19.5.07
O melhor
Já que quantidade (títulos e corridas ganhas) não é sinónimo de qualidade, se Schumi foi o maior, outro terá sido o melhor.
Ayrton Senna da Silva, um brasileiro de sorriso triste, é esse que é hoje universalmente considerado o melhor piloto de todos os tempos.
Não por mim, que sem lhe tirar o valor, já cá ando desde os tempos do grande mago de Mantua (Nuvolari). Mas mesmo eu, estou certo que Ayrton está no podium dos três ou quatro melhores de sempre... saber qual o do topo já é discutível.
Iniciou-se na F1 em 1984 na Toleman.
Campeão do Mundo três vezes com a Mc Laren (1988, 90, 91), com 64 poles e 41 vitórias em G.P.
Ayrton Senna morreu como viveu: na frente de um Grand Prix.
Aquela fragilidade, simultâneament tão humana e tão esotérica, aliada a uma fulgurante rapidez, quase surreal, gerou para sempre um carinho especial do público. Como falar então, objectiva e serenamente, de um homem a quem a morte precoce transformou num mito?
No dia 1 de Maio de 1994 no início da tarde, em todo o mundo, muitas gente começou a chorar como se tivessem perdido um ente querido.
O desaparecimento em 1968 de Jim Clark, que foi o Senna da sua época, não teve mais que umas linhas nos jornais. Recebi essa noticia pelo telefone… e dessa vez chorei eu.
Mas no nosso tempo a formula um transformou-se numa espécie de telenovela planetária; Senna matou-se em directo perante centenas de milhões de telespectadores.
Em 1985 venceu o primeiro Grand Prix em Portugal.
Ninguém conseguiu acompanhar o Lotus negro dourado na chuva do Estoril.
Colin Chapman disse que “quando ganhas o teu primeiro Grande Prémio, todos ficam logo teus amigos; mas quando ganhas o segundo, todos te passam a olhar como um rival”.
Senna tinha todos os talentos, menos um: não se sabia defender. E os adversários perceberam isso.
Quando Piquet largou, antes do GP do Brasil 1987, aquela tirada que ficou famosa, sobre Senna não gostar de mulheres, tentava desestabilizar o homem que lhe seria muito difícil de bater em pista.
E como respondeu Senna? Corou, balbuciou umas palavras imcompreensíveis, confusas, dizendo que Piquet era um bom camarada, ou algo semelhante.
Senna perdeu.
Comments:
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quanto ao post: tal e qual. O Senna e aquele McLaren... genial, brutal, memorável... aquelas voltas em Suzuka e no Mónaco... eu que tinha uns 4/5 anos nesses anos, naturalmente não me lembro vivamente, mas são as minhas primeiras memórias: a chuva em Suzuka e a água levantada e a luz vermelha na traseira... no 1 de Maio de 1994 fiquei horas sem falar...
sim, sim, eu sei... eu falava era das minhas memórias do senna :P a de suzuka na chuva é a mais antiga. aquela chuva no estoril lembrou-me, apenas isso :D
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