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La force des choses
27.4.06
 
Para uma ideia de Europa : Os Habsburgos

A Espanha e a Austria representadas pelas duas cabeças da àguia;
uma olhando o Ocidente, a outra o Oriente.


No século XVI as duas situações em que os homens mais reflectiram acerca do que significa ser europeu são a turca e a americana.

No século XVII torna-se importante um terceiro factor, a do conflito politico no interior da própria Europa (guerra dos Trinta Anos)
A oposição a monarcas poderosos e ambiciosos (o Sacro Império) toma a forma de uma acusação de que estes tentam dominar a Europa.

Por volta de 1550 um italiano descreveu Carlos V como “futurus… totius Europae dominus” (futuro senhor da Europa).

Os planos para a união dos estados da Europa tornaram-se menos orientados contra os turcos e mais contra os Habsburgos.
Exemplos são “Le Grand Dessein” de Sully e o plano proposto pelo monge francês Emeric Crucé no seu livro "Le Nouveau Cynée".

Peter Burke, O Mundo como teatro, Difel 1992


Comments:
É muito interessante este pequeno estudo (estes três tempos/três posts) sobre a ideia da Europa. Na verdade, em qualquer um destes três momentos é o confronto entre povos que marca as Eras. É curioso porque hoje mais do que nunca creio que nos estamos a aproximar dessa fase de viragem, que dará lugar a uma nova Era. Desejo apenas que esta fase não seja muito violenta... Temo que todas as pessoas em todos os tempos, desejaram o mesmo que eu... :-)
 
É sempre o contraste entre os outros o nós que vai delimitando as identidades, ma maior parte das vezes com violencia e intolerancia, daí os nacionalimos.

A ultima grande força que moldou a Europa foi a cortina de ferro, que excluindo metade, dava uma fronteira a Leste.
Caído o muro, com o alargamento, todo o processo europeu perdeu força e coesão irónicamente (como uma panela de pressão a que se tirou a tampa).

Um dos campos onde a diferença "nós e os outros" tem hoje grande aplicação (contrariando um ideal desportivo) é no futebol; daí as erupções de emoções, os sentimentos fascizantes perfeitamente visíveis nas claques.
Estamos aí no campo da Antropologia, recomendo-lhe "a Tribo do Futebol" do Desmond Morris.
 
o futebol, se me permite, situa-se cada vez mais num espaço que não tem rigorosamente nada a ver com o ideal desportivo. Ao que parece não será um desporto que entre nas olimpíadas por questões relacionadas com o dopping; contudo parece-me que há uma série de outras questões, relacionadas com os comportamentos quer fora, quer dentro do campo que deveriam pesar nesta decisão.O futebol é o melhor exemplo de egoísmo que há no desporto; o ideal desportivo nada tem a ver com isto. O futebol não é um desporto, é um negócio.

Obrigada pela sugestão. Vou tomar nota.
 
Não sabia que o futebol já não era desporto olimpico, em tempos foi.
Mas o desporto actual, pelo emnos o grande dsporto, é todo espectáculo, dinheiro e agessão.
Por isso embirro com os mourinhos, mas tenho de aceitar que sem aquele espíriot de combate é difícil vencer hoje.

O desportivismo é chão que já deu uvas :)
 
:-)
 
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