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La force des choses
17.9.06
 
Já não há pachorra irmãos...


Je suis désolé, lo siento, ik ben droevig, sono spiacente, perdóname...
I don't wanna hear, I don't wanna know
Please don't say you're sorry
I've heard it all before


Bento XVI é um intelectual e não é parvo.
No dia 12, numa universidade alemã, citou a erudita “sétima controvérsia”, que opôs o imperador bizantino Manuel II “Paleólogo” a um sábio persa, em 1391, quando o Islão turco ameçava Constatinopla (aí o paralelo histórico).


A inteligente citação do Paleólogo vai direita ao âmago do fundamentalismo: “Mostra-me pois o que Maomé trouxe de novo. E não encontrarás senão coisas más e desumanas, como o direito de defender pela espada a Fé que prega”.
O imperador explica então que se “Deus não ama o sangue”, e a difusão da religião pela violência será sempre contrária à natureza de Deus.
Afirma que para convencer uma alma e a conduzir à Fé, não necessitamos do braço, nem de armas, nem de ameaças; basta-nos de falar bem e pensar com justiça, porque Deus se está para além da razão, nunca a exclui.
Mas o argumento decisivo contra a conversão forçada é este: “agir de forma não razoável e violenta é contrário à natureza de Deus”; será agir contra Deus em seu nome,... uma blasfémia.


Para um bizantino educado pela filosofia greco-romana o argumento é uma evidência.
O problema é que para uma religião fundamentalista, como é a maioria muçulmana actual (e também grupos cristãos e judeus), Deus é absolutamente transcendente e a sua vontade não está ligada a nenhuma das nossas categorias intelectuais, nem mesmo à da racionalidade.


O problema não é de ignorância ou irrazoabilidade do Ocidente ou do Papa; é sim de obscurantismo religioso fanatizado e manipulado por sacerdotes, únicos autorizados a interpretar Deus e o Livro (por isto que o Estado deve ser laico).
O "diálogo ecuménico" transformou-se numa conversa de surdos e o resto são estórinhas… já não há pachorra irmãos.

Comments:
Foi um discurso para os accionistas ... não disse nada de mal ... mas toda a gente entendeu!

Enervam-me este tipo de pessoas que são supostamente cultas e intelectuais, não medirem as palavras, principalmente agora que não precisamos de mais achas para a fogueira.

Eu queria vê-lo a viver na Palestina e a fazer declarações destas! A ter de ir buscar comida para os filhos e a falar desta maneira.

Desculpem-me, mas este tipo de gente enerva-me!
 
Peço desculpa (tá na moda :), amigo Lusitano, mas desta vez estou com o Bento.
segundo li, o sentido do discurso dele, era precisamente o de condenar o racionalismo materialista, dizendo que Deus não exclui a razão, mas a razão também não pode excluir Deus; e era dirigido ao lado Ocidental em tom de crítica.
Depois, dois ou três sumos sacerdotes islâmicos, sem se quer lerem o que ele disse, apenas porque se atreveu a dizer o nome de Maomé (em citação de frases de outrém, como acentuou) vai de incendiar as massas islâmicas.
Esses gajos sim, como o turco e a AlJazeera, essses é que deviam medir as palavras; e já agora ler o texto do Bento.

Pois o que me enerva é a manipulação maldosa feita "grandes muftis";
porque não vemos que aquilo é medieval no pior sentido?
porque atacámos tanto a ICAR, e agora, pelos mesmos motivos, desculpabilizamos aqueles velhos reaccionários?
onde nos vai conduzir toda esta desmedida, tolerancia para com as barbaridades, se a etiqueta for de Leste, intolerancia para com meras palavras (ainda por cima razoáveis), se a etiqueta for de Oeste.

Isto cansa, vou acabar a concordar com o Polido Valente :)
 
já agora, o que é que o VPV disse sobre o assunto?

A única coisa que li dele foi a desmontar o neo-colonialismo do homem branco que quer levar a democracia para o Oriente.

Vem na crónica de sexta no Público e transcrevi-a no Respirar o Mesmo Ar.


Isto não é nada. Não arranjem v.s também mais pretextos para legitimar a política de guerra e ingerência
 
está aqui a crónica. Era bom que o FNV que também gosta de citar mal o VPV a lesse.


"Por que razão o Ocidente durante 30 anos viveu com relativa tranquilidade e segurança sob a ameaça da URSS e da China e vive hoje com a permanente apreensão de um ataque terrorista? A pergunta é pertinente. E a resposta está na natureza do terrorismo. O "11 de Setembro", para dar o exemplo mais notório, foi uma operação artesanal, executada por um grupo heterogéneo de indivíduos, quase impossível de identificar e prender a tempo. Pior: nenhum Estado era obviamente responsável. Mesmo o Afeganistão se limitara a servir de "base" a Bin Laden e aos campos de treino do Al-Qaeda e, sendo essa "base" eminentemente removível, liquidar os taliban não resolvia, como não resolveu, o problema. A URSS, a China (e até Cuba) nunca tentaram atacar a América, porque sabiam de ciência certa o que viria a seguir. A Al-Qaeda contava com a sua intrínseca invulnerabilidade.
Nenhuma espécie de represálias de tipo convencional, militar ou outro, pode em definitivo acabar com o terrorismo muçulmano. Mas sem dúvida que represálias de tipo convencional podem dissuadir qualquer Estado de o fortalecer com armas de destruição maciça. Nem o Iraque de Saddam, nem a Síria, nem agora o Irão correriam o risco de um ataque drástico, pela conveniência táctica de ajudar a Al-Qaeda (ou uma seita semelhante). Para evitar uma catástrofe maior, o Ocidente não precisa de se imiscuir num mundo que não percebe e que, de resto, o odeia. Só precisa de tornar cristalino o que sucederá ao Estado ou Estados que se envolverem directa ou indirectamente em terrorismo biológico, químico ou nuclear.
A ideia de que o Ocidente deve promover a democracia ou a justiça é uma ideia colonial. Quando fala na "defesa da civilização" Bush repete à sua maneira os sermões da esquerda sobre o desespero e a pobreza das massas muçulmanas. Parece que "o homem branco" voltou a carregar o seu "fardo" e se prepara outra vez para reformar a terra. Felizmente, o "homem branco" já não quer reformar a terra, quer petróleo. Interessa ao islão (ou parte dele) vender petróleo e comprar tecnologia, interessa ao Ocidente comprar petróleo e vender tecnologia: e é bom que as coisas fiquem por aqui. Isto implica evidentemente inverter a política de Bush e Blair: da ingerência para a não-ingerência e de uma total tolerância interna (como em Inglaterra) para duras regras de cidadania. A confusão alimenta o terrorismo, a clareza contribui para o isolar e conter."

VPV, Público, 15,Set.
 
diz precisamente o que eu tinha lido quando o comentei no Respirar.

Ao contrário de muita gente o que ele defende é uma política interna mais dura. Menos porta-aberta na emigração. Fora isso quanto mais distância melhor.
Ísto é o oposto da defesa da guerra e da ideia de querer mudar os tipos.
 
por acaso é a essa parte do VPV a que me refiro, Zaz.
Parece de facto ser o caminho mais avisado e eficaz, o sugerido pelo VPV: deixar os outros em paz, fechar as fronteiras politicas e forçar o cumprimento das leis internas; em suma uma espécie de proteccionismo politico.

Eu não sou assim, não vejo virtudes no proteccionismo e prefiro a ideia do cosmopolitismo de Kant.
Aquilo que eu dizia era que, precisamente, começa a faltar-me a pachorra para estas inversões completas da razão, acompanhadas com grandes manifestações de indignação; e talvez acabe por me render ao VPV: não nos chateiem e deixem-nos em paz.

Mas zazie, duvido muito mesmo assim que tal seja possivel no mundo actual globalizado.
o comercio e a comunicação impedem essa estanquecidade politico-cultural.
O Islamismo radical transformou-se numa ideologia politica e uma das minhas grandes duvidas é se alguma retirada será possivel ao Ocidente, seja ela militar, politica ou cultural; qualquer retirada trará sepre os radicais religiosos atrás, eles até já cá vivem, e não nos largam enquanto não eliminarem ou converterem os cruzados blasfemos.
 
