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La force des choses
18.9.05
 
Fora de moda

Maria São Miguel

Desafiou-nos o JPN há tempos para catar palavras-silencio.
Palavras que não possam ser pronunciadas sem que se sinta um enorme silencio escavado no seu interior.

A Teoria da Comunicação ensina-nos que cada palavra (significante) transmite ideias (significado) e que à combinação de ambos chamamos signo.
Por sua vez, à combinação de signos utilizada numa transmissão chamamos código, e a comunicação só existe se o receptor souber descodificar a mensagem do emissor.
Caso contrário fica só o silencio dentro de palavras ôcas, como na imagem do JPN, a casca das àrvores mortas escondem vazios.

Ora no domínio da Politica não é dificil encontrar palavras ôcas.
Todas as ideologias cunham termos que lhes servem de identificação, e que com o tempo nos vão dispensando de pensar; até alguém definiu Ideologia como um sistema de ideias que já não é pensado por ninguém.

E qualquer que seja o Poder, quando consegue capturar os instrumentos de comunicação, torna o discurso politico se selectivo, empregando palavras que lhe são úteis, dispensando e até demonizando as que o contrariam.
Nos tempos de Abril todos se reclamavam do Socialismo, como hoje se afirmam da Democracia.
Alguns signos politicos, como por exemplo os Direitos, num uso excessivo e indescriminado, perdem significado como que por inundação.
Outros, como por exemplo os Deveres, vão-se degradando e escondendo envergonhados.

Diz Adriano Moreira que , no discurso político "o que se esconde está em luta com o que se ostenta".

Entre as palavras-silencio de agora - que não se podem pronunciar sem que se sinta um enorme silencio escavado no seu interior - uma me é cara; já recebeu veneração durante séculos, mas hoje é omitida: a palavra Pátria.
Apesar do Patriotismo ser o mais sólido componente do Consenso, em que se funda uma nação, contra ele jogaram dois factores:

- Nos tempos de Abril, foi confundido (intencionalmente) com Nacionalismos autoritários do passado, que o tinham usurpado e utilizado.

- Nos tempos de agora, é ignorado pela cultura do singular, que faz do partido, do grupo, do clube e até do próprio interessado o protagonista de toda a cena, promovendo diferenças e erodindo os consensos, que são o cimento das nações.

Para quem viveu a vida na convicção do amor à Pátria, e considera o Patriotismo um dos valores essenciais da Cidadania, o silencio que transforma ôca a palavra é dramático.
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