A lição de Maquiavel
"Il Condottieri" de Antonello da Messina 1475
Ler "O Principe" faz-nos ver claramente, que o espírito do Homo Politicus não é moral, pois para ele só os fins contam, justificando quaisquer meios.
Claro que, em podendo e para não perder a face, será cuidadoso, camuflado; mas quando chega o momento crucial, o que conta é o "fim", não o "como".
"Todos serão tratados com ternura ou, sendo isso impossível, imediatamente eliminados"
Foi esta a lição de Maquiavel, e não inventou nada, apenas nos mostrou como é a realidade nua e crua... para nossa vantagem futura.
"Pois o homem que queira professar o bem por toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons."
É esta questão: politica e ética, não se conjugam por natureza.
E no entanto, o Cristianismo e o Budismo quiseram mudar esta relação; mas, diria eu, com uma condição prévia: não ter poder.
Quando a moral, qualquer que seja, ganhar poder coercivo, irá sempre impor-se e com isso transformar-se em fanatismo.