Há a ideia do VPV, aliás muito ocidental, de que a força se impõe sempre, diz ele "Para evitar uma catástrofe maior, o Ocidente (...)Só precisa de tornar cristalino o que sucederá ao Estado ou Estados que se envolverem directa ou indirectamente em terrorismo"

Mas até nisso tenho duvidas...
quem garante que o espirito religioso fundamentalista segue a razão (o ataque ao arguemnto do Papa até mostra o contrário) como pretende o VPV?
Aqueles gajos até se suicidam pra ir ter com as virgens... como esperar dali atitudes racionais semelhantes às que preservaram a paz durante a guerra fria?
 
onde é que o VPV fala em fechar as fronteiras?

Tu leste mesmo o texto ou estás a inventar?

Esta crónica não tem absolutamente nada a ver com a história do Papa.

Não percebi porque motivo disseste que te lembraste do VPV. Ele ainda não escreveu nada sobre o assunto.

E a razão nem vem ao caso. Isto é um exagero. Nem sequer houve reacções que permitam inferir alguma coisa.

Acho que são v.s quem faz a novela e mistura um clima de crispação por motivos bem reais de guerra com reacções a questões religiosas.

Não existisse tanta ingerência e tanta guerra e o que o Papa disse tinha ficado lá na faculdade.

Está tudo excitado e a propaganda faz o resto.

V.s nos blogues também fazem o mesmo. Aumentam tudo. Misturam alhos com bugalhos.
Aproveitam-se da menor coisa para fazerem comparações disparatadas.

Não têm pachorra? para quê?
Que querem fazer então?

Ninguém quer iliminar nada. Meia dúzia de mecos em meia dúzia de países disseram umas tretas. E o que aconteceu na rua aconteceu em territórios em guerra, em territórios em conflito por motivos que nada têm a ver com as religiões.

isso é que era bom de ver. Se os talibãs confundem as massas com a propaganda, v.s também não fazem menos. Esta foto, por ex. é pura propaganda.

Ninguém quer converter ninguém, O Papa deu-lhe para pegar no tempo das cruzadas e esqueceu-se que os media hoje em dia transformam tudo.

Ou não se esqueceu mas não mediu bem as consequências. E as consequências não são religiosas mas políticas e os motivos idem.


E tu afinal és a favor do quê?

da guerra contra os fundamentalismos na política externa e no multiculturalismo dentro de portas.

Até parece. Sempre que há guerra estás do lado dos atacantes intervencionistas e agora dizes que és a favor de porta aberta e tolerância interna?
Não parce. Quando foi dos cartoons pareceu-me bastante intolerância para quem se recebe entre portas.
 
Na verdade nem percebi se o próprio Papa tinha esta intenção deliberada. Não faz sentido.
Então tem viagem marcada para a Turquia e lembra-se do Manuel Paleologo que viajou pela Europa a tentar ajuda na luta contra os turcos?

ehehehe
se não foi gaffe foi uma das coisas mais loucas que um chefe relioso podia fazer nos últimos tempos.
Ele é um erudito. Aposto que a maioria das pessoas nem sabe quem foi o Manuel Paleologo ou o que sucedeu no Concílio de Constança.
Mas o Papa sabe. Os líderes religiosos islâmicos saberão alguns mas não acredito que seja por isso que reajam. Apenas pela crítica ao Maomé. E essa foi forte. Para os tipos o Maomé não é como para nós o Papa. E o clima geral anda tenso. Não me parece ter sido uma boa ideia, mas enfim. Também não me parece que tenha mais importância que a que lhe querem dar
(todos, v.s incluídos)
 
tu falas muito em islamismo radical e que se transformu em isto e mais aquilo. Mas o que nunca explicas é desde quando e a propósito de quê, esse islamismo radical apareceu agora.

E isso é que era bom. Porque os motivos são bem concretos e, se calhar, se estivesses na pele deles também te revias em muita coisa que aqui, confortável, não compreendes.

Apanhasses tu com chacinas como as que eles têm apanhado e queria ver quem era o mau da fita e se a fita não tinha outro nome mais terreno, mais racional, mais interesseiro, mais político.

Que isto de generalizações é fácil. É fácil dizer que "eles" são fundamentalistas e se matam para terem virgens no céu. Que são irracionais e selvagens e seres inferiores. Resta saber quem são "eles" e quem são os "outros" que assim não são.

Isto de generalizações tem sempre um tom tão paternalista, tão estupidamente pretencioso que quem não tem pachorra para tanto olhar empinado sou eu.
 
Até parece que descobriram o islão agora, no ano 2006...

como se o islão não existisse desde sempre. Como se o mundo tivesse existido sem eles e agora aparecessem assim de um dia para o outro. Até mete dó. Nem conseguem recuar mais de 5 anos na história das civilizações. Ou então, se recuam, é logo para darem o salto para Idade Média. Como se entre a Idade Média e o presente não existisse mais nada.

Nem 10 anos atrás vão. Nem 20 ou 30 para entenderem o que mudou.

Nada. Ficam-se pelas generalizações fáceis- são eles que são fanáticos e que deram agora em nos querer exterminar.

São ETs... não estavam cá. Desceram do alto dos céus direitinhos para dentro da fantasia histórica em que vivem...
 
Querem racionalidade?

pois então comecem por aqui. Pela mudança histórica no tempo de curta duração. Façam essa história. Pegem nos factos e depois, então venham lá as "teorias".
 
peguem
 
e essa de preferires o cosmopolitismo por oposição a menos política de porta aberta é cá uma coisa...

que grande descoberta. Cosmopolitas são as nossas cidades. Ou estás a imaginar o VPV a defender a expatriação de milhões de gajos nacionalizados para os seus países de origem?

deste conta do que disseste?

ehehehe
claro que o cosmopolitismo e´a forma de vida. E é dentro dele que podem existir políticas mais moles e de piores resultados e políticas mais realistas que evitem menos conflitos.

Para que é preciso meter o Kant numa treta destas tão simples?
 
Isto não é Kant versus Le Pen, meu. É Blair versus oposição e promessas de mandar para casa os milhões de ilegais. E são as leis que não se mudam por via de uma tradição liberal. È todo um sistema errado que sustenta estas bombas relógio dentre de nós. E aí, sim, pode haver razões para crises e problemas.
Não é lá longe, Não é nas caçadas de domínios geo-estratégicos. É cá dentro de portas. E é esta a contradição que o VPV apontou.

Chegou-lhes a superioridade do homem branco à cabeça. Querem-nos iguais entre portas e fora de portas. A bem ou a mal. Esta é que e a contradição da pretensão colonialista dos que acreditam que têm por missão "ocidentalizar" o mundo.
 
errata: "que evitem conflitos"
 
1. Onde é que o VPV fala em fechar as fronteiras? Tens razão Zazie, não falou nisso, e eu exagerei. Mas eu estava a falar em sentido figurado e político (não comercial), porque parece-me que o VPV sugere mesmo uma separação mais rígida entre os estados e isso implicaria mais restrições nas fronteiras.

2.Porque motivo disseste que te lembraste do VPV?
Precisamente por isso. Porque a falência do idealismo (cosmopolita) leva irremediavelmente ao realismo, à separação das águas.

3.Está tudo excitado e a propaganda faz o resto.
Mas quem vejo mais excitado são os chefes islâmicos, a rua islâmica.
“V.s nos blogues também fazem o mesmo” Vocês? Zazie és tão teimosa, que desisto de me chatear com isso; passas a vocês também 
Refuto completamente é a ideia de excitação, nisso vocês levam-nos a palma 
 
4.Não têm pachorra? para quê?
Pensei que tinha explicado, mas já agora repito:
I don't wanna hear, I don't wanna know
Please don't say you're sorry
I've heard it all before
As desculpas só têm sentido quando há razão e mesmo aí repetir desculpas atrás de desculpas cada vez que se abre a boca deixa de ter sentido. É estúpido.

5.Que querem fazer então?
Apenas exprimi a opinião de que o Papa foi razoável e as reacções daquelas bestas não.
Tenho que propor alguma acção? Porquê para quê?
Proponham vocês se quiserem, olha segue o Valente.

