Depois dos erros cometidos em meio século de embuste colectivista (erguido sobre o sangue de inocentes à conta do regresso à fraternidade), era inevitável que irrompesse a grande vaga liberal.
Teria, no entanto, sido possível evitar que servisse de instrumento à destruição dos Estados.

E a forma das multinacionais gerarem e acumularem o capital necessário à (sua) globalização causa roturas devastadoras.

Global é a mentira de uma “sociedade de emprego” que já não existe mas que ainda nos faz andar a toque de caixa;

Global é a mentira de uma “economia de mercado” (dela sou adepto) que também já acabou e deu lugar a uma economia virtual, especulativa e manipulada pelos cultores da rentabilidade;

Global é a chantagem do discurso Neo-liberal “optimista”, mas no fundo calculadamente pessimista, que nos aprisiona às suas cabalas e nos deixa a todos, de Norte a Sul, num beco sem saída.

Os actuais líderes europeus já sabem dos crimes que a actual mentira global comporta, e essa consciencia torna-os cúmplices daqueles que dirigem o Casino.
Mas resta ainda a esperança na dignidade pessoal, nos homens da “velha Europa” que está fraca, mas que se perder o medo, talvez volte a lutar…