12.4.07
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eu preferia nao votar nada! e preferia que o resto dos portugueses nao votassem. mas se assim entenderem...
apesar de ser pró-constituição, tenho noção que não tenho acesso a toda a informação que preciso para poder ter um sentido de voto totalmente definido.
por essa mesma razão, e por vivermos numa república representativa e não numa democracia directa, não concordo de forma nenhuma com a existência de referendos, até porque o "povo" não tem formação suficiente para poder tomar qualquer decisão. Não que os nossos deputados tenham mais, mas pelo menos, se eles lá estão, foi porque eu pedi, através do meu voto, que eles me representem...
por essa mesma razão, e por vivermos numa república representativa e não numa democracia directa, não concordo de forma nenhuma com a existência de referendos, até porque o "povo" não tem formação suficiente para poder tomar qualquer decisão. Não que os nossos deputados tenham mais, mas pelo menos, se eles lá estão, foi porque eu pedi, através do meu voto, que eles me representem...
Claudette e Ivan
O problema da construção europeia tem-se complicado com aquilo que o prof. Adriano Moreira chama "politicas furtivas".
Claro que quem está pobre, como aconteceu geralmente com os paises aderentes, em especial os de Leste, quer entrar.
Claro que quem já está dentro não está interessado normalmente em alargamentos.
O não francês teve mais a ver com a adesao Turca e a politica interna, mas podemos juntar a isto a forma precipitada com que se tentou impingir o Tratado Constitucional.
Depois das adesões iniciais, (as de Leste são noutro contexto) e em especial após a moeda unica, destaram a fazer tratados, construindo a Europa, mas dando muito pouco cavaco aos povos, detentores da soberania (os politicos às vezes esquecem-se disso).
Agora, e após terem alienado soberanias (legitimamente, já deveriam ter consultado os povos), quiseram simplificar e resumir a parafernalia em que se tornaram (mais necessaria porque entraram os de Leste, duplicando as vozes nos orgaos institucionais) os tratados, com um novo fundacional a que pomposamente chamaram Constituição, redigido por uma pomposamente chamada Convenção (tavam a sonhar na revolução francesa).
E levaram na tromba dos Holandeses e dos Franceses, povos fundadores, que lhes abriaram os olhos, ao Conselho e à Comissão.
Ainda bem... estavam a precisar de perceber que o soberano não são eles, os politicos habilidosos.
Agora, torna-se urgente aprovar o Tratado, depois deste atraso.
Mas será isso razão para nao se fazer como se deve e até quebrar promessas?
Não acho que se devam banalizar os referendos, mas são válidos, é a democracia directa que tantos lastimam não acontecer.
E se há matéria que não pode mudar sem consulta popular é esta; não se devia tocar nos fundamentos sem aliar a vontade dos cidadãos, porque é neles que reside a soberania.
Votam não... azar o nosso e o deles, atrasamo-nos mais, mas é assim a Democracia, aceitar a vontade da maioria e ser transarente.
Utilizar as habilidades e aldrabices, vai recair sobre as nossas cabeças mais tarde (como aconteceu na Holanda e em França).
Não se mudam as regras a meio de um jogo.
Bom, chega e boas tardes
abraço aos dois
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O problema da construção europeia tem-se complicado com aquilo que o prof. Adriano Moreira chama "politicas furtivas".
Claro que quem está pobre, como aconteceu geralmente com os paises aderentes, em especial os de Leste, quer entrar.
Claro que quem já está dentro não está interessado normalmente em alargamentos.
O não francês teve mais a ver com a adesao Turca e a politica interna, mas podemos juntar a isto a forma precipitada com que se tentou impingir o Tratado Constitucional.
Depois das adesões iniciais, (as de Leste são noutro contexto) e em especial após a moeda unica, destaram a fazer tratados, construindo a Europa, mas dando muito pouco cavaco aos povos, detentores da soberania (os politicos às vezes esquecem-se disso).
Agora, e após terem alienado soberanias (legitimamente, já deveriam ter consultado os povos), quiseram simplificar e resumir a parafernalia em que se tornaram (mais necessaria porque entraram os de Leste, duplicando as vozes nos orgaos institucionais) os tratados, com um novo fundacional a que pomposamente chamaram Constituição, redigido por uma pomposamente chamada Convenção (tavam a sonhar na revolução francesa).
E levaram na tromba dos Holandeses e dos Franceses, povos fundadores, que lhes abriaram os olhos, ao Conselho e à Comissão.
Ainda bem... estavam a precisar de perceber que o soberano não são eles, os politicos habilidosos.
Agora, torna-se urgente aprovar o Tratado, depois deste atraso.
Mas será isso razão para nao se fazer como se deve e até quebrar promessas?
Não acho que se devam banalizar os referendos, mas são válidos, é a democracia directa que tantos lastimam não acontecer.
E se há matéria que não pode mudar sem consulta popular é esta; não se devia tocar nos fundamentos sem aliar a vontade dos cidadãos, porque é neles que reside a soberania.
Votam não... azar o nosso e o deles, atrasamo-nos mais, mas é assim a Democracia, aceitar a vontade da maioria e ser transarente.
Utilizar as habilidades e aldrabices, vai recair sobre as nossas cabeças mais tarde (como aconteceu na Holanda e em França).
Não se mudam as regras a meio de um jogo.
Bom, chega e boas tardes
abraço aos dois
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