6.O Papa deu-lhe para pegar no tempo das cruzadas
Por acaso, quem está sempre a falar em cruzadas é por exemplo a Al Jazeera. É a esses que te referes quanto a excitação e propaganda
 
7. Afinal és a favor do quê?
Da guerra contra os fundamentalismos na política externa e no Multiculturalismos dentro de portas.
Sou contra os fundamentalismos e a favor dos multiculturalismos, dentro e fora de portas; sou contra as portas fechadas; aceito que é preciso fecha-las, quando a segurança a isso obriga; sublinho que a ideia de fechar a porta implica aceitar que existe, senão um estado de guerra, pelo menos insegurança.

8. Sempre que há guerra estás do lado dos atacantes intervencionistas e agora dizes que és a favor de porta aberta e tolerância interna.
Sim, tens tido razão, mas por partes:
No ataque ao Iraque (segunda guerra) aceitei a coisa; hoje parece-me um erro (mas não tenho a certeza, fica descansada) mas principalmente por causa da mentira e da violação do direito internacional.
No Líbano aceitei a coisa e considerei uma armadilha do Irão a Israel (sublinho que até o Chomsky considerou irresponsável os raptos, porque era espectável uma reacção violenta de Israel); hoje mudei, aquilo que me mostraste, e mais umas coisas, fizeram-me suspeitar de um plano de guerra ao Irão, e condeno totalmente a demolição brutal do Líbano.
Sublinho no entanto que Israel conseguiu empenhar a “comunidade internacional” e agora estão lá todos; vamos ver, estavam tão reticentes, a começar pelos pais da coisa, os franceses.
E aqui repito uma coisa que tu não entendes; só se colocam forças de interposição com força que os dois lados respeitem e não vai ser uma tropa fandanga, sem unidade de comando nem regras de empenhamento iguais que se fará respeitar; a força da ONU não passa de uma quimera e por isso falei da NATO, que para além dos americanos é a única que consegue ter eficácia e já nem chega no Afeganistão.
Estou cada vez mais em desacordo tanto com a estratégia de guerra americana de guerra ao terrorismo, como com a estratégia soft-power europeia. E vejo um conflito entre culturas duradouro, aquilo que vocês não querem ver, mas que a globalização tornou inevitável; não teria era de ser assim, mas se me perguntas que faria, não sei, não sou como vocês que têm resposta para tudo… não sei.
 
9.Quando foi dos cartoons pareceu-me bastante intolerância para quem se recebe entre portas.
Não percebo onde está a intolerância quando se diz que é precisamente a tolerância que está em jogo, e se diz também que a evidente intolerância está, como agora com o papa, naqueles que saltam logo para os media a incendiar as massas islâmicas que julgam manipular.

10. Para os tipos o Maomé não é como para nós o Papa.
Mas devia ser. Se obrigam a pedir desculpa por se criticar o intocável profeta, porque não respeitam o Papa que é o representante do Deus cristão.
Quem se sente agredido não deveria ter a mesma sensibilidade com os outros. Olha, a mim incomoda-me é que queimem esfinges do Papa, e estou-me completamente nas tintas que façam caricaturas ao Maomé. Não posso é convocar 100.000 gajos ali prá Praça de Espanha para queimar a Mesquita.

Se as bestas corânicas continuarem na senda do ódio, não te admires que um dia suceda.
 
10. "Nunca explicas é desde quando e a propósito de quê, esse islamismo radical apareceu agora"
Não preciso de explicar a História desde o Matusalem para ver a evidencia: existe fundamentalismo religioso, não só islâmico, e é sempre contra a Modernidade; acontece que hoje são os islâmicos e não os mormons ou as testemunhas de Jeová, os poderosos porque têm petróleo e porque são muitos.

Que são irracionais e selvagens e seres inferiores
Não, não são nada irracionais e são até muito gentis, com eles próprios como se vê quando fazem justiça islâmica.
Pois tens razão, os paternalismos e pretensiosismo são tão estúpidos que não há pachorra; tinhas-me perguntado para quê, tens aí a resposta.
 
11. "Como se o mundo tivesse existido sem eles e agora aparecessem assim de um dia para o outro"
Essa é porreira, porreirissima lol
Estive um mês a fazer posts sobre a história da Palestina e vens-me tu com essa de que não entendo nada.
Zazie, fiz umas quantas cadeiritas de História, não te preocupes, mas o que mete dó é essas pretensas explicações de quem nasceu primeiro, se o ovo, se a galinha, para justificar a estupidez bossal com que se manifestam; ao lado dos “Grandes Muftis” de hoje, qualquer papa medieval faria figura de intelectual.
 
12. "Querem racionalidade?
Pois então comecem por aqui.
Pela mudança histórica no tempo de curta duração"
É pá, se sabes coisas dessas manda; não percebo nada das acelerações da História ou lá o que é? Se vocês têm factos que mudam teorias, vá e chutem.
Quero ouvir essas explicações racionais para a irracionalidade fundamental.
Como vês não há aqui pretensão nem empinar nenhum, declaro a minha ignorância e o desejo de aprender.
 
13. "Preferires o cosmopolitismo por oposição a menos política de porta aberta é cá uma coisa...que grande descoberta. Cosmopolitas são as nossas cidades"

Mas qual descoberta qual quê, só disse que prefiro a porta aberta, mainada.
Mas ao contrário do que julgam o cosmopolitismo não é um fenómeno urbano, não é haver gente de muitas raças tudo ao molhe, não basta, é mais que isso… isso também são as cidades de quase todo o mundo actual até na China…talvez seja conveniente portanto ler o Immanuel Kant, talvez… e se não percebem isso, não percebem nada do mundo actual, herdeiro das ideias dele sobre as relações entre as nações a começar pela ONU e a acabar no Direito Internacional, passando pelas convenções de Genebra e pelos acordos comerciais que deram origem à OMT.
Está lá Kant em tudo, desde a treta simples á complicada.
São as nossas sociedades que são cosmopolitas, as nossas Ocidentais, não outras, e são-no porque a opinião pública pesa, pode mesmo abater governos, condenar guerras, e obrigar a retiradas como a do Vietname.
É a isso, que não existe na Síria nem na China, que me refiro, como um poder dos cidadãos sonhado por Kant para controlar o poder das repúblicas.
E a sociedade cosmopolita implica trocas culturais não compatíveis com espaços estanques e sociedades viradas de costas. Parecia que o VPV se referia a cada macaco no seu galho, mas vocês sabem sempre tudo (e o paternalista empinado sou eu, loool)
 
14."Isto não é Kant versus Le Pen, meu.
É Blair versus oposição e promessas de mandar para casa os milhões de ilegais.
E são as leis que não se mudam por via de uma tradição liberal.
È todo um sistema errado que sustenta estas bombas relógio dentre de nós"

Isto é Kant versus Hobbes, idealismo versus realismo, a "sociedade de Estados" sob o direito versus a “anarquia internacional” sob a força.
E tantos os neocons americanos como os novos nacionalistas teocráticos (a noção de Islão não passa de um nacionalismo alargado) se opõem à ordem internacional cosmopolita sob a égide da ONU; daí a não reforma do conselho de segurança, daí a sua substituição pelos G7-G8-G não sei quantos, verdadeiro conselho de segurança marginal, mas detentor do poder real.
È Zazie, vocês podem falar de esquerda, direita, neocolonialismos e imperialismos, daquilo que vos apetecer, mas o quadro internacional do mundo de hoje rege-se não por essas categorias ultrapassadas, mas por uma globalização que queira-se ou não vem desencadeando conflitos entre o universal e o particular, entre um projecto ético optimista de uma sociedade civil internacional (Kant e a ONU) e nacionalismos endurecidos, religiosos ou neoliberais, acentuando o fundamentalismo de valores (religiosos ou liberais) que induzem uma dinâmica de “desfiliação universal” e de filiação particularista, totalitária (Islâmica) ou individualista (Neoliberal) assumindo um estado de natureza entre estados, também chamado “anarquia internacional” e que no fundo é a lei do mais forte anterior a 1945.
Chamarem “superioridade do homem branco” ao desejo de igualdade universal entre cidadãos e estados parece uma contradição dos termos, não?
Superiores julgam-se as bestas que no Darfur designam os negros por “escravos”, e não vejo onde poderemos aprender com eles a noção de igualdade ou de tolerância.
Falam muito de História, muito da civilização, do pretenso farol da civilização que foram, mas de certeza que não são os de agora, os de hoje lembram mais a brutalidade e selvajaria daqueles a que chamavam cruzados; pois é, as designações inverteram-se e hoje os cruzados usam um crescente na bandeira.
Ignoro se no século XII entre os muçulmanos também existiriam objectores às conquistas do Saladino, compreensivos para com a Cristandade em Jhiad.
 
