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28.11.08
Da Crise

Quando o irreal desaparece através de um golpe de magia, só resta um Mandrake de serviço: o Estado.
É por isso que os apóstolos do mercado sem limites e do Estado enfezado se voltam agora para o grande Satã de há alguns meses.
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30.10.08
A tristeza do Ocidente

Por outras palavras, esbateu-se a ligação entre o modo de produção e o modo de protecção social – o Estado encolheu e os seus representantes “encolheram-se”.
João Caraça, Público 30-10-08
16.10.08

The Fed has a lot of tools, but it can't fix a primal human emotion: panic
(TIME magazine October 20, 2008)
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