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La force des choses
10.4.06
 
Vantagens Comparativas: a aplicação errada de uma teoria verdadeira

O Princípio da Vantagem Comparativa postula que um país pode beneficiar com o comércio mesmo que seja mais eficiente do que os outros na produção; Cada país beneficiará com a especialização na exportação dos bens que produz com um custo relativamente menor;
Inversamente, cada país beneficiará se importar os bens que produz com um custo relativamente maior;

O comércio beneficia todos os países.
É este princípio que fundamenta a Organização Mundial do Comércio (OMC/WTO) e o quebrar das barreiras no Comércio Internacional.

Acontece que Maurice Allais recebeu o Prémio Nobel de 1988 precisamente por desenvolver esta Teoria das Vantagens Comparativas. E é ele próprio quem denuncia a aplicação errada pela OMC.

Diz Allais que a teoria - inicialmente apresentada por Ricardo em 1817 na obra “On the Principles of Political Economy” – não permite concluir que o livre-cambio generalizado à escala mundial seja positivo, porque:


a) O modelo teórico assenta numa hipótese: a estrutura dos custos comparados (funções de produção) não varia ao longo do tempo.
É assim nos recursos naturais – por exemplo, a vantagem comparativa dos países produtores de petróleo em relação à Europa manter-se-á no futuro previsível – mas no domínio tecnológico as vantagens não são constantes.
Por isso, o desaparecimento de competências de produção – como os têxteis ou a construção naval – pode vir a revelar-se uma desvantagem futura.

b) Mesmo quando existem vantagens comparativas de carácter permanente, pode ser prejudicial investir em especializações para politicas liberais.
O liberalismo comercial teria levado ao desaparecimento da agricultura europeia devido às vantagens comparativas permanentes dos Estados Unidos, Austrália ou Argentina.
Mas tal foi considerado indesejável sociológicamente e politicamente, por comprometer a independência da UE em bens alimentares (daí a famigerada Politica Agrícola Comum).

c) O Liberalismo negligencia completamente os custos de transição, e os custos psicológicos (importantes na economia) provocados por falências e desemprego.

d) A observação empírica como a análise teórica, mostram que as vantagens obtidas pela melhoria da produtividade, sob pressão da concorrência externa, são geralmente sobrestimadas.

e) A liberalização do comércio não pode funcionar eficazmente em condições instáveis; exige um quadro institucional (económico e politico) comum e estável.
Os países do terceiro mundo, não cumprindo regras sociais e ambientais a que se obrigam as empresas nos países desenvolvidos, estão a praticar de facto concorrência desleal; é a questão do”free trade” versus “fair trade”.

f) A política de globalização da OMC, aceite pela União Europeia, só tem sentido para conjuntos regionais (ou grupos de países) com desenvolvimento económico semelhante, senão alguns vão morrer do remédio.

Allais pensa que a desregulamentação do comércio foi longe demais e demasiado rápida, estando aí a raiz do problema económico europeu.
Não discordando das vantagens do Comércio Internacional, para o chamado terceiro mundo, afirma contudo que
nenhum país pode sacrificar a sua Liberdade, a sua Cultura e Direitos Humanos por um acréscimo do rendimento nacional.
Comments:
Esta é mais uma prova (embora desta vez com um peso substancial) de que os governantes não resistem à fama imediata, ou pelo menos porcuram-na. Predomina o particular sobre o geral...

Muito interessante esta análise do Maurice Allais
 
A forma como se processa a globalização das economias é extremamente vantajosa para as multinacionais apátridas, relativamente vantajosa para a China e alguns países em desenvolvimento na Àsia fundamentalmente, e extremamente desvantajosa para a Europa.
A maioria dos grandes economistas está de acordo, mas por acaso são pagos pelas multinacionais.
Maurice Allais prega no deserto, mas com autoridade.
 
só levo daqui informação preciosa... :-)
 
é tudo o que desejo...
:)
 
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