Boa noute Zaz ;)
 
ena pá, tanta teoria quando a coisa é mais básica.

1- O Kant e VPV

É uma maluqueira. A experiência multiculturalista do Kant há-de ter sido bué de grande. Aquilo em Koninsberga no séc xviii era pior que a rua àrabe. Chinocada e lojas de 300 a cada esquina, pretos e monhés a dar com um pau.. realmente o Kant é mesmo o exemplo vivo de quem soube o que é "cosmopolitismo"

2- Cosmopolitismo nada tem a ver com multiculturalismo. Multiculturalismo é uma ideia esquerdalha que defende o impossível- a vivência num todo harmonioso sem limites de entrada.

3- O resto, a história recente e as prioridades das coisas recomendo-te uma leitura de nºs de mortos islâmicos nos últimos 5 anos.

O Dragão tem lá uns bons links. São fontes oficiais.

Depois de vermos quem tem andado a invadir quem. Quantos milhares de islâmicos têm sido abatidos à conta de internvencionismos, falamos.

Até lá a única coisa que este post e outros idênticos feitos pelos nossos neo-cons é apenas esta-

V.s invertem a ordem dos factores de tal modo que até parece que a desejam.

Não existia cconflito de civilizações. Havia e há guerras de invasões.

Não existia nenhum plano ou ódio entre civilizações mas parece que anda tudo mortinho para que ele aconteça.

Porque o mais que fazem é trocar a ordem dos factores encobrindo a responsabilidade bélica na mortande que têm feito naquelas paragens.

Este exemplo apenas devia servir para pensarmos nisso.
Não para se reagir tão pavlovianamente como alguns ignorantes árabes.

Que foram mínimos, cujas reacções nada têm de importante nem notório.

Mas v.s, à vossa maneira, sem serem vítimas de nada como eles até são também não funcionam de forma inteligente.

O que fazem?

Ligam o computador e dão expressão aos instintos mais básicos de aversão pelo desconhecido.

E metem umas carantonhas histéricas do papão que habita nas vossas cabecinhas irracionais.

Apenas isto. Parece que as querem, parece que desejam mesmo um conflito civilizacional por efeito de tanta novela dos media.

Ou apenas para ilibarem a má consciência por andarem a apadrinhar tanta chacina no Médio Oriente.
 
e bom dia, cbs

";O)

E olha que tens de contar mais coisas dessa vivência multiculturalista do kant

eheheheh


nunca saiu da parvónia onde vivia

":O))))
 
já agora, para não se deturpar o que penso.

É claro que o Papa pode dizer o que bem entender numa comunicação erudita no Faculdade.

Nunca me passaria pela cabeça atacar o Papa pelo que disse.

Mas daí a fazer a novela que v.s fazem, também vai muito.

Acho até que o Papa é bem mais inteligente que os chefes de Estado.

Viu que os media espalharam a coisa e tratou de pedir desculpa.

E fez muito bem. O que menos precisamos é de pretextos para aquilo que AINDA NÃO EXISTE

E É BOM QUE NÃO SE FORCE A BARRA PARA QUE VENHA A EXISTIR.

- a saber-

o choque de civilizações.
 
quanto à tua leitura sociológica de Kant e mais do Hobes de dessa tralha toda que não vem ao caso mas que entope a cabeça para o pensamento mais simples tenho apenas a dizer isto.

V.s,. com tanta teoriazinha na cabeça e zero de experiência de guerra e de conflitos mundiais, aqui fechadinhos no jardim à beira-mar, fazem-me lembrar aquela boca dos anarcas:

"acabemos com o racismo, pintemos os pretos de branco".

É isto que querem- a tal igualdade à força, a tal dissolução da diferença-

pintem os islâmicos de ocidentais, talvez poupem tantas chatices e se sintam mais em casa ao ver o telejornal.
 
já agora, hoje sim, é que o VPV escreveu sobre o assunto.

Ainda que concorde com ele acerca da leitura do que o Papa disse e do sentido dela num ambiente intelectual, não concordo com a conclusão que retira.

Não basta dizer que o Papa não devia ter pedido desculpa e que pior para o islão se não compreende.

Porque não é o islão que não compreende- e´o mundo que anda com crispações a mais para que haja pretextos inúteis.

Fez bem em pedir desculpa. O Papa não tem apenas responsabilidade intelectual perante os cristãos. É um intermediário de Paz no mundo.

Este factor é bem mais importante que tudo o resto. Seria insensatez seguir a lógica da afronta só porque o sr. VPV também acha que o islão é uma civilização perdida e inferior.

Mais perdida e mais inferior são os canibais e os papuas e lá por isso não temos o direito de os apagar da face da terra.
 
Aliás, como disse o Dragão, perdido deve andar o Papa com um rebanho trocado

ehehehe

Dão-lhe mais importância os islâmicos e ouvem com mais atenção os seus discursos que os católicos

":O))))
 
mas desta vez destapaste e cara do teu ódio ao islão e deixas aqui a síntese dele nestas tuas palavras:

"Se as bestas corânicas continuarem na senda do ódio, não te admires que um dia suceda.

Olha lá, dá lá então um palpite ao que as não bestas sionistas e as não bestas neo-cons ainda precisam de fazer para retirarem o tal ódio ao islão?

- Diz lá quantos mais é preciso exterminar.

Força!

- Quantas guerras, quantas mais invasões de Afeganistões e Iraques? quantas mais destruições de Líbanos?

- Quantas Gazas?

- Quantos Abu Grahib?


- Quantas Guantanamo mais precisamos, nós todos, as não bestas ocidentais de criar noutros 4 anos para que o ódio islâmico se atenue?


Ora responde lá a esta.

Parece que vamos no bom caminho "kantiano", não parece?

Estamos todos cada vez mais parecidos, não estamos?
 
Zaz tu dispersas tanto a conversa que apartir de certa altura se perde mesmo o fio à meada. Apartir de certa altura é irrelevante pegar nesta ou naquela questão, porque vem tudo num rol… e no fundo já há que tempos nos percebemos um ao outro, até já nos repetimos.
Por isso não tem sentido nenhum estar a chover no molhado, já sabes que quero que o terrorismo islâmico se …, já sabes que não peço desculpa, já sabes que não renego a América, a Europa, nem Israel… não metes na cabeça que também os critico, não metes na cabeça que sou humilde, nunca empertiguei o pescoço e não sei tudo.

Eu já sei que não gramas américas, que não podes com judeus, que percebes tudo de História e achas que os outros não vêem népia, que discutes como se existissem os choque de civilização em que depois não acreditas, que achas que é tudo excitação e propaganda anti-islãmica nos media e nos blogues, mas depois quem mistura alhos com bugalhos (como o Kant e as lojas dos trezentos), faz comparações disparatadas (como aquela de pintar pretos de branco) e se excita em trinta mil comentários, és tu…
 
Maluqueira é dizerem que não sei nada do assunto, que nada explico e nem 5 anos consigo recuar na História das civilizações, que falo muito em racionalidade e ao mesmo tempo achincalharem a História, denegrirem o maior filósofo que o mundo conheceu, e nem perceberem que mais de metade das instituições em que vivem não surgiram do nada, surgiram de ideias utópicas, também consideradas teoria barata quando foram ditas, mas que conseguiram quase o impossível que hoje existe: um fórum para todos os estados falarem, um sítio onde o verbo supera a lei da força, aquilo que quase todos os “realistas” de meia tigela que escrevem por esses pasquins acham sempre inatingível, para defenderem a teoria do “cada macaco no seu galho”.
Sabem lá vocês quem foi o Kant, leram o quê dele, sabem ao menos como viveu, ouviram-no a falar com o prussiano, ouviram falar da paz perpétua? Não têm noção nenhuma do direito internacional nem do processo que o fez surgir, mas arrogam-se a falar nele quando lhes convém, só quando lhes convém.
Nem percebem que estão ao nível dos neocons que criticam. Usam a propaganda quando convém, tudo o que é noticia da bestialidade americana, toda a corrupção de generais israelitas, até chegam a dizer que o prémio Nobel não vale nada porque o Hitler e o Mussolini foram nomeados; mas se for o Arafat já está certo, se a imagem convém então mostrem-se as feridas do Líbano, as casas e as mulheres aos gritos… tadinhos…
Pois é, não há pachorra, já não há pachorra para tanto pedido de desculpa, já não há pachorra para tanta ameaça, tanta conversa de padreco islamita a excomungar jornalistas, a ameaçarem que nos soltam o Inferno em cima.
Se o grande Satã quisesse, se fosse tão odioso como eles são, poderia ele sim soltar-lhes um inferno como nunca imaginaram… mas contam sempre com o beneplácito dos sicários do politicamente correcto.
 
