1.11.05
Do urbanismo pombalino
SNIG.IGEO
Após o terramoto de 1755, que destruiu quase totalmente a parte baixa da cidade, as decisões de reconstrução de Lisboa, segundo novo plano, colocaram dois tipo de problemas.
De ordem cultural na escolha do modelo de cidade a adoptar.
De ordem técnica e de gestão no que se refere aos processos de reconstrução, reparcelamento e reestruturação do cadastro.
O plano escolhido de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, organiza ambas as questões: traçado ao gosto da época, mais influenciado por um racionalismo iluminista que pela exuberância do Barroco; sistema de “quarteirões” que permite a operação fundiária e de gestão financeira da reconstrução da cidade.
A configuração e dimensão do quarteirão pombalino afasta-o do sistema tradicional utilizado na época.
O quarteirão é estreito, constitui quase um bloco edificado com um “saguão” ou vazio interior.
Para esta imagem concorre também a regularidade e repetição das fachadas, a estandardização de vãos e elementos construtivos e a altura uniforme dos edifícios, que aumentam a sensação de bloco edificado.
Na realidade o quarteirão é dividido em lotes e edifícios uniformes, quase iguais, numa disciplina arquitectónica raras vezes conseguida.
Raramente se terá obtido unidade tão completa entre urbanística e construção, entre cidade e arquitectura.
O quarteirão da Baixa Pombalina anuncia também as potencialidades de modificação em favor do edifício (bloco) peça única e geradora da malha urbana.
Embora falte a sequência de exemplos que permita assegurar esta interpretação, pode-se encontrar determinada assimilação do quarteirão ao bloco, num sentido de modernidade que volta a surgir mais tarde na pesquisa morfológica do séc. XX.
O quarteirão da Baixa é, antes do mais, o elemento por excelência da composição urbana, no volume, cércea, dimensão e estrutura arquitectónica.
A Baixa Pombalina constitui um marco importante na história do urbanismo clássico, já pela dimensão da intervenção, já pela situação de reconstrução da cidade, já pelas características físicas e morfológicas do seu plano.
José Ressano Garcia Lamas, 1988, Morfologia urbana e desenho da cidade
Comments:
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Q boa a foto de cima, mas não consigo distinguir qual é a Praza Marques de Pombal para procurar a rua Rodrigo da Fonseca.
:)
pá, sóse vê a zona do vale da Baixa entre a Praça do Comércio em baixo e o Rossio em cima; o Marquês fica fora e vista.
abraço
pá, sóse vê a zona do vale da Baixa entre a Praça do Comércio em baixo e o Rossio em cima; o Marquês fica fora e vista.
abraço
Creio que é posterior ao incendio.
Podem ver-se alguns edifícios claros , caso do cotovelo da rua do carmo, que devem estar reconstruídos.
Sinceramente, não sei onde há mais; meti a primeira que encontrei.
Podes lá ir pelo endereço que está sob a imagem.
abraço Chute
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Podem ver-se alguns edifícios claros , caso do cotovelo da rua do carmo, que devem estar reconstruídos.
Sinceramente, não sei onde há mais; meti a primeira que encontrei.
Podes lá ir pelo endereço que está sob a imagem.
abraço Chute
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