A verdade é que meio Ocidente vive no medo, tem medo, e também já não há pachorra pró medo… estou-me marimbando, farei o que for preciso para me defender, mesmo que vocês os valentões, me acusem de falcão mariquinhas, digam que nunca vi um canhão, quero lá saber. Duvido que sejam menos cobardes que eu, pelo menos eu sei que um cobarde só se descobre em frente da morte… já vi. È aí que veremos quem é sissi… será no Líbano que veremos quantos mortos os valentões europeus são capazes de encaixar, até chamarem de novo os judeus ou os américas como fizeram nos Balcãs (outra guerra em que os “outros” tinham toda a razão, mesmo quando chacinavam civis em campos de concentração).
E não têm apenas medo de explodir, os ocidentais europeus, não têm só medo de bombas atómicas e biológicas; têm medo de falar e chamar os bois pelos nomes.
Tem medo de acusar em voz alta o Islão, a religião islâmica, a Montanha sagrada.
Tem medo que lhes chamem racistas e reaccionários se o fizerem; por gente que nem sabe o significado das palavras, ou pelos próprios racistas árabes.
Porque hoje podemos denegrir cristãos, budistas, judeus, hindus…
Podemos achincalhar padres católicos e acusá-los de pedófilos sejam ou não. Podemos caricaturar Cristo na cruz, colocar preservativos no nariz do Papa, queimar o boneco na rua.
Mas na Europa dos direitos, multicultural como vocês dizem, se um muçulmano não dirigir a palavra a uma mulher, se obrigar a obrigar tapar-se de preto, se cuspir num homossexual, aí tudo bem, temos calma e compreensão para com o crocodilo.
Transformaram-se nos novos intocáveis da Terra estes filhos de Alá, no Islão não se toca.
 
"destapaste e cara do teu ódio ao islão e deixas aqui a síntese dele nestas tuas palavras:"Se as bestas corânicas continuarem na senda do ódio, não te admires que um dia suceda"

O caminho que a história está a tomar vai aumentar o racismo e a xenofobia, nãoi duvides.
e nesse dia vou estar do lado dos desgraçados que quiserem escorraçar e linchar.

Porque refuto em absoluto essa do ódio ao Islão (seria como apelar aqui ao teu ódio ao judeu :)
eu não odeio ninguém e muito menos o Islão decente e tolerante, aquele que está a ser esmagado pela s bestas corânicas.
Se algum ódio eu tiver é aos intolerantes e aos tótós que os desculpam
 
isto é baril...
gsotava de ter mais tempo prá discussão Zaz, mas acabas por ganhar por falta de comparencia :)))

ando à rasca, e escrevo tão devagar
 
tu falas muito mas não respondes a nada de concreto.

E o concreto é que tu INVERTES A ORDEM DAS COISAS.


1º temos a política de agressão feita pelos EUA e pelos sinonistas com apoio europeu (nos últimos tempos- Invasão do Iraque), depois

estão as reacções de meia dúzia de gatos pingados.

Por isso nem respondo ao teu testamento. Podes ter estudado muita coisa mas pensar não requer cabeça cheia de tralha.


Não tens pachorra? pois se fosse a ti arranjava-a. Eles também a têm tido. O melhor mesmo é arranjar-se pachorra para eles e ter menos pachorra para com as políticas de mortantade que se tem andado a fazer nos ýltimos 5 anos.


Por isso. repito:
dizes:
"Se as bestas corânicas continuarem na senda do ódio, não te admires que um dia suceda.

Olha lá, dá lá então um palpite ao que as não bestas sionistas e as não bestas neo-cons ainda precisam de fazer para retirarem o tal ódio ao islão?

- Diz lá quantos mais é preciso exterminar.

Força!

- Quantas guerras, quantas mais invasões de Afeganistões e Iraques? quantas mais destruições de Líbanos?

- Quantas Gazas?

- Quantos Abu Grahib?


- Quantas Guantanamo mais precisamos, nós todos, as não bestas ocidentais de criar noutros 4 anos para que o ódio islâmico se atenue?


Ora responde lá a esta.

Parece que vamos no bom caminho "kantiano", não parece?

Estamos todos cada vez mais parecidos, não estamos?

E olha que podes botar para aí os testamentos que quiseres e puxar dos galões dos teus estudos históricos e políticos que eu vou repetir-te sempre estas perguntas.

Acredita.

Daqui para a frente, meu caro cbs, contigo é assim.

Estás farto? não gostas? queres mais agressão para eles mudarem? é isso, queres legitimar o ilegitimável com as tuas fantasias de armagedões?

Pois olha que é à custa de políticas e paranóias como as tuas que eles podem vir antes de tempo.


Quem semeia ventos colhe tempestades.
 
tótós são v.s todos que acreditam que o islão tem um plano para nos invadir. Que acreditam em toda a propaganda neo-con.

Tótós perigosos. Mais perigosos que eles, lá isso são.

São v.s que apoiam todas as achas para a fogueira. Não são os neutros como eu.

Acredita. Mais me incomoda um histérico com fantasias de invasões fundamentalistas islâmicas que um gajo de rua que se indigna por tanta humilhação que o seu povo tem vindo a sofrer.

São v.s que as estão a pedir.

São políticas tótós de tótós intervencionistas na terra dos outros e multiculturalistas dentro das suas casas os grandes responsáveis.


A v.a lógica é como a do dono da casa que entrega a chave a estranhos e vai combater os parentes dos hóspedes nas terras deles.

Um dia quando voltar é capaz de se admirar por lhe terem tomado a casa...
 
também já não há pachorra pró medo… estou-me marimbando, farei o que for preciso para me defender,


tu pura e simplesmente da única coisa que precisas de te defender é aqui dos meus ataques virtuais.

Cai na real, meu. És tuga, sabes lá o que é o islão ou guerra.

Tens medo?
de ladrões? de ETs?
do armagedão?

Não tens medo? então na boa, barrica-te em casa mas não faças como o Luís que também se borra de medo e me trancou os comentários

loooooooooooolll

":O)))
 
quanto a "nem saber quem foi o Kant ou nunca o ter lido, dispenso comentários. Se te respondesse eras capaz de ficar entupido...

Não entro nessa. Na de chamar estúpido e ignorante aos outros.

Não preciso.

A única coisa que está aqui em questão é o fundamentalismo islâmico e como e donde apareceu ele agora e como lidar com ele.

Mais nada.

O Papa soube o que fazer. Assim o soubessem os políticos.


Não és capaz de fazer a única pergunta inteligente que dispensa todas as ditas formações filosóficas.

Porque reagem os tipos assim?

Porque acontece isto agora, no ano de 2006 e não acontecia há 5 anos atrás? nem há 6, 7, 8, 9, 10, por aí fora?

Porquê?

O que aconteceu entretanto?

Têm os tipos algum motivo real para acharem que são atacados ou as suas crenças postas em causa?

nenhuns? quantos países deles foram invadidos nos útlimos 5 anos?

Quantos mortos têm eles entre si nos últimos 5 anos?

És capaz de responder a isto e ainda teres a lata de dizer que "nós" é que estamos a ser ameaçados?

Que merda de metafísica é essa que prescinde da realidade e só vê fantasmas a nascerem do nada?

Que merda de metafísica é essa que acha que o caminho que se afigura está perigoso e não consegue identificar que esse foi a caminho traçado pelos agressores?

Quem começou?

Quem invadiu quem?

quem anda a matá-los para os converter à boa democracia?

Quem acha que valeu a pena a ~invasão do Iraque independentemente dos mortos e das consequências porque sempre se deitou abaixo um tirano?

Queres que eu faça copy paste do que escreveste no Cocanha?

dos teus idealismos kantianos que se comovem muito com estas quedas de tiranos em prol da democracia e do multiculturalismo kantiano?

E que depois não vê um boi à frente nem percebe de onde vem o malvado do fundamentalismo?

e que diz que não tem pachorra mas afinal quer o quê?

O que é que achavas que o Papa devia ter feito, já agora?

Que não fosse diplomata?

Que pusesse as paranóias deles acima da missão pela paz no mundo?

Querias mais uma guerra?

Ou apenas uma coisa mais básica-

a saber:

limpares a consciência no apoio a tanta guerra e esticares o dedo e dizer: "estão a ver como eles mordem?

Pois, o cigano também deixou de dar comida ao burro e no fim concluiu que um burro sem comer morre.

Aqui podia-se dizer que v.s são como o tipo que espezinha o cão sempre que se cruza com ele e um dia é mordido e conclui que os cães são animais que mordem o próximo...
 
olha-me para esta tua conlusão e vê lá se alguem é capaz de entender alguma coisa:

"O problema não é de ignorância ou irrazoabilidade do Ocidente ou do Papa; é sim de obscurantismo religioso fanatizado e manipulado por sacerdotes, únicos autorizados a interpretar Deus e o Livro (por isto que o Estado deve ser laico).

ai sim deve ser laico. Ok. E se não for? o que fazem? laicizam-no à bomba? é isso?

2- O "diálogo ecuménico" transformou-se numa conversa de surdos e o resto são estórinhas… já não há pachorra irmãos.


Que c***** de diálogo ecuménico é que foi posto em causa por uma cena tão soft como esta?

O Papa foi ameaçado de morte?
ou isto é apenas um jogo de força diplomático?

Porque motivo, se o diálogo já não existe à custa das vossas paranóias, os tipos até ficaram contentes com a reacção do Papa e oficialmente até condenaram alguns actos de paranóicos (como a morte de um freira?

Não estás a exagerar?

Acabou-se o diálogo ecuménico?

Assim em 24 horas?

Por obra e graça do Manuel Paleólogo?

Só resta o v. diálogo de guerra?

É isso?

é esse o tal caminho que vês pela frente e para o qual até já andas a treinar karatê?

ehehehehe

Querias um Papa à la Bush. Bombas nos tipos a ver se aprendem o diálogo ecuménico...
 
"Não entro nessa. Na de chamar estúpido e ignorante aos outros"
Se calhar achavas que devia aceitar tudo o que te passa pela cabeça, e sabendo um minimo História e relações Internacionais ficava caladinho a dizer que sim como aqueles cães de loiça no traseiro dos automóveis; se não explico é porque não percebo, se explico tou a puxar dos galões, devia arrancá-los não... fazes tu isso?
Mas tu de facto não fazes outra coisa senão chamar ignorante aqueles que não vão ao sítio que queres, fazes outra coisa Zaz, cada vez que discordas a tua reacção (e não a minha) é sempre, sempre esta:
"Até mete dó. Nem conseguem recuar mais de 5 anos na história das civilizações. Como se entre a Idade Média e o presente não existisse mais nada. Nem 10 anos atrás vão. Nem 20 ou 30 para entenderem o que mudou.
Nada.
Ficam-se pelas generalizações fáceis"

"nem saber quem foi o Kant ou nunca o ter lido, dispenso comentários. Se te respondesse eras capaz de ficar entupido..."

Olha eu não ficava entupido se tu soubesses o que dizes; as obras de Kant estão aí, é só ler...
mas aquilo que dizes só se explica se não tiveres lido; quem afirma que não precisa de Kant para explicar as relações internacionais, que ele não fazia ideia do "cosmopolitismo" (creio que até inventou o termo) e ainda vai de comparar a Koenigsberg prussiana do séc. XIX com uma parvónia cheia de lojas dos 300...

Quanto à tua palavra final e à teoria islamico-complacente de que "Quem semeia ventos colhe tempestades" apraz-me responder-te com o teu ídolo:
"a rua islamica ... começou rápidamente com a usual campanha de ódio..." ÓDIO, diz ele, o exagerado, lol
"Não podia pedir (desculpa). Nem pelo incidente fabricado pelo FANATISMO (repara que ele não recrimina o Papa) e a ignorancia"

Pois vocês deviam pôr-se de acordo primeiro, ou bem que há ódio ou bem que não há e é tudo inventado pelos "sissi hawks" de serviço, eheheh...

Zaz:
falas muito mas não respondes a nada de concreto e o concreto é que tu INVERTES A ORDEM DAS COISAS.
tal e qual...ahahah
Saude e fraternidade rapariga (aprendi esta com o Masson :)

PS: e escusas de tentar porque não fecho a caixa de comentários a ninguém, e muito menos a ti ":o)))
 
cbs,

passo.

Ficaste histérico e não dizes coisa com coisa.

Se é para me chamar anti-americana primária e ignorante em filosofia ficas a falar sozinho.

Não te respondo a isto porque eras capaz de ter uma surpresa.


Repito a única coisa válida que poderia haver nesta história:

INVERSÃO DA ORDEM DOS ACONTECIMENTOS:

aqui está em que consiste a tua inversão.

Dizes que existe o fundamentalismo mas não explicas o que leva ele.

E eu digo:

1º temos as políticas intervencionistas, depois temos estas reacções.

Que não são nada e que só têm interesse se quisermos perguntar a nós próprios de onde vêm. De onde nascem. O que as motiva.

Mais nada.

Repito-te apenas os bons exemplos das "não bestas" ocidentais:

.........
Olha lá, dá lá então um palpite ao que as não bestas sionistas e as não bestas neo-cons ainda precisam de fazer para retirarem o tal ódio ao islão?

- Diz lá quantos mais é preciso exterminar.

Força!

- Quantas guerras, quantas mais invasões de Afeganistões e Iraques? quantas mais destruições de Líbanos?

- Quantas Gazas?

- Quantos Abu Grahib?


- Quantas Guantanamo mais precisamos, nós todos, as não bestas ocidentais de criar noutros 4 anos para que o ódio islâmico se atenue?


Ora responde lá a esta.

Parece que vamos no bom caminho "kantiano", não parece?

Estamos todos cada vez mais parecidos, não estamos?

..
ai sim, os estados devem ser todos laicos. Ok, muito bem. Quem fala assim não é gago.

E se não forem? o que preconizam? laicizam-no à bomba? é isso?

Não estás a exagerar?

Acabou-se o diálogo ecuménico?

Assim em 24 horas?

Por obra e graça do Manuel Paleólogo?

Só resta o v. diálogo de guerra?

É isso?
Querias um Papa à la Bush. Bombas nos tipos a ver se aprendem o diálogo ecuménico...


E é assim cbs, não vou responder às tuas provocações patetinhas. Se quiseres até sou capaz de reptir contigo e dizer que sou uma anti-americana primária, uma ignorante em filosofia, uma burra que nunca leu Kant aos 15 anos; uma anti-semita. Tudo o que quiseres.

Mas as minhas perguntas que dispensam os galões permanecem.

E hás-de apanhar com elas até te entrarem na cabeça

":O))))

Diz lá o que é que o Papa fez de errado e o que devia ter feito em prol da civilização ocidental.

E conta lá de onde vem esse fundamentalismo islâmico, esse armagedãozinho?

debaixo da cama. Cá para mim é de onde ele vem.
Da cama que fizeram e onde se hão-de deitar
 
mas fizeste aí uma pergunta que merece uma resposta:

"explico é porque não percebo, se explico tou a puxar dos galões, devia arrancá-los não... fazes tu isso?"


Quando é que tu me viste na blogosfera ou noutro lado qualquer, puxar de galões?
Quando?

Que galões ou formações ou saberes, ou diplomas ostento eu?

onde?

Quando?


é que esta é que é a questão em que nunca me hão-de envolver. Nunca. Tenho profundo desprezo por quem precisa de se armar aos cucos a puxar de galões académicos para travar um diálogo com outrem.

Profundo desprezo.

Quanto mais não fosse porque é ridículo ir buscar formação académica para debater questões que até uma criança de 5 anos era capaz de entender.
 
e só não te respondi à treta do Kant por 2 motivos:

1- Porque é inútil neste contexto.

2- Para te poupar com a resposta.
 
Ó pá!.... esta é boa
Quando é que te vi puxar de galões?

Zazie menosprezar completamente a opinião do outro (como por exemplo a ridiculização das referencias a Kant, ou outras em que és recorrrente), presumir a ignorancia do interlocutor, também se pode chamar puxar dos galões, ainda por cima sem os mostrar.

mas quem falou em galões foste tu e como de costume, levantas uma questão e perante uma resposta nos mesmos termos invertes o discurso... não fui eu que falei em galões.
Repito é que sei um minimo de história para não aceitar um desprezo absoluto do estilo : nem 5 anos consegues andar para trás.
Não tem ponta por onde se pegue até porque leste os posts que fiz sobre a Palestina (não leste?)

E já que falas em desprezo, depois não digas que fui eu; digo é que essa maneira de discutir desvalorizando o outro é de uma tremenda presunção (e sem razões visíveis para além da diferença de opinião); a presunção é a redução do outro, assim não há diálogo há empurrões... será por isso que às vezes parecemos surdos, ás vezes fico com a impressão que nem me lês a resposta...

Mas comigo não há problema, que convivo muito bem com os desprezos alheios precisamente porque tenho a humildade de mostrar quem sou, o que sei e o que não sei,.. não há cá confusões.

Nota bem que não estou a dizer que tens falta de transparencia; digo é que tens arrogancia na conversa e isso é que lixa um bocado as coisas (isso é que devias desprezar)
 
"Mas as minhas perguntas que dispensam os galões permanecem.
E hás-de apanhar com elas até te entrarem na cabeça"
Nem vou responder... quero-te aqui mais vezes ":O)

"E é assim cbs, não vou responder às tuas provocações patetinhas"
e com quem aprendi eu as patetices, Zaziezinha, adivinha lá? ":o)))

ah, e deve ser por teres lido o Kant aos quinze anos que já não te lembras;
eu cá foi depois dos 50 e lembro-me bem
(toma lá mais uma provocação pateta :)
 
ficaste biruta

devo ter-te tocado numa qualquer corda sensível que me ultrapassa.

A verdade é que nunca consigo perceber o que dizes.

Foges sempre às questões. Desvias para coisas que não vêm ao caso.


Aqui, fazes um post armagedónico, não consegues explicar absolutamenta nada do que escreveste e muito menos legitimar a politica belicista que defendes e depois deste para meter o Kant a martelo.


Que se há-de fazer...

Tens aí as minhas perguntas e tens muitos mais leitores com quem dialogar.

Por mim passo. Admito que não te entendo. Admito que nunca percebi a ponta de um corno do que dizes serem as tuas ideias.

Até porque num dia tens umas, no dia seguinte tens outras.
Num dia dá-te para defender a guerra do Iraque e toda a política intervencionista, no outros fazes postes a citar o Chomski e a recomendares-me o tipo que é um dos maiores anti-americanos (neste caso até a dar para o primário).

Passo, cbs. Não gosto de transformar as coisas em ajustes de contas ou pessoalizar em excesso os debates.

Tens aí as perguntas a que não és capaz de responder. E as minhas perguntas, ao contrário das tuas respostas ao lado, nada têm de pessoal.
............

volto a repetir as perguntas para que se entenda que não venho para aqui com tretas parvas ou pessoais.

Não saí do teu post. Peguei nele e fiz-te perguntas concretas.

São básicas.

1- De onde vem o fundamentalismo? como aparece agora? nasceu do nada?

2- como pensam que o islão se torna menos fudamentalista? com mais Abu Grahibs e Guantanamos, mais invasões e genocídios para mostrarmos que somos todos bárbaros?

3- Com mais paranóias e exageros para legitimar mais políticas de agressÃo até que acabem por ter motivo para se queixarem.


Apenas isto.

Achei que o que o Papa disse não teve nada de especial. Ainda por cima no contexto académico em que foi feito.

E achei também que, nem as reacções são caso para inventar armagedões nem o Papa é um Bush.

Teve sensatez suficiente para deitar água na fervura.
Foi inteligente.

A sua principal missão no mundo é promover a Paz.


Aqui estão os meus insultos que tanto te apoquentaram.

Aqui está aquilo a que não respondes e desvias para tretas que não têm nada a ver com o assunto.
 
Querida Zazie

Começa porque não me ofendeste nem eu disse isso… até disse ao contrário que, eventuais desprezos me não ofendem… onde viste eu dizer que me ofendeste?

“Num dia dá-te para defender a guerra do Iraque e toda a política intervencionista, no outros fazes postes a citar o Chomski e a recomendares-me o tipo que é um dos maiores anti-americanos”

Ora, nunca me viste defender a guerra no Iraque, por acaso fi-lo mas antes de bloggar, tu nunca viste isso.
E há quanto a essa perplexidade em relação á minha suposta contradição, só tenho a responder que talvez tal prove que não sou cego, como dizes, que não vejo nem ouço só um lado, como dizes, que não sou maniqueísta e tenho dúvidas… concordo com o Chomski muitas vezes e não é por isso que tenho de ter necessariamente a mesma opção.

“Não gosto de transformar as coisas em ajustes de contas ou pessoalizar em excesso os debates. E as minhas perguntas, ao contrário das tuas respostas ao lado, nada têm de pessoal.”

Na, aí não me parece, as tuas perguntas e a forma como falas só não são mais pessoais porque disfarças com o “vocês” que gostas tanto de usar, e que já te disse e repeti que não tem sentido comigo. Mas ok, passamos a falar por “nós” com “vós”, ok… nem percebes que não aceito que me classifiques, tal como não classifico os meus interlocutores… mas ok falamos “nós” todos, mais o Chomski, lol
Zazie tudo o que te queixas é um reflexo de ti própria, desculpa, não estou a gozar e respeito-te, mas reflecte lá, és tu que tens esse tipo de diálogo personalizado… digo isto com sinceridade e sem nenhum empertigamento, porque Zaz sei que não sou nenhum inteligente, sei que nada sou, não te preocupes :)

Mas voltando à questão; quando te convém nunca percebes o que eu digo.
Queixas-te de mim, mas agora sou eu é que te digo, haja paciência!

Pois se digo no post “armagedónico” que o papa não ofendeu ninguém, que o que ele disse foi que fundamentalismo é irracional, por propor a violência (no que concordo), digo que a reacção é fanática e não há que pedir desculpas, que estou farto da mesma cena - falar, ofensa, desculpas.
Tá lá escrito no post e por mero acaso o teu guru VPV diz praticamente o mesmo.
Chamas então a isto um post “armagedónico”.

Se fujo às questões é outra coisa, talvez de facto não responda a todos os teus comentários.
Não tenho mais ninguém pra dialogar, é verdade, mas tu fazes as vezes de dez ou vinte, lol… e também não respondes a tudo o que te ponho (ainda não respondeste à história do ódio e fanatismo escritas plo VPV…também é armagedónico?)
Mas por acaso até numerei e respondi ponto por ponto, desta vez; nem a uma te respondi a direito? É azar…
 
“Tens aí as perguntas a que não és capaz de responder”
Nem vou argumentar que isto só remotamente tem a ver com o post, se fizesse assim sempre, tinha que voltar ao Adão)
Bem lamento, cada uma dava um post, mas vou pela via mais fácil, vou à Wikipedia, lol

De onde vem o fundamentalismo?

O termo "Fundamentalista" (usuli) existe no Islão desde há séculos, a palavra designa no sentido tradicional apenas os académicos da ilm al-usul, a ciência que se dedica ao estudo do fiqh (direito islâmico).
O académico anglo-americano especialista no Islão Bernard Lewis caracterizou o termo como infeliz e enganador, uma vez que ele foi usado originariamente no Cristianismo.

Lewis chama a atenção para o facto de no Islão não ter havido até agora alguém que manifestasse dúvidas na origem divina do Corão (com uma excepção famosa dos Versos satânicos, e ao contrário da Biblia) e desde logo todo muçulmano, ou seja, seguidor do Islão, de acordo com a definição estrita, é um fundamentalista.

Sayed Abul Ala Mawdudi nos princípios do século XX na Índia, e no Paquistão defendia a criação de um estado islâmico que aplicasse a charia, (a lei islâmica), como interpretada pelos conselhos Shura, fundou a Jamaat-e-Islami em 1941 e foi o seu líder até à sua morte em 1972.

As ideias de Mawdudi influenciaram fortemente Sayed Qutb no Egipto que foi um dos principais filósofos do movimento da Irmandade Muçulmana, iniciada em 1928 e que foi banido (mas que continua a existir ilegalmente) após confrontações com o presidente Egípcio Gamal Abdul Nasser.
A irmandade muçulmana (fundada por Hassan al-Banna) defendia um regresso à charia por causa daquilo que era por eles percebido como a incapacidade de os valores ocidentais assegurarem a harmonia e a felicidade dos Muçulmanos.

Uma vez que apenas a providência divina poderá levar os humanos a serem felizes, segue-se daqui que os Muçulmanos deveriam evitar a democracia e viver de acordo com a por Deus.

A Irmandade foi um dos primeiros grupos a invocar a jihad contra todos aqueles que não são seguidores do Islão.
Al-Banna dizia que "as terras muçulmanas foram atropeladas e a sua honra manchada.
Adversários seus tomam conta dos seus negócios e os ritos das suas religiões deixaram de se estender apenas aos seus próprios domínios, para não falar da sua impotência em espalhar as convocações (abraçar o Islão)"

Os movimentos fundamentalistas islâmicos desenvolveram-se durante o século XX em reacção a vários acontecimentos.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a dissolução do Império Otomano, alguns muçulmanos sentiram a sua identidade religiosa ameaçada pela influência das ideias ocidentais, como consequência do domínio económico e militar dos países ocidentais.
Durante a década de 60, a ideologia predominante no mundo árabe era o Pan-arabismo que punha menor ênfase na religião e se empenhava na criação de um estado secular socialista, inspirado mais no nacionalismo árabe que no Islão.
Vários governos baseados no nacionalismo árabe debateram-se muitas vezes com problemas de estagnação económica e conflitos sociais.
Alguns muçulmanos culpam os males das suas sociedades no influxo de ideias "estrangeiras".
Um regresso aos princípios do Islão é percepcionado por eles como a cura natural.

Um tema islamista persistente é que os muçulmanos são perseguidos pelo ocidente e outros estrangeiros.
Neste fundo geral, as ideias fundamentalistas desenvolveram-se em diferentes cenários
Arábia Saudita – Wahhabismo
Afeganistão – GIA , Frente de Salvação Islâmica
Egipto – Gama'at Islamiya
Palestina- Hamas
Líbano – Hizballah
Sul da Ásia – Jemaah Islamiyah (Índia, Paquistão, Bangladesh, Sri Lanka, Cachemira, Sudeste Asiático)
Filipinas – Moro Islamic Liberation Front
Internacional – Al-Qaida

tá giro não tá? ehehe
 
cbs,

o que tu não tens é mais ninguém que te dê troco.

E eu, para este peditório já dei.

Entraste num estilo hipócrita que não me agrada.

Não me agrada a força da fraqueza e não tenho por hábito entrar em insultos fáceis e catalogações caricatas das pessoas com quem debato na blogosfera.

Fica bem

(essa do "teu ídolo- VPV; essa do teu Arafat que desculpas, essa do teu ódio aos judeus vêm tarde a más horas.

Eu pelo menos sou honesta e digo o que tenho a dizer na altura.
Não guardo nada. Não tenho rancores.

Não me agrada essa deturpação para vender o meu peixe.

Nem vendo nada. Apenas gosto de debates honestos e este não foi.

Disseste agora o que andas a guarda há muito. Foste sonso.
 
2- Como pensam que o Islão se torna menos fundamentalista? Com mais Abu Grahibs e Guantanamos, mais invasões e genocídios para mostrarmos que somos todos bárbaros?
3- Com mais paranóias e exageros para legitimar mais políticas de agressão até que acabem por ter motivo para se queixarem.

Zazie, tenho uma duvida na pergunta 2, onde é que houve genocídios?
Bem, tendo em conta que a 3 se insere na 2, devo responder-te que não sei ":o)

mas parece-me assim à priori, parece-me que há um problema com o Islamismo; nem todos são terroristas óbviamente, mas todos os fundamentalistas são islãmicos, o que coloca sob suspeita todos os cidadãos honestos e pacificos; foin um favor que os extremistas lhes fizeram.

Por outro lado parece-me que terá de haver restrições á migração, controlo dos que estão cá, e cooperação com os governos conservadores àrabes (ditaduras ou não) porque como primeiros ameaçados têm todo o interesse nisso.

Não me perguntes pelas guerras, não sei... mas também não sei se são sempre o caminho errado. Tu achas que não, mas eu sinto-me em guerra, numa guerra especial,mas em guerra.
Dirás que não, que não se sentem as bombas, mas olha Zaz, há quarenta anos este país também não sentia lá muito e estavamos em guerra, não estávamos (já sei que provávelmente achas a comparação estupida, mas vê lá se entendes).

Entretanto se tu souberes como combater o fundamentalismo agradeço que digas, devolvo-te a pergunta.
E digo-te já que não acredito na receita "porta fechada" do VPV, mas isso sou eu...
 
"o que tu não tens é mais ninguém que te dê troco"
olha que problema Zaz, olha que problema

"para este peditório já dei"
essa também é boa, queixas-te do outro te cortar o pio e agora dizes-me que estiveste a fazer-me o favor de me aturar


"Entraste num estilo hipócrita que não me agrada.
Não me agrada a força da fraqueza"
Não Zaz, entrei no teu estilo que plos vistos também não te agrada, é chato quando nos falam da mesma forma, não é?
Não percebi se queres dizer fraqueza ou franqueza, mas não interessa.
Não te cataloguei nem insultei mais do que tu o fizeste comigo, tenho a consciencia sonsa mas tranquila.

Precisava de ver se te aguentavas com o teu próprio estilo, já vi.
Eu não falo assim com ninguém, foste tu que me pediste para o fazer

fica bem também Zazie
 
A citaçâo está bem e também as palavras:“Mostra-me pois o que Maomé trouxe de novo. E não encontrarás senão coisas más e desumanas, como o direito de defender pela espada a Fé que prega”.
Mas eu, como advogado do diablo diría entâo: Mostra-me o que a Inquisiçâo aportou a religiâo?
que se o Papa fez insinuaçôes ou quis fazer "chamados de atençâo" ao Islamismo atual, bem seja Político, Cultural ou religioso, que veja ele primeiro o passado da Igreja de Roma. Os trapinhos lavan-se em casa, mas eu nâo vou lavar os trapinhos do vizinho só porque sou o Papa e tenho Poder e Direito !

Bye
 
Em linguagem popular: eu nâo vou atirar pedras ao vizinho se tenho teto de vidro, ok?
Agora sim, um abraço e Bye
 
Corrijo meu comentario de cima: Eu nâo vou dizer-lhe ao vizinho que "lave seus trapinhos" lavo eu os meus em casa primeiro...
 
Luis Enrique
como já disse acima "o sentido do discurso dele, era precisamente o de condenar o racionalismo materialista, dizendo que Deus não exclui a razão, mas a razão também não pode excluir Deus; e era dirigido ao lado Ocidental em tom de crítica"
A citação não passa de um parágrafo num discurso extenso, pode ter sido infeliz (eu acho que não) mas não se dirigia ao Islão e muito menos atacava alguém.
Apenas acentuava algo com que todos concordamos: a guerra santa é irracional e contra Deus, para quem for crente.

Não há lugar aqui a ir buscar as inquisições, o papa não as negou, mas se assim fosse, se tivessemos sempre que olhar para a nossa "roupa suja" antes de criticar o vizinho, nunca poderiamos condenar a "roupa suja".

e repito aquilo foi um discurso académico defendendo a ligação da razão à fé e da fé à razão, nada mais.

um abraço Luis